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[Arquivo] La vélo Duchene: As crónicas de André Carvalho

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Skyforger

Active Member
Valter
Curiosamente, quando falei no BRM600 em Salamanca, saiu logo uma pergunta "E não fomos porquê?"... Vá-se lá perceber as mulheres! :D

Fernando
Ainda não tive grande tempo para o rescaldo, por isso pode demorar...

Nuno
Obrigado e bem-vindo! :D

Quanto à alimentação, cada vez mais estou a optar por comida "a sério". Nas paragens pequenas em civilização tento alternar entre um pequeno doce e um salgado (pão ou folhado misto). Estou agora aos poucos a cortar às bebidas com gás e espero elimina-las definitivamente, excepção feita à caneca de cerveja traçada que acompanha o almoço, especialmente agora com o calor a apertar. Por almoço entenda-se uma sopa e uma omelete com salada mista. Poderei variar com um naco de vitela acompanhado por arroz e salada, mas sempre em quantidades moderadas e adequadas a prosseguir o exercício.

Em termos autónomos, nas voltas mesmo longas levo um Tupperware com uma salada de massa, milho, tomate, requeijão e frango. Isto serve para me ir alimentando nas primeiras paragens em que ainda está tudo fechado e a temperatura se mantém fresca. Levo também 3 ou 4 pequenas sandes de requeijão com marmelada ou paio/chourição para ir mordiscando. Quando calha meto também uma lata de conserva para ser outra opção na hora de lanchar.

As paragens são quase sempre feitas ao sabor do percurso e da altura do dia. Contudo há paragens mais ou menos programadas, nos pontos mais importantes do percurso. Também dependem do aspecto dos locais por onde passo. Por norma corre bem, mas também já tenho tido algumas experiências menos boas...

A comida sintética fica quase sempre para segundo plano, normalmente para troços mais desertos em que é preciso ir mantendo alguma ingestão de açucares. Mantenho-me fiel a 2 ou 3 coisas que já conheço e nos últimos anos poucas foram as novidades que experimentei. A última delas, há pouco tempo, resultou em que um gel de ananás da Gold Nutrition que me ofereceram no Granfondo da Serra da Estrela fosse quase inteiro para o lixo. Intragável...

E pronto, basicamente é manter o corpo em modo dia-a-dia. Quanto menos ele estranhar, mais para longe pedala!

Enquanto esse rescaldo não chega, não pude de deixar de ler com atenção o que escreveste sobre a alimentação (ou a adaptação da mesma), isto porque é um processo pelo qual me encontro a passar actualmente. Ao longo dos anos, tenho sentido o meu organismo a ser cada vez mais selectivo com aquilo que processa e da forma como o processa. Nunca fui muito de géis (aliás, acho que as vezes que tomei gel não terão sido mais do que os dedos de uma mão), sendo mais adepto das barras energéticas e da bebida isotónica. Mas, mesmo aqui, ando cada vez mais selectivo. Sou um bom garfo, adoro comer e adoro boa comida, comida "a sério" e não me dou, de todo, bem com comida processada, produtos sintéticos e coisas que de comida ou alimento têm muito pouco.

O facto de ter vindo a cortar cada vez mais com comida sintética, faz com que, quando abuso desta, o organismo se manifeste. Há coisa de 3 semanas participei numa resistência de BTT, 3h30 com imenso calor e muita intensidade e dei por mim a ingerir líquidos desenfreadamente, entre os quais 2 bidons de isotónica, umas 2 barras Isostar e tive a triste ideia de ingerir um gel que a organização ofereceu. Posso dizer que passei um mau bocado ao nível da digestão, principalmente do gel, quer ainda durante a prova, quer nos dois dias seguintes em que senti as coisas meio desreguladas. Sempre que ingiro mais do que um cantil de bebida isotónica e, principalmente, sempre que tomo um gel ou algo mais fora do "normal", o meu organismo manifesta-se.

Perante isto, e tal como tu, estou cada vez mais adepto de comida a "sério". Frutos secos, marmelada, pão, fruta, uma ou outra guloseima, nougats e, quanto muito, aquelas pastas de fruta manhosas da Decathlon. Mas o objectivo é mesmo parar com a cortar de vez com a comida sintética. Das vezes que o fiz, senti o organismo a funcionar bem melhor quer durante o esforço, que nos dois dias seguintes.
 

duchene

Well-Known Member
Patrick
Por acaso lembrei-me logo de ti quando, em Carrazedo de Montenegro, vi a indicação de que faltavam pouco mais de 40Km para Vinhais. Durante a preparação ainda experimentei riscar o mapa por lá, mas a quilometragem disparava para valores pouco recomendáveis à minha fraca preparação...

Ricardo e Fernando
Este sábado, mais uma vez, a comida sintética foi e veio pelo mesmo caminho. Passeou bastante! Pelo caminho preferi um atum com feijão fradinho e frutinha comprada na berma da estrada.

