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Radon Sage 7.0 - MY13

gonpalco

Member
BURNING FAT... (sort of) :p

São 7:30... e o despertador toca!
"Já?" Penso eu, ainda com a imagem de me ter deitado "à pouco".
Bem, desta vez, "só mais meia horita!"
....
E agora são 8:40 - "#$&$%&#$%!!!! Adormeci...": penso eu.
Saio da cama sorrateiramente para não despertar mais ninguém...arranjo-me e meto-me na estrada.
Ao chegar à marginal, sinto o cheiro, que naquela manhã era intenso, assim como as ondas, que fustigam toda a costa.
A "neblina" que nos salpica, desde os óculos, à bike, e tudo o que vem conosco, recorda os avisos da meteorologia.
O ritmo para hoje é... devagar, sendo que o Strava apenas irá servir para gravar os kms, e ter o log da "fininha".
Média na casa dos 25Km/h, pulsasões na casa dos 130 ppm (pulsasões por minuto), e apreciar a paisagem do mar e da costa, numa manhã de Inverno, com ceu azul, um sol muito bom, e temperaturas a rondar os 13/14 ºC! Maravilha!...

Chegando perto de Carcavelos, (mais uma vez...) sou passado por um grupo, ao qual não fiquei indiferente por rolarem ordeiramente e numa velocidade que achava muito aceitável. "ajuntei-me"... perguntei, ao que vinha mais atrás se havia problema, e lá segui viagem na cauda do mini-pelotão.
Porreiro... boleia novamente!
Gostei de ver a cordialidade, e segurança do grupo, onde os constantes avisos para os perigos da estrada, e o facto de repararem para trás antes de efectuar uma limpeza nasal!
Na casa dos 30s (km/h), e com a sorte de se ter apanhado quase tudo verde (excepto um semáforo), Cascais aproximou-se rápidamente, e em em vez de se ter virado para o Tribunal, segui-se para a Av. Da República, passando em frente ao Museu do Mar Rei D. Carlos e relembrou-me que há caminhos mais fáceis para o mesmo destino!
O grupo segui sempre a boa média pela estrada do Guincho, até que cortam para os Oitavos, seguindo eu em direcção ao Guincho...

O ritmo lento (<25km/h), a pulsasão também... e parece que vejo todo o promenor que me rodeia! Vou mesmo devagar!!! LOL!
Guincho --> Malveira, depois desta vila, umas fotos...

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...e subir pela estrada da Peninha!
E que maravilha me esperava...
O nevoeiro, a ausência de vento, o silêncio..... tornou esta passagem, num dia mega-épico!!!
Mais umas fotos... e mais fotos... e sempre a controlar a pulsasão!
Manter a pulsasão baixa, é mais dificil que tentar bater KOMs no Strava! :p

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A descida da Peninha para os 4 caminhos, inspiravam algum cuidado, dado que a estrada estava molhada e coberta de folhas e ramos.
Sem nenhum incidente chego ao cruzamento para o Castelo, e decido fazer o pavé (molhado!), passando depois por S. Pedro de Sintra.
Dificil subir... e sem uma pedalada redonda, a roda derrapava, pelo que decido ir com sentado e "redondo" até chegar a uma das partes mais perigosas, que era fazer a descida com paralelos molhados (e alguns polidos)!

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Saudades tive eu, da minha "todo-o-caminho" e dos meus slicks 2.35!!! Pelo menos esses ainda agarram qualquer coisa neste tipo de piso!
Depois de umas atravessadelas, e um susto menor, chego a S. Pedro de Sintra, e daqui retorno a casa, passando pelo Autodromo e seguindo de novo pela Marginal até casa... sempre no relax sem grande stress!

