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[Arquivo] La vélo Duchene: As crónicas de André Carvalho

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noca

New Member
acabei de recuar uns meses na memória :)
reconheci algumas dessas paisagens.
Mais um fabuloso registo e relato de uma linda volta de bicicleta!

top!
 

Medroso#78

Active Member
Boas,

antes de mais, queiram desculpar pelo atraso. Sim, isso mesmo, estes relatos do amigo André, devem ser vistos, e aplaudidos, assim que estes sejam partilhados (excelentes fotos, e relatos a condizer). :)

Muito obrigado pela partilha, e dedicação, a este desporto que a todos nós diz muito.

Já agora André, se me permites, por algumas fotos da "bina", diria que tem o "nariz" (do selim) empinado. :p

Forte abraço. ;)
 

duchene

Well-Known Member
Obrigado eu SantosDaCasa, Bruno, Cláudia e Noca!
Andar de bicicleta é uma forma perfeita de ginasticar não só o corpo mas também a minha curiosidade inata e inveterada. Por isso, quer quando desenho os percursos quer quando depois escrevo as crónicas, tento procurar estas pequenas curiosidades que me enriquecem a mim e às histórias que conto. Escusado será dizer que já aprendi incontáveis coisas novas…

Valter
O mapa… há de chegar um dia. Já mal há tempo para escrever... Mas esta até é fácil de desmontar e chegar à “route”.

O teu enfoque agora será outro, sobretudo pela enooooooorme conjunto de experiências que vais viver e conhecimentos que vais acumular. Afinal de contas só são 1200km seguidos de aprendizagem!

Ricardo
Como diz a Cláudia mais abaixo, a PT andou a instalar imensas cabines aqui pelos arredores, sobretudo nos meios rurais. E quase que aposto que o barramento dos números de valor acrescentado nos telemóveis teve algo a ver com o assunto. Afinal de contas, o operador fica com 30% do valor da chamada. Se as televisões fazem desta uma receita quase primária, acredito que a fatia do bolo que sobra ainda seja muito apetecível e suficiente para justificar este súbito regresso dos telefones públicos.

Quanto ao consumo boiões da Nutribén, é reflexo da minha total ignorância quanto ao que se deve comer quando se pratica desporto. Se fiz duzentos e quarenta quilómetros de aventura assim, imagina o que conseguiria fazer se me dedicasse afincadamente a estudar as tabelas nutricionais dos produtos de suplementação existentes no mercado…

Mas agora que penso nisso, mais vale investir esse tempo a procurar novas e diferentes aventuras e, já agora, a concretiza-las.

Fernando
Obrigado.

Quanto ao selim, visualmente tem o nariz levantado sim. Mas em termos de ergonomia está na posição ideal e isso é o mais importante. Tenho um rolamento pronunciado da bacia que faz com que fique desconfortável em selins nivelados, estando constantemente a “cair” para a frente. Levantar o nariz faz com que o meu corpo pouse de forma mais natural na parte de trás do selim e com isso, pedale mais confortável.

Acima de tudo, mais do que qualquer compromisso estético, pedalar para longe implica sobretudo que estejamos confortáveis em cima da bicicleta. E posso garantir que nunca pedalei de forma tão agradável como neste reinado da Lynskey.
 

duchene

Well-Known Member
ac_radarfreita_00.jpg

A Lynskey descansa encostada à torre de vigia do Pico do Gralheiro, com o Radar Meteorológico do Norte em plano de fundo.

Ontem foi dia de nova aventura a solo, daquelas que já deu para esticar as pernas a sério e para passar um longo dia na estrada.

Saindo mais uma vez de casa, decidi ir confirmar se a canção que diz que a malta tem um radar que apanha tudo no ar era mesmo verdade. E aparentemente, sim!

Visitar o Radar Meteorológico da Freita significou exactamente isso: ir mesmo até lá acima, onde não há asfalto que valha a uma bicicleta que se diz "de estrada".
Portanto, foi necessário enfrentar um troço de estradão complicado e inclinado até atingir o Pico do Gralheiro, onde está implantada a enorme estrutura.

Contudo, os solavancos, resvalanços e esforço foram plenamente recompensados e o sentimento de conquista foi completo. Mais um daqueles sítios memoráveis que ficará certamente em posição de destaque na minha galeria de conquistas. A Lynskey, para variar, portou-se à altura e continua a confirmar que é titânio para todo o serviço, seja ele dentro ou fora de estrada.

O resto do dia fez-se também de incríveis estradas secundárias ao redor da Serra da Freita, pequenos pedaços de paraíso que me deixaram deslumbrado.

Contas feitas, a jornada rendeu 192Km e 3610m de subida acumulada, pedalados maioritariamente sob um manto de calor abrasador.

Haja tempo para a crónica e conto-vos como correu mais um dia por estradas desertas e fascinantes!
 