Eu por acaso tolero bem as novidades e, por norma, não tenho problemas de estômago. Contudo, em 34 anos, tive duas grandes excepções, ambas pouco interessantes de viver na primeira pessoa. Por isso não tenho problemas com a comida dentro de embalagens coloridas e metalizadas. Mas podendo evitar, prefiro algo mais mundano.

Na hidratação, não dispenso o isotónico, especialmente porque transpiro bastante e além da hidratação pela água em si, é importante repor sais que são fundamentais ao funcionamento celular. Fora disso, todas as outras propriedades anunciadas por estas bebidas são-me irrelevantes e dou sobretudo primazia ao sabor. Lima no verão e frutos tropicais no inverno...

O importante é deixar o corpo sempre acima da reserva. Porque não há nada mais complicado do que tentar reverter um "empeno de fome", o célebre "bonk"...
 

duchene

Well-Known Member
ac_furadouro_00.jpg


Ontem foi dia de FuraDouro!

Depois de quinze dias sem pegar na bicicleta de estrada, precisava de esticar as pernas. Assim sendo, ontem foi dia de mais uma aventura a solo, por estradas quase desertas e bem fascinantes.

Se o plano original se desenrolava numa área geográfica completamente diferente e tinha números um pouco mais expressivos, a ausência de qualquer logística pronta à meia noite de sexta-feira ditou o seu arquivamento para um altura menos apressada.

Assim, e ainda a recuperar do prolongado jantar, eram quase três da manhã quando finalmente consegui esboçar um rabisco no mapa que me satisfizesse. Pegando num antigo trocadilho que tinha aqui na gaveta, estava encontrado o mote para mais uma aventura.

Quando anunciei que era dia de FuraDouro, não faltaram reacções de surpresa. Na verdade o trocadilho residia aqui mesmo. Não seria um dia para ir “ao” Furadouro, mas sim para fazer FuraDouro. Que é como quem diz, andar aos saltinhos entre as margens do Douro, como que “furando” o rio.

E assim foi. Partindo de casa e encontrando o Douro em Entre-os-Rios, utilizei todas as travessias cicláveis existentes daí até à cidade de Peso da Régua. A saber: Barragem de Carrapatelo (Cinfães), Ponte de Mosteirô (Porto Antigo), Ponte da Ermida (Resende) e Ponte Ferroviária da Linha de Lamego (Peso da Régua).

Ora na margem norte, ora na margem sul, foram belíssimas as paisagens que re-encontrei, provando que o Douro é sempre uma aposta ganha quando se trata de regalar as vistas.

De regresso e já afastado do grande rio, dei uma perninha na montanha, com a escalada da Serra da Aboboreira, de Mesão Frio ao Alto de Quintela e a sempre respeitável subida de Abragão, última dificuldade do dia, após a travessia do Tâmega.

No final, uma belíssima jornada com 238Km e 4050m de acumulado. Nada mau para o primeiro dia dos trinta e quatro! Está visto e provado que um ano de experiência a mais não faz mal a ninguém!

Daqui a nada a Lynskey fica de férias, sortuda! E assim sendo, mais aventuras... só para a próxima!

--

P.S.
Enquanto não há rescaldo, podem ver alguns apontamentos das últimas aventuras no meu Instagram...
 

Paulo V.

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Quando vi "FuraDouro" agora no titulo, pensei, nahhhh não pode ser aquele Furadouro da rota da vaidade, não estou a ver o André a ir para lá, felizmente que estava certo e vi o André no seu habitual registo.
Venha o relato e as fotos :)
 

noca

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a mim também me assustou no facebook
assustou e enganou :)

mas mais tarde percebi que tinha andado noutras praias
 

Medroso#78

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Olá malta boa,

....ontem, quer dizer, no passado sábado, por volta das "23:60", arranquei, juntamente com um grupo de amigos, de Mesão Frio (ponto de inicio e fim, 6ª etapa do NGPS (BTT)), entre montes e "bales", até à sra da Serra, bem lá no alto da serra do Marão, para assistir à Alvorada (ESPETACULAR). No regresso a casa, já de dia, prometi a mim mesmo que um dia destes, o mais breve possível, farei "essa" tua volta. :)

Que venha então mais um belo rescaldo. ;)

Abraço
 

duchene

Well-Known Member
Já sabem que "quando o óbvio engana, o inesperado acontece"...

O Furadouro é daquelas coisas onde se tem de ir pelo menos uma vez na vida, para se poder falar com propriedade. Eu como já lá fui há uns anos, já cumpri a minha parte.

Agora ando a gozar a reforma... :cool:
 

duchene

Well-Known Member
ac_via_verde.jpg


Depois de três semanas de paragem, que incluíram alguns dias de verdadeiro dolce fare niente, este Sábado foi dia de voltar à estrada para relembrar como se pedala.

Sem grandes preparos, esta foi apenas uma voltinha ao quintal, sobretudo para desentorpecer as pernas. O arranque foi estranhamente tardio e já passavam das 10:30 quando me fiz ao caminho e basicamente sem um plano muito rígido.

Como tal, não existiram muitas invenções em termos de elevação nem de percurso: escolhi dar um salto até ao Aeródromo de Vilar de Luz, daí seguir para Guimarães para visitar a Penha, terminando as subidas de registo já a caminho de casa com a subida de Barrosas via Tarrio. Pelo caminho, estradas “normais” e um pequeno desvio para revisitar um raro conjunto de portagens abandonadas, ali para os lados de Famalicão.

No final, 133km e 1790m de AC+ bem cozinhados, com as temperaturas sempre coladas aos 30ºC.

E assim se passaram umas horitas a pedalar, já a cozinhar outras aventuras e também algo "especial" que revelarei em breve...
 

duchene

Well-Known Member
As novidades não se prendem com bicicletas mas com o simples prazer de pedalar, independentemente de o fazermos em aço, titânio, plas... carbono ou alumínio.

Ainda esta semana conto o que ando aqui a congeminar...
 

Pintas

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Olá André,desculpa que te pergunte mas desde que penduraste a BMC na parede parece que vejo aí alguma aversão ão carbono. Alguma razão especial?
Abraço
 

duchene

Well-Known Member
Não é aversão, é só uma uma saudável pitada de sal neste cozinhado catastrófico que eu sempre pinto de que o carbono é uma maldição. ;)

Brincadeira aparte, a fibra de carbono é um material fantástico e com ela conseguem-se fazer coisas incríveis neste mundo das bicicletas. Embora não me seduza a actual onda de quadros maciços e estandardizados, aprecio bastante o trabalho de pequenos construtores que continuam a moldar o carbono de forma belíssima e com grande mestria. Não há, aliás, como ficar indiferente ao trabalho da Cyfac, Berk, Calfee, Crumpton ou Festka. Além do mais, no mass market a margem de progressão da tecnologia é enorme, o que certamente tem um apelo único e garantirá que continue a ser um material de desejo quer para fabricantes quer para ciclistas.

Eu próprio continuo a acha-lo válido: o meu guiador ainda é de carbono (precisamente pelas suas características únicas) e confio plenamente nas minhas 4 manetes de travão carbónicas.

Porém, para mim, nesta fase é um material que não tem qualquer apelo para além destes periféricos e portanto segui um caminho diferente. Por isso, a BMC infelizmente terá de assistir, imóvel e pregada à parede, ao desenrolar destes tempos.

Contudo, e porque nunca devemos dizer nunca... eu nunca diria que não a umas rodas da Alchemist. Caso, claro, me fossem oferecidas! :eek:
 

Pintas

Member
Pois no meu caso a aversão ao carbono é mais pelo facto de ser "quebradiço" e eu não ter di$ponibilidade para trocar de quadro muito amiude. Se porventura me sair o euromilhoes fica aqui a promessa que tens umas rodas novas de imediato.
 

Skyforger

Active Member
Pois no meu caso a aversão ao carbono é mais pelo facto de ser "quebradiço" e eu não ter di$ponibilidade para trocar de quadro muito amiude. Se porventura me sair o euromilhoes fica aqui a promessa que tens umas rodas novas de imediato.

Uiii...esse argumento do carbono ser "quebradiço" é daqueles argumentos que irremediavelmente incendeia estas infindáveis discussões em torno dos materiais. Entretanto tens um pelotão de "foristas" à pernas :)

André, à parte das novidades que andas por aí a congeminar, e sobre as quais já me deixaste curioso, sei que o Pintas também não está totalmente errado ao ver Aço na sua bola de cristal :) Para quando novidades em relação a esse assunto?
 

duchene

Well-Known Member
Ricardo

Para já, não há novidades a reportar... :rolleyes:

Neste momento o meu foco está fora das montagens até porque ainda há por aí alguns factores que não controlo e, portanto, não vale a pena pensar muito no assunto. A Lynskey continua apuradíssima e já tem a agenda cheia para os próximos tempos.

O que posso dizer é que andei a remexer nos caixotes de peças que tenho aqui para casa e encontrei uma bicicleta quase completa! Mas daí até esses objectos soltos se transformarem numa coisa utilizável, ainda vai demorar...

Contudo, e como já disse, há outras novidades a serem cozinhadas e estas podem-te interessar particularmente! Mais uns dias e verás!
 

Medroso#78

Active Member
....estou curioso (relativamente à agenda). Quanto à futura bike do André, independentemente da sua escolha, será por mim bem aceite. :p
 
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