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[Arquivo] La vélo Duchene: As crónicas de André Carvalho

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duchene

Well-Known Member
Ricardo
Como bem sabes, por estes lados também sou apologista da total e integral qualidade. Mesmo quando são 200Km não ando propriamente a encher chouriços para fazer número. É sempre uma experiência com sentido, do primeiro ao último quilómetro.

Desta vez (e já agora, a próxima será igual :eek:) variei apenas a abordagem... como já tinha em mente muitas paragens e com os dias curtos como estão, optei por fazer só meio dia. A família também agradece...
 
Como te percebo duchene. Curtas ou não os teus relatos são soberbos. Transportam-nos para um mundo novo. Ah e também sou contra os KLM só para encher chouriço. Continua, nós agradecemos...
 

Skyforger

Active Member
André, com o meu comentário anterior não quis dizer que andas a encher chouriço quando fazes 200 km. Espero que não tenhas interpretado mal! Sei bem que, fazendo 50 ou fazendo 250, as tuas voltas são para desfrutar ao máximo e não só porque tem de ser. O que quis dizer é que, não raras vezes, voltas com 50 ou com 80 kms por um itinerário bem pensado, podem tornar-se bem mais marcantes do que voltas de 150 ou 200 kms pelas mesmas estradas de sempre. Daí a questão da qualidade em prol da quantidade...mas se conseguirmos aliar as duas, tanto melhor ... ;)
 

duchene

Well-Known Member
De todo Ricardo!

Percebi perfeitamente o teu comentário, na verdade era uma espécie de sublinhado a essa forma de fazer com que cada quilómetro conte, mais do que fazer com que apenas todos juntos é que contem.

Obrigado Pedro! Já tens destino para sábado? ;D
 

g1zm0

Member
duchene, deixa-me dar-te os parabéns pelas linhas que escreves...

Não anda por ai planeado a edição de um livro com as devidas fotos a acompanhar?
Terias aqui mais um comprador :)
 

Zeni7

Active Member
Essa questão da qualidade e da quantidade tem que se lhe diga, mas no fundo resume-se a pouco: há uns que se divertem duma maneira outros de outra. No meu caso desde que seja a pedalar aproveito sempre qualquer coisa.
Há algo de libertador em ver o amanhecer montado em cima da bicicleta quando vou trabalhar, também é agradável regressar e, por vezes, vir de uma maneira diferente só porque sim, chegar a casa e estar fresco como se fosse fim de semana.
As voltas longas de 200 ou mais quilómetros são desafios a que os bons ciclistas se devem submeter, tanto faz que seja em estradas bonitas como não, considero que a partir de determinada altura a paisagem tem muito de interior, não sei explicar bem, é algo próximo do misticismo.
Sem dúvida que as voltas "à Duchene" são memoráveis, agradáveis e pelo, que leio, quase sempre longas. Mas, no meu caso, se desse apenas esse tipo de voltas, em que pedalo mais devagar, paro imenso para fotografar, almoço, etc. não me sentiria plenamente preenchido. No entanto, de quando em vez tenho o impulso de fazer uma coisa dessas, normalmente sozinho, e a pulsão para o fazer é tão forte que nem durmo bem na noite anterior.
Também gosto de dar voltas a fundo, nem que sejam só 40km, e, mesmo morando numa zona bastante urbanizada, tiro bastante prazer dessas voltas, ou treinos, ou lá o que é.
Mesmo eventos do tipo Granfondo também são, para mim, muito chamativos, nem sei explicar porquê, sei que não vou ganhar, nem obter uma boa classificação, mas gosto de ir a fundo e, confesso que se estiver junto à meta, sou capaz de ir sprintar pelo 646º lugar.

Não menorizo nenhuma forma de andar de bicla, conheço quem se diverta a jogar bike polo, outros no btt, outros para quem só faz sentido usá-la como meio de transporte, alguns andam com tecnologia de ponta, outros com velhos "chaços" de 5 velocidades. O meu problema talvez seja querer ir um pouco a cada um desses "mundos" e não desfrutar plenamente de nenhum.
 

duchene

Well-Known Member
g1zmo
O livro...
Com tantos pedidos, um dia destes ainda penso nisso! Sempre quero ver se sempre esgoto a primeira edição! ;)


André
A minha forma de pedalar é honesta e coerente. Há uns quatro anos escrevi pela primeira vez neste mesmo fórum o mote que até hoje sigo com convicção: "Há sempre mais uma estrada deserta e fascinante para descobrir". E desde então já tenho cumprido esse desígnio centenas de vezes. E faço-o tanto em voltas de 30 como em voltas de 300km...