Equipamento (follow-up):

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A bike - mais uma vez portou-se lindamente bem. Irei manter o avanço apontar para o ceu, e tornando-a super confortável (mesmo nos drops).
Nota máxima para os guarda-lamas que além de me protegerem de toda a sujidade que se encontrava na estrada (lama trazida da chuva, etc), também protegeu a bike, principalmente o desviador da frente e parte dos travões - aqui a sujidade estava limitada às pastilhas e toda a zona junto das mesmas, mas a parte superior, e principalmente os pivots, aparentaram estarem isentos de "gunk". Neste momento é o meu equipamento preferido! :p
Tenho de ver o que se arranja em termos de bolsas, para selim, de forma a levar mais qualquer coisa que não só câmara/remendos e ferramenta...
 

gonpalco

Member
Update

Resumo: 3300km até à data, zero problemas! :)
Pneus - Checked e continuam porreiros
Travões - Removendo as bichas dos suportes, lubrificando o cabo, limpeza dos aros, e remover o "glaze" superficial, e parecem novos!
Transmissão - Tratamento igual aos cabos, um pequeno ajuste no desviador de trás, e da frente e voilá!
Rodas - até ao momento sem empenos, raios aparentam ter a mesma tensão, e espero que durem uns bons anos (como é habitual nas minhas rodas!)

Após ter alterado o avanço (positivo) e ter colocado todos os espaçadores por baixo, a posição melhorou bastante, principalmente quando se rola muitas horas, e nos "drops".
Mas como em tudo, a questão do avanço é mesmo um compromisso, e nesta nova posição pedalar de pé, é algo que não se faz tão "naturalmente" como quando tinha o avanço mais baixo. Isto pode parecer algo "básico", mas em estrada nunca tinha sentido...

Aproveitando o intervalo permitido pelo Carnaval, e tendo viajado até Viseu, decidi experimentar a Ecopista do Dão: http://www.ciclovia.pt/ciclovias/2centro/2viseu/dao/dao.php
Após ler este primeiro parágrafo:
"Os Municípios de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, a Associação de Municípios da Região Dão Lafões e a Refer, celebraram um protocolo com vista à recuperação da antiga Linha do Dão, desactivada, e transformaram-na na maior Ecopista de Portugal."
Fiquei com o entusiasmo para ir experimentar algo que deveria ter paisagens e locais de passagem simplesmente deslumbrantes.
O tempo, no passado fim-de-semana e dias seguintes dificultaram, e apenas na 4ª, dia em que me vinha embora é que tive a oportunidade de lá ir rolar.
A experiência valeu a pena o esforço de acordar bem cedo e só tive pena de não ter mais tempo para ir até ao final!
Com apenas 2 horas para rolar, foi o suficiente de descer até ao inicio da via, e fazer 25kms iniciais (e voltar).
O princípio, é algo irritante com zonas em que obriga a reduzir a velocidade para que se consiga negociar os "pilaretes" de madeira. Acredito que a razão é mais que justificável, mas...
Depois de sair desta zona, a via promove irmos a bom ritmo, e a ausência de veiculos a motor garante uma certa segurança.
Ter uma via destas junto do local onde habitamos creio que é uma grande valia.
Acredito que em Fim-de-semana seja dificil circular devido à quantidade de pessoas, mas ter a hipótese de fazer 100kms, a qualquer hora do dia, sem o risco de ser apanhado por um carro por trás... creio que é muito bom!
Isso e verificar que podemos levar família.

A passagem da parte de Viseu para Tondela - Túnel
A ponte de ferro
As passagens no meio das rochas
Os edificios "ferroviários", conservados e convertidos
O comboio antigo
A Igreja e Pelourinho
A história, natureza e paisagem...
Sem dúvida alguma, algo a fazer, mesmo sendo uma ciclovia!
Os meus parabens!

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Fig.1 - E aqui vamos nós...

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Fig.2 - Uma das estações (bem conservada)

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Fig.3 - A Igreja, pena não estar aberta

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Fig.4 - Algo de louvar, pena não haver em outras linguas! Algo a ter em atenção no futuro

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Fig.5 - Kilometro do fim da volta. Para a próxima é até ao fim!

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Fig.6 - A volta, subindo lentamente


Para a próxima a ver se tiro mais fotos!
 

gonpalco

Member
Nota: Arrependi ter removido os guarda-lamas para o Audace de Massamá... e no final, estava todo cagado assim como a bicicleta!
Não haja dúvida, que guarda-lamas são algo a ser podenrados, mesmo parecendo "horríveis" ou com falta de jeito!
 