E que belo sitio esse André para se fazer com uma bici de estrada. AInda me lembro à uns anos (quando não existia radar) de ir lá com a de BTT e de pensar "só um doido vem aqui com uma de estrada". Nem um ano passou e lá fui eu ... O doido. Parabens pela conquista
 

Skyforger

Active Member
Quanto ao consumo boiões da Nutribén, é reflexo da minha total ignorância quanto ao que se deve comer quando se pratica desporto. Se fiz duzentos e quarenta quilómetros de aventura assim, imagina o que conseguiria fazer se me dedicasse afincadamente a estudar as tabelas nutricionais dos produtos de suplementação existentes no mercado…

Mas agora que penso nisso, mais vale investir esse tempo a procurar novas e diferentes aventuras e, já agora, a concretiza-las.

Ahahah...somos dois! Das raríssimas vezes que me meti no corredor da suplementação na Decathlon (que, ainda assim, é o máximo onde arrisco dar uma espreitadela nesta área) começo a ficar zonzo com tanta cor, tanto plástico brilhante, tanta letra, tanta confusão, tanto nome tirado de um manual de física e química e dou por mim a dar meia volta e a ir comprar nougats ao LIDL e bananas ao Intermarché :) A vida já é complicada em tantas outras coisas, não vale a pena complicá-la com aquilo que é suposto simplificá-la....as bicicletas, o desporto, a evasão, o lazer...

E o mesmo se aplica quando leio sobre potências, médias, watts, kg, volts e o diabo a sete....:rolleyes:
 

Skyforger

Active Member
Skyforger, diz-me em que lista estás que eu vou votar nesse partido em Outubro! :D

Eh pa, agora ofendeste-me...Se há coisa da qual me afasto a todo o custo é de politiquices.. ;)

Agora a sério, isto é apenas a minha opinião baseada nos objectivos que procuro alcançar com a bicicleta, ou seja, mexer-me, divertir-me, explorar, relaxar, etc.... Tendo em conta esses objectivos, acho que não faz sentido preocupar-me com coisas que não fazem sentido. Mas respeito quem tenha esse tipo de preocupações e/ou gosto por explorar estes pormenores mais "científicos". Aliás, quem encara isto das bicicletas com base na performance, no treino, na competição, etc...convém mesmo que dedique algum tempo e dinheiro a questões de suplementação, métodos de treino e afins.
 

Morg

Well-Known Member
Não sou adepto da suplementação, apenas uso isotónico, mas a procura de conhecimento na área da nutrição levou-me a fazer uma alimentação diária mais saudável. Posso agradecer isso à informação partilhada pelos "maluquinhos" da nutrição.
 

angel@

Member
Tenho acompanhado as voltas do André no Instagram e vindo ao forum muito raramente. Apesar de estar impedida de pedalar por uns tempos, fico feliz por vos ver a desfrutar do melhor que as férias do Verão oferecem: dias longos, bom tempo e estradas de sonho.
Tenho muitos problemas de digestão e por isso tenho de escolher cuidadosamente o que como para não ter chatices, como aprendi com más experiências :D
As papas de bebé em boião, purés de fruta compram-se em qualquer estação de serviço e substituem os geis são gluten free, adequados a quem sofre algumas intolerâncias. Isotónicos, coca-cola, fazem um mal desgraçado aos dentes. Água, sandes caseiras, batata doce, frutos secos, banana e para voltinhas hard core, omeletas e bifanas.
Nutrição é no outro tópico e passei aqui para apreciar devidamente as fotos dos lugares onde o André põe as rodas. Nunca desilude. Um país tão pequeno e mesmo assim com tantos tesouros.
 

duchene

Well-Known Member
ac_barcelos.jpg


Este Sábado foi dia de mais umas pedaladas por estradas nem sempre desertas mas com o seu quê de fascinantes…

Por um condicionalismo de agenda, o tempo disponível era muito limitado e portanto tive de adaptar o percurso a essa contingência. Desenhei uma volta pequenina aqui pelos arredores, sempre focado na difícil tarefa de descobrir lugares novos onde ainda não tenha pedalado, especialmente a esta escala.

Como queria fazer alguma prospecção para consolidar umas ideias que tenho aqui em mente e que em breve partilharei convosco, decidi ir pela primeira vez até Barcelos de bicicleta. Sobretudo na ida, mas também em parte da volta, seria uma rota completamente nova para mim já que normalmente não pedalo tão pelo litoral.

A ida foi feita via N318 e N306, de Folgosa a Macieira da Maia e daí para norte, via Macieira de Rates. Estradas de perfil praticamente plano, intercalado aqui e ali com alguns pequenos topos. Muito pouco trânsito e um cenário exclusivamente rural/agrícola que é um bom entretenimento para compensar a falta de emoção geográfica. E assim, os 60km iniciais passaram-se de forma muito agradável. Aliás, surpreendeu-me bastante pela positiva esta rota e certamente que fará parte de outras aventuras mais espreguiçadas…

Já que estava por aquelas bandas, não poderia deixar de visitar o ex-libris montanhoso local: O Monte da Franqueira. A subida foi feita pelo lado de Pedra Furada, a chamada vertente “fácil”. De facto não apresenta qualquer dificuldade de maior e rapidamente cheguei ao alto. Aí pude apreciar a famosa e vasta panorâmica dos arredores. Apesar de ser um monte relativamente pequeno, com cerca de 300m de altura, a sua proeminência topográfica é considerável, o que aumenta o impacto das vistas fazendo-o parecer bastante mais alto.