Já aqui o escrevi e repito. Não sou um provador. Não preciso de provar que pedalo mais quilómetros do que A, B ou C ou que vou a sítios onde mais ninguém vai por estradas que mais ninguém usa. Sou sim um curioso inveterado. E o resultado numérico e prático das voltas é apenas e só a consequência dessa minha curiosidade sempre fervilhante: curiosidade com aquela estrada que olhei de longe, com o local daquela fotografia enigmática que vi algures ou com aquela designação topomínica que povoa o meu imaginário.

De igual forma não tenho o pretensiosismo de achar que o que pratico é que é o pináculo da aspiração ciclística de todos quantos pedalam. Apenas e só, sem mais, é a forma que EU prefiro, resultado da moldagem e evolução que fui realizando ao longo dos últimos anos. A forma apaixonada como descrevo o que faço é, portanto, apenas e só isso: apaixonada. Não tenho qualquer laivo de superioridade. Até porque, já tive oportunidade de conviver com ciclistas com pergaminhos significativamente mais extensos do que os meus e seria pouco simpático de minha parte por-me em bicos de pés em qualquer situação.

Respeito consequentemente todas as visões e opções quando se trata de pedalar. Não compreendo algumas, é certo, mas outras tantas inspiram-me verdadeiramente e é com essas que tento aprender novas formas de expandir este meu nicho... Nicho cada vez mais vincado, reconheço, mas onde, ainda assim, há lugar para de tudo um pouco.

Nas devidas proporções, como é óbvio!
 

duchene

Well-Known Member
ac_vertice_cabreira.jpg


A inenarrável conquista do vértice geodésico da Serra da Cabreira: Mil duzentos e sessenta metros acima do nível do mar, trinta e três quilómetros de ascensão feitos exclusivamente por estradões florestais, um ciclista pleno de curiosidade e uma bicicleta de estrada absolutamente inigualável.

O corolário perfeito de um dia com 100% de percurso a estrear, que contou com uns incríveis 51Km de sterrato e uma paisagem de Outono que me encheu a alma até transbordar...

Que dia! Que sortudo eu!
 

pratoni

Well-Known Member
chamar sterrato aos sitios por onde tiraste as fotos que estão no Instagram é um verdadeiro ploenasmo....

Aquilo parece mais BTT, já nem digo ciclocross...
 

Paulo V.

New Member
Segui ontem a tua aventura via instagram quase ao minuto.
Tenho de te gabar a coragem de meteres a tua titanica em alguns daqueles "caminhos" :D

Quanto à foto, como já aqui disseram qualquer clique teu dá uma obra de arte :D
 

Bruso

Well-Known Member
Não te admires que a Michelin te contacte dentro em breve. Testes de resistência?? Apartir de agora ligam-te para dares umas voltas com os pneus deles e se não tiveres furos estão mais que aprovados.

Também segui a volta via instagram. Fotos espetaculares!!
 

duchene

Well-Known Member
pratoni
De ciclocross teve pouco. Foi num ritmo pausado e por caminhos mais florestais... muito longe do rebuliço das pistas feitas à mão específicamente para o CX

Jorge
Nunca é uma questão de coragem. É sempre uma questão de curiosidade...
E se há uma bicicleta de estrada com que se pode se ser curioso, essa bicicleta é a minha Lynskey.

Quanto à foto, o sítio é absolutamente incrível. Era difícil falhar...

Bruno
Achas mesmo que a minha recolha de dados teria relevância? :eek:

ac_maus_caminhos.jpg
 
Ás tantas vai pegar moda andar com uma btt na estrada nas corridas de fim de semana :)

Eu conheço o estradão de acesso ao Talefe e sei bem que em certos pontos há pouco por onde desviar, para além de que andar com 50/34 acaba por ser pesado em certos locais apesar de haver rampas em toda a subida, já o mesmo não se diz das partes ao lado da Sra da Fé!
Agora que esta aventura passou e está ultrapassada pode dizer-se que qualquer topo será alcançavél havendo vontade. Será que vamos passar até ao fim do ano sem que subas ao alto do Marão por Mafomedes?!
 
Sempre que leio os relatos do duchene fico com vontade de ir comprar umas fraldas e uma chucha, pois apercebo-me que sou muito menino a andar de bike! :)

André, és uma inspiração.

PS: qual é o teu nome de utilizador no Instagram?
 