Bruso

Well-Known Member
Já ia comentar isso mesmo: os guarda lamas fizeram-te falta, olhando ao aspeto da bolsa de selim!

Acho esta ideia de converter antigas linhas ferroviárias em ciclovias fantástica. Se bem conservado fica excelente para um passeio com a família e também para rolar.

Gostei do pormenor dos paineis fotovoltaicos para alimentação das luzes. Mas se for como na Madeira vão avariar todos por falta de manutenção e deixa de haver luz.
 

gonpalco

Member
Banho tomado…
Pernas massajadas…
Estou pronto para ir jantar com as minhas princesas!
O corpo grita por um pouco de descanso, mas o facto de estar entre a família, é suficiente para manter-me acordado, desperto e bem-disposto depois de tal “martírio”!
Na mente, ainda me passa imagens do dia memorável que foi…


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gonpalco

Member
Chegamos ao fim, chegamos ao topo da montanha mais alta de Portugal!
Um objectivo, traçado aquando a compra da minha Radon!
Para trás ficaram:
Distance: 103.1Km
Moving time: 5:19:41
Elapsed Time: 6:03:22
Elevation: 3,261m
Estimated Avg Power: 201W
Energy Output: 3,857kJ
Speed Avg: 19.4km/h
Speed Max: 74.9km/h

Dados Strava, após upload de GPS GARMIN DAKOTA 20
Tudo começou com uma combinação, um pouco à "doida", onde sairiamos de Castelo Branco de manhã, no Regional em direcção à Covilhã, com volta após subida à Torre de bicicleta, passando tambem a Serra da Gardunha.
O GPSIES não enganava quanto à dureza, e após uns dedos de conversa, verifica-se que a ideia de fazer tanto acumulado e tanta distância, para quem anda ao fim-de-semana, e nem todos, era uma perfeita locura!
Alterou-se para algo mais comedido... mais ao "nosso nível"!
O nervosismo inicial, de fazer quase 180kms, com um acumulado FPD, passou a ser na mente algo como: É "só" subir à Torre!

A preparação:
A mentalização tinha sido iniciado no fim-de-semana passado. Mentalizar a dor... a dureza... a estupidez :p
Em termos de alimentação, troquei as minhas fontes naturais (figos, nozes, amendoas, sumos caseiros), pelos químicos: Isostar e Powerbar.
O peso era algo a ter em conta, mas problemas mecânicos não poderiam colocar um stop na escalada.
Em cada bicicleta, multitool, bomba, duas câmaras de ar, remendos. Tudo redondante... mas melhor que falhar e ficar a meio!
Bicicleta lavada, revista, lubrificada.
Um ajuste no selim, colocando um pouco mais inclinado para a frente, atendendo que seria SUBIR e como tal, o plano iria de certa forma "compensar".

O dia:
Estando já perto do local, despertar mais tarde, ajudou o facto de me ter deitado um pouco tarde.
Pequeno almoço reforçado, mas o facto de nunca conseguir comer muito de manhã, de nada ajuda.
Café...e saida para o local de arranque!
Ao chegar, um pequeno aquecimento antes de arrancarmos em direcção ao topo de Portugal!
Iriamos subir a Serra por Loriga.
Mas antes de passarmos por tal localidade, teriamos que subir, subir... subir... mas afinal, no GPSIES isto "parecia" plano!!!
O medo começa ligeiramente a criar raizes na mente!
O pensamento era apenas um: "Se isto é plano... o que será A Subida?"
Mas nestas coisas, nada como respirar fundo, descontrair, e disfrutar tão bela paisagem, estrada, e tempo!!!
Foi então que chegamos a Unhais da Serra, local elegido para o H2O e que me tem deixado vontade de um dia voltar, mas para a "calmaria".
Umas fotos para a posteridade, e vamos embora.
Entre as curvas e subidas, lá sacamos os telemóveis e iamos tirando fotos dos locais, curvas, e rectas por onde passavamos.
Nesta altura, mal sabiamos o que nos esperava!

