Valter
Curiosamente, quando falei no BRM600 em Salamanca, saiu logo uma pergunta "E não fomos porquê?"... Vá-se lá perceber as mulheres!
Fernando
Ainda não tive grande tempo para o rescaldo, por isso pode demorar...
Nuno
Obrigado e bem-vindo!
Quanto à alimentação, cada vez mais estou a optar por comida "a sério". Nas paragens pequenas em civilização tento alternar entre um pequeno doce e um salgado (pão ou folhado misto). Estou agora aos poucos a cortar às bebidas com gás e espero elimina-las definitivamente, excepção feita à caneca de cerveja traçada que acompanha o almoço, especialmente agora com o calor a apertar. Por almoço entenda-se uma sopa e uma omelete com salada mista. Poderei variar com um naco de vitela acompanhado por arroz e salada, mas sempre em quantidades moderadas e adequadas a prosseguir o exercício.
Em termos autónomos, nas voltas mesmo longas levo um Tupperware com uma salada de massa, milho, tomate, requeijão e frango. Isto serve para me ir alimentando nas primeiras paragens em que ainda está tudo fechado e a temperatura se mantém fresca. Levo também 3 ou 4 pequenas sandes de requeijão com marmelada ou paio/chourição para ir mordiscando. Quando calha meto também uma lata de conserva para ser outra opção na hora de lanchar.
As paragens são quase sempre feitas ao sabor do percurso e da altura do dia. Contudo há paragens mais ou menos programadas, nos pontos mais importantes do percurso. Também dependem do aspecto dos locais por onde passo. Por norma corre bem, mas também já tenho tido algumas experiências menos boas...
A comida sintética fica quase sempre para segundo plano, normalmente para troços mais desertos em que é preciso ir mantendo alguma ingestão de açucares. Mantenho-me fiel a 2 ou 3 coisas que já conheço e nos últimos anos poucas foram as novidades que experimentei. A última delas, há pouco tempo, resultou em que um gel de ananás da Gold Nutrition que me ofereceram no Granfondo da Serra da Estrela fosse quase inteiro para o lixo. Intragável...
E pronto, basicamente é manter o corpo em modo dia-a-dia. Quanto menos ele estranhar, mais para longe pedala!
Enquanto esse rescaldo não chega, não pude de deixar de ler com atenção o que escreveste sobre a alimentação (ou a adaptação da mesma), isto porque é um processo pelo qual me encontro a passar actualmente. Ao longo dos anos, tenho sentido o meu organismo a ser cada vez mais selectivo com aquilo que processa e da forma como o processa. Nunca fui muito de géis (aliás, acho que as vezes que tomei gel não terão sido mais do que os dedos de uma mão), sendo mais adepto das barras energéticas e da bebida isotónica. Mas, mesmo aqui, ando cada vez mais selectivo. Sou um bom garfo, adoro comer e adoro boa comida, comida "a sério" e não me dou, de todo, bem com comida processada, produtos sintéticos e coisas que de comida ou alimento têm muito pouco.
O facto de ter vindo a cortar cada vez mais com comida sintética, faz com que, quando abuso desta, o organismo se manifeste. Há coisa de 3 semanas participei numa resistência de BTT, 3h30 com imenso calor e muita intensidade e dei por mim a ingerir líquidos desenfreadamente, entre os quais 2 bidons de isotónica, umas 2 barras Isostar e tive a triste ideia de ingerir um gel que a organização ofereceu. Posso dizer que passei um mau bocado ao nível da digestão, principalmente do gel, quer ainda durante a prova, quer nos dois dias seguintes em que senti as coisas meio desreguladas. Sempre que ingiro mais do que um cantil de bebida isotónica e, principalmente, sempre que tomo um gel ou algo mais fora do "normal", o meu organismo manifesta-se.
Perante isto, e tal como tu, estou cada vez mais adepto de comida a "sério". Frutos secos, marmelada, pão, fruta, uma ou outra guloseima, nougats e, quanto muito, aquelas pastas de fruta manhosas da Decathlon. Mas o objectivo é mesmo parar com a cortar de vez com a comida sintética. Das vezes que o fiz, senti o organismo a funcionar bem melhor quer durante o esforço, que nos dois dias seguintes.