Skyforger

Active Member
André, está um tipo afastado das lides cibernéticas durante três dias e quando volta a entrar na "rede" a primeira coisa com que se depara é com as fotos desta tua última aventura...Não leves a mal, mas o primeiro pensamento que me ocorreu foi algo do género: "F&$&-#$, ca ganda maluco!"....no bom sentido, obviamente ;) Quando uma pessoa pensa que já viu tudo vindo de ti e de uma bicicleta, brindas-nos com preciosidades destas... :) Se metes aí a Lynskey, não quero imaginar onde metes a Cannondale...
 

duchene

Well-Known Member
Daniel
Pode ser que a moda do BTT nos critériuns de estrada pegue! Já que passamos de pneus 19c para 25c num par de anos, mais um bocadinho estamos nos balões de monte...

Quanto aos talefes & estradões:

Não digo que qualquer topo seja conquistável, porque assim de cabeça vem logo à ideia o Gerês, que é perfeitamente impraticável de bicicleta de estrada nas zonas altas do lado das minas. A questão é que eu me começo a aborrecer de já não ter grandes maciços a adicionar à minha lista de passagens a mais de 1000m e por isso, volta e meia, tenho de inventar e levar a curiosidade um pouco mais além. Com a febre das eólicas, porém, vários topos se tornaram mais acessíveis para uma bicicleta destas. Entre eles o Montemuro, a Serra das Meadas e agora a Cabreira. Obviamente que serão sempre voltas de excepção, que exigem um grande planeamento e sobretudo fazer as coisas com muita cabeça. Como bem sabes, uma distracção e uma tentativa de apoio no pedaço de areão errado... é a queda do artista! E quando se anda a solo, toda a responsabilidade é pouca.

Sem dúvida que o troço logo depois da Senhora da Fé é o pior, quer pelas inclinações quer pelo estado do estradão. Aí tive de andar a pé várias vezes porque era mesmo impossível passar montado. Os quilómetros seguintes também não são muito melhores, ajudados pela recente intervenção no saneamento, e só fica realmente fluído a partir dos arredores de Pinheiro. Ainda assim em certos pontos foi preciso cerrar bem os dentes e teria dado muito jeito o prato 22 à frente. Em BTT já seria um passeio bonito, mas de bicicleta de estrada foi verdadeiramente memorável. Com o devido arranjo nos estradões, teriam ali uma rede turística privilegiada para todo o tipo de aventureiros. Pena que tudo esteja praticamente ao abandono...

Quanto a Mafómedes, é um caso um pouco diferente. O estradão é bem mais agreste no tipo de piso. Já o subi de BTT e também por isso não seria uma novidade. Cumulativamente, como já tenho a Senhora da Serra por estrada no currículo não está nos meus planos andar a inventar por lá.

Agora, dependendo da agenda e da meteorologia, poderá haver uma novidade muito pouco conhecida antes do final do ano. Mas ainda está em fase inicial de projecto e poderá até ter de passar para 2015. Haja imaginação!

Carlos
Obrigado. Mas olha que aqui não há meninos e crescidos. Há, apenas e só, pessoas com interesse numas coisas e pessoas com interesse noutras... a mim deu me para isto.

Podes ver o meu instagram > aqui (user monsieur_duchene, sendo que com a hash #laveloduchene também apanhas as minhas publicações)

Ricardo
De poeta e louco, todos temos um pouco...
Curiosamente a Cannondale tem visto muito menos acção do que a Lynskey. Tenho de a compensar! :p
 

duchene

Well-Known Member
ac_cabreira_ar.png

Auto retrato no planalto da Serra da Cabreira, a mil e poucos metros de altitude - Novembro 2014


Como já devem ter reparado, a parelha de crónicas das aventuras na Serra da Cabreira ainda está um pouco atrasada. Contudo, a selecção fotográfica já está feita. Infelizmente, como sempre, não é possível incluir todas as fotografias...

Mas isso não quer dizer que as preteridas sejam necessariamente de deitar fora... :eek:
 

Marcos200

Member
ac_cabreira_ar.png

Auto retrato no planalto da Serra da Cabreira, a mil e poucos metros de altitude - Novembro 2014


Como já devem ter reparado, a parelha de crónicas das aventuras na Serra da Cabreira ainda está um pouco atrasada. Contudo, a selecção fotográfica já está feita. Infelizmente, como sempre, não é possível incluir todas as fotografias...

Mas isso não quer dizer que as preteridas sejam necessariamente de deitar fora... :eek:

Este Homem é um senhor...e está tudo dito! que maravilha. Gostei da ideia de dares uso a de Btt :) que tambem é uma maravilha de bicicleta.

abraço André
 
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