(continua...)
 

TigasPT

New Member
Wow, parabéns pela tua subida à Torre, que me deixa totalmente invejoso, porque quero lá ir este ano, e estou mentalizado para isso...

Obrigado pelas fotos, não sei bem como é que vocês sobem e vão a tirar fotografias, não tenho tal à vontade a subir :rolleyes:
 

jpacheco

Well-Known Member
Apanhar a serra com sol e com essa cor no topo não é todos os dias, muito bonito sim senhor. Bela volta e belas fotos... ;)
 

Bruso

Well-Known Member
Grande subida, parabéns pelo feito!!

Ficaste mesmo para trás naquela subida de 14% :p

Aquela foto panorâmica que colocaste após a foto em que estás a alongar (com o teu super colete hehehe) está fantástica. É pena é o tamanho, pois só ao rever as fotos é que reparei nela. Já agora que grande registo fotográfico. Acho que apartir de agora vou os meus relatos desta forma. Só fotos!!!

Vejo que a troca de quadro foi adiada!!
 

pratoni

Well-Known Member
Muito bom relato e fotos.

Gostei da abordagem inovadora. Primeiro as fotos e só depois o "paleio"... :)
 

gonpalco

Member
A N230 era um prato de azeitonas, num almoço domingueiro, com o tradicional cozido! Ou seja, como diria Jesus: "peaners"
O sossego da região
O cantar das aves
Temperatura amena
Topo da Montanha branco
Cheiro das árvores, e flores
O barulho dos pneus a rolar, das mudanças
A respiração profunda, mas não ofegante
O olhar para altimetria no GPS
Uma foto aqui... outro mais ali
Vislumbrar o horizonte, e ver o serpentear da estrada
Reparar no que efectuamos, com um olhar para trás/baixo
Água... na Fonte, nos ribeiros... na estrada... é o degelo!
Isto é o que recordo ao pedalar pela N230.
Uma estrada bonita de se efectuar, e que qualquer pessoa, com o mínimo de preparação pode efectuar, ou efectuar com alguma pica, se formos a ser puxados por um motor (2 ou 4 rodas...)

E estavamos na fronteira entre os distritos da Guarda e Castelo Branco, seria esta a "Última Fronteira" antes do martírio? Assim o pensamos... e quão enganados estavamos.
A N231 subia com uma inclinação superior à N230, mas ao fim de um kilometro, começamos a descer!
Nunca uma descida desesperou-me tanto! Nãoooooo... estou a perder cota!!!!
Descemos até Vasco Esteves de Cima, e assim que passamos a aldeia (pelo seu topo), zona plana até Vasco Esteves, iniciando uma nova escalada... Outeiro da Vinha, Alvoco da Serra... e continua a subir! Mas uns metros mais acima, sinto que o rodar é diferente... olha para baixo... FURO!
Paragem obrigatória, verificar o pneu, colocar câmara e tentar encher o pneu até aos +100psi.
"Mental note": comprar cartriges de CO2!!!
Assim que rodamos na tarefa de encher, ouve-se ao fundo motores em alta rotação! Lindo!
Um grupo de motas passa, e permitiu ver a locura que deve ser fazer esta estrada, com um traçado mais que lindo, e um alcatrão digno de autodromo, tal é o grip!
Montar roda... e vamos embora!
Será que é desta que iremos iniciar a escalada non-stop até à Torre?
Nope!
Ao fazer uma curva à direita, iniciamos uma nova descida, e mais uma perda de cota! Nãooooooo.... Loriga à vista!
Paragem obrigatória e programada, para beber um café (único vício...) e um pastel de natal!
Sentados na esplanada, apressiamos a calmaria da vila, e como deve ter sido a vida por estas bandas, quando a metalurgica bombava, e a industria textil estava no seu auge.
10 minutos depois, já seguiamos viagem!
A subida não muito pronunciada, uma última foto antes de chegarmos ao cruzamento/rotunda, onde vimos alguns carros parados, que gritavam entusiasticamente estilo Volta.... mas silencioamente! LOL!
As caras reflectiam o seu pensamento, que seria com certeza: WTF??

