Montes de provas foram adiadas e canceladas. Em Portugal p.e. até os triatlos que estão a acontece - e são muito poucos - estão a ser em condições muito restritas, apenas disponíveis a atletas federados, com distanciamento dos equipementos individuais muito grandes, com número limitado de participates que têm que estar testados negativos para COVID-19.
Embora considere que o que escreves acima seja muito importante para a economia, no que toca à saúde pública acho um erro. Devemos resguardarmo-nos na medida do possível. Basta um descuido de alguém para que sejamos uma potencial arma. Nós neste forum somos praticantes de desporto e teremos na grande maioria um sistema imunitário saudável pelo que tudo indica que uma infecção terá pouco ou nenhum impacto (que se note) em cada um de nós. Mas podemos garantir o mesmo dos que nos são próximos?
Eu tenho uma opinião muito dividida quanto a esta pandemia. Se por um lado estou cansado do que ela me provoca (em especial as incertezas) tenho um receio enorme que um pequeno descuido meu tenha um impacto enorme numa daquelas pessoas que me são queridas.
Por aquelas pessoas que me são queridas, irei continuar a resguardar-me. A fazer compras online. A pedir à "nossa fruteira" do mercado que nos venha abastecer de verdes à porta de casa, a ir buscar take-away aos restaurantes onde ia habitualmente, a pedalar a horas com menos pessoal na estrada e por caminhos menos usados e sozinho, a correr de madrugada para evitar o máximo de pessoas.
E isto custa-me. Sou um individuo que gosta de socializar. Tenho amigos dos quais tenho saudades que nunca imaginei ter...
Quando referi proibir a prática desportiva referia-me à prática individual civil. Os eventos foram proibidos não por causa dos atletas mas or causa das necessidades logísticas e afluência de público. Para o que nos interessa, desportos sem contacto físico significativo representam pouco perigo.
Honestamente, após percebemos melhor como funciona esta doença, perdi muito do receio que tinha. A idade média dos mortos é SUPERIOR à esperança média de vida. Somos 10 milhões, os shoppings abertos, esplanadas cheias no verão, restaurantes a trabalhar, praias à pinha, pessoal na rua aos montes, passeios, desporto etc. E temos tido 300/500 casos por dia quase todos em... Lisboa. Os mortos, sem querer faltar ao respeito nem menorizar os mesmos, são quase sempre idosos avançados.
Apoio totalmente as novas normas e os cuidados que temos de ter em vários momentos do dia a dia. Mas usando o bom senso, não creio que esteja em perigo de seja o que for nem de colocar ninguém nesta situação. Como continuo a repetir, a vasta maioria dos focos vem de lares, trabalho, transportes públicos e outros locais com ajuntamentos e pouca ventilação.
Sabendo disso, temos todos que viver. O mundo não pode parar.