Ao contrário da subida, a vertente de Carvalhal, por onde desci, já é um desafio mais consistente e um dia destes certamente que fará parte de um menu de passeata.

Da Franqueira a Barcelos é um saltinho. A cidade estava particularmente bem decorada à conta das festividades e claro, o Galo de Barcelos é sempre o protagonista, nunca nos deixando esquecer em que local do país nos encontramos.

Foto da praxe e regresso via Famalicão, Cabeçudos, Trofa e Camposa. Até Famalicão a estrada é bastante mais concorrida e menos interessante, melhorando depois quando enveredo pelas estradas secundárias.

No final, 118Km e uns moderados 1450m de acumulado compuseram os números de uma interessante manhã, dedicada a espreitar os quintais aqui à volta.

Para a semana há mais!
 

duchene

Well-Known Member
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Este Sábado apresentou-se absolutamente atípico: nem parecia de Agosto e muito menos Verão.

Talvez por isso, decidi fazer um passeio daqueles aparentemente simples, que é como quem diz sem a dimensão montanhosa épica dos grandes maciços e das suas longas estradas isoladas.

O objectivo principal do dia seria revisitar o alto do Monte do Viso, cinco anos depois de lá ter levado a BMC. Partindo dessa ideia fui depois acrescentando pequenos blocos de descoberta até chegar a um percurso que me pareceu interessante e desafiador.

E o que seria uma simples passeata pelos arredores, saiu bem melhor do que a encomenda!

À saída madrugadora e já de si tranquila, juntou-se uma misteriosa e hipnotizante neblina matinal. E foi embalado neste ambiente fantástico que, quase sem dar por isso, já pedalava pelos montes. Literalmente!

Depois da primeira passagem no alto do monte e da alucinante descida, nova subida para a cota alta, desta feita do lado oposto, a partir Caçarilhe. Os 2Km finais da subida principal ao Viso continuam a ser conhecidos sobretudo pelas suas maravilhosas zonas de descanso a 9% de inclinação. Sim, porque o resto se desenrola entre os 14 e os 19%, um verdadeiro rebuçado!

Mas o dia também se fez serpenteando e saltitando entre as encostas dos vales de Celorico. Este miolo, a que nunca tinha prestado muita atenção, é mesmo muito especial, com mais estradinhas para conhecer do aquelas que consigo contar. Ainda ficou muito por ver e não será certamente a última vez que por lá vou passear! Aliás, nos dias que correm não é em qualquer lugar que conseguimos ouvir "L'italiano" do Toto Cutugno a ecoar pelo vale... :cool:

O regresso foi feito por mais uma novidade. Friande e Folhada, bem alto nas encostas da Serra da Aboboreira e que foram o coroar deste percurso aparentemente simples mas que se revelou recheado de uma riqueza surpreendente.

Na hora de fazer contas, apurados foram 208Km com 4190m AC+. Números saborosos a coroar um dia extremamente agradável na estrada.

Limadas que estão algumas arestas e feitas algumas confirmações importantes, aproximam-se dias cheios de boas novidades no que toca a isto de pedalar por estradas desertas e fascinantes…
 

Pintas

Member
Sempre em Grande André, muitos parabéns mais uma vez, será que esse troço da foto fará parte do próximo PIF?? a ver vamos não é.
 

duchene

Well-Known Member
Daniel
O estradão que aparece no teu vídeo é outro, que por acaso também fiz nesta volta, a caminho de Soutelo. Contudo, a imagem que ilustra o meu post foi tirada no estradão que liga a Aldeia de Alijó à capela do Viso.

"Ambos os dois" são perfeitamente cicláveis. Aliás, se há zona em que uma gravel racer (ou lá como se chama agora às bicicletas de ciclocrosse) se justifica é por aquelas bandas!

Quanto à velocidade, mesmo a subir fizeste-o bem mais rápido do que eu a descer! :D

Pintas
Obrigado.

Quanto ao troço de sterrato na fotografia, acho que vamos ter de esperar até dia 19 para ver... :eek:
 

duchene

Well-Known Member
Monte do Viso e arredores: A tradição do asfalto e a inovação do sterrato

Porque muito provavelmente não farei uma crónica extensa acerca desta aventura (tendo em conta que ainda tenho algumas em atraso), deixo-vos com uma pequena selecção de fotografias que, no essencial, resumem este dia em que a neblina e o zig-zag vertical foram as notas dominantes.

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