As indicações não enganavam! A N339 era A Subida da torre!
Se antes o GPS indicava o ganho de altimetria de forma moderada, assim que entramos nesta estrada, básicamente saltava.... metro após metro!
A Barreira psicológica dos 1000m ainda não tinha sido alcançada, mas ao fim de uns metros a subir, foi passado com tal rapidez que só me apercebi quando ia a dobrar os 1100m
A curva e contra curva, que era visto mais acima, dava para prever a inclinação, e os metros de ascenção que iriamos ter que superar.
Felizmente, existem limites de inclinção em estrada... ahahahah!
A média desceu drásticamente, e enquanto eu lutava em colocar a mudança mais leve (34x27), o companheiro da pedalada, fazia reboliço com a sua tripla, rolando sentado, em rotação, constratando com a minha pedalada de pé... metros e metros de seguida. Creio que fiz quase tudo de pé, sentando-me apenas para tirar fotos... ou beber um pouco.
As placas de 14%, 12% foram aparecendo... até que avistamos uma "coisa"... uma subida que mais parecia uma parede!
Começo-me a rir, e a falar mal, e antes de seguirmos, ao avistarmos Loriga mesmo lá em baixo, nada como tirar uma foto (panorâmica) e efectuar um teste de solidez das barreiras laterias. Sim, prefiro explicar desta forma, até porque a fotografia engana! :)

A parede foi superada com um certo à vontade, e inciou o aparecimento do manto branco, espalhado um pouco por todo o lado.
Creio que iriamos a 1300/1400 metros.
A temperatura desce um pouco, mas o vento que soprava ligeiramente na base da montanha e que já tinhamos sentido no vale, "cá em xima" soprava que nem um doido!
Passamos um sinal que assinalava 9% de inclinação, mas o vento contra dificultou de tal maneira a ascensão, que as subidas anteriores de 12% e 14% pareceram as "subidas" da Marginal!
PQP o vento... o frio...... e mais o vento!
As mãos gelam rápidamente, e quando olho para trás, não vejo o companheiro de pedaladas!
Pedalo mais um pouco até a um parque, onde os carros se acumulavam, e abriguei-me ajoelhando atrás de um carro, de forma a não apanhar o vento gélido.
Assim que espero, começo a pensar no pior. Será que aconteceu alguma coisa?
Decidi descer para verificar o que tinha acontecido, até que o vejo a subir a pé...
LOL! Não me digas que vamos ficar por aqui?
Mas foram apenas alguns passos, para rápidamente montar e seguir.
A Torre já era avistada mesmo lá ao fundo... pequenina!
E aqui, não sei como, deu-me um click, e começo a pedalar feito um louco! A média subiu, queria chegar lá acima rápidamente, e descer para o quentinho!
Muito trânsito, ultrapassagem de carros e autocarros, até que verifico que o acesso à Torre tinha sido cortado - sobrelotação!
A bike rola com uma certa facilidade, e uma explosão de alegria rebenta!
CONSEGUI!!! C - O - N - S - E - G - U - I ! ! ! !
De forma a não parar, e enquanto aguardava o companheiro da pedalada vou dando voltas e efectuo alongamentos.
Decidido chegar junto do "pilarete", faço a entrada no pseudo parque, e - BORRADA!
O gelo/neve derretido era mais alto que previa, e com roda tão fininha, não consegui evitar colocar o pé na poça! "#$&"$%&#$%!!!!!
Com o pé a gelar... as mãos roxas, e o nariz a pingar, tivemos o tempo necessário para tirar umas fotos, e seguirmos para a Covilhã.

A Descida!
Inicialmente fomos testando os travões. Os meus, por terem apanhado água, iam abrandando, mas rápidamente ganharam outra potência assim que a jante aqueceu e se "limpou" de tudo!
A Descida é simplesmente BRUTAL! Curvas feitas em apoio, onde nos baldamos e vemos passar a paisagem de percepício do nosso lado. Aqui as bicicletas andam mais, e vários são os carros ultrapassados.
Curva e contra curva, até chegarmos à subida que daria vista para o Lado do Viriato. Abrandou-se em termos de velocidade, mas deste topo até à Covilhã e nem mesmo o vento, que em alguns lados era forte e contra, deixou descer a velocidade dos 50!
Porque não coloquei o 11? Hehehehe!
Ao chegar à Covilhã a dor no pescoço era imensa, mas efectuar o empedrado foi a cereja no topo do bolo!
Daí até ao carro foi num instante!
Fantástico! Conseguimos!

Próximamente:
A experiência de subir, dicas, sugestões, e erros cometidos
 
Last edited:

jpacheco

Well-Known Member
Muito bom relato :D Era mesmo isso que ia perguntar... se não tinham calor com as calças que levaram e se lá em cima não gelaram. E se havia vento no parte superior... realmente a serra e altura acima dos 1200 metros altera tudo... respondes-te a tudo com estas palavras. Subir á torre é umas das experiências que quero decididamente fazer. Que belo relato :D
 

Bruso

Well-Known Member
Que relato!!! fantástico. Ver aquele manto branco deve ser uma sensação fantástica. Ainda para mais com o sol que tava.
 

gonpalco

Member
Ora aqui vai a minha opinião sobre o equipamento para a bike e para o rider

BIKE:

- Câmara de ar suplente:


Quantidade: 2 (opcional duas)
Peso unitário: +/-100grm
Peso Total (qtd 2): +/- 200grm
Remendos sem cola - eu transporto sempre, peso para quem efectua cicloturismo (eu!), é próximo de zero.

- Multitool:

Pesos variam de tão somente 80 (ou ligeiramente inferior) até às pesadas 300 e muitas gramas.
Aconselho a solo um multitool com chain break, e a quem for acompanhado, que haja um multitool com chain break.
Peso: +/- 200grm

- Sistema de enchimento:

Pessoalmente tenho uma mini-bomba da parktool. Faz o seu trabalho, mas exige algum tempo, e acredito que se tiver frio, faz a sua mossa!
Se fosse hoje, compraria algo do género da Lezyne Micro FLR cujo peso é de 190grm.
http://www.wigglestatic.com/images/lezyne-micro-flr-pump-zoom.jpg
Sistema CO2 opcional. Se antes estava indeciso relativamente à aquisição deste componente, depois desta subida, vou mesmo efectuar.
O tempo que se perde a encher um pneu é ridículo! As cartridges podem parecer caras, mas após metros e metros de ascensão, na eventualidade de um furo, qualquer tempo poupado, vai saber a OURO!
A solo, aconselho os dois, sendo a bomba a redundância. Em companhia, um leva a bomba, o outro o sistema de cartridge.
Peso Solo: 400grm
Peso Acompanhado: 200grm


RIDER:

- Bebida:

Ponderar levar dois bidons, até porque quando começa mesmo a subir, não faz muito sentido transportar peso a mais.
O tempo que se fazia, permitia levar apenas 1 bidon.
Pessoalmente optei por 2, cheios de isotónico, e a estratégia era subir até Loriga com um, o qual ficaria vazio, e seguir com outro cheio até à Torre.
Se fosse hoje, levaria apenas um, e as tablets do isotónico num saco.
Pouparia cerca de 800grm com esta alternativa.
No futuro?
Levar um bidon de 1000ml, e rebastecer num local específico.
Peso: +/- 1300grm
A hidratação foi algo que tive muita atenção foi hidratação e creio que pequei por excesso, dado que tive que urinar mais que uma vez.
Sempre líquido isotónico, e apenas uma vez água natural para desenjoar.
Os sais perdidos na transpiração, deixaram marca na roupa

- Comida:

Fazer a ponderação das calorias queimadas e ter atenção que devemos iniciar a ascensão com depósitos bem atestados uns 30 minutos antes - eu faço assim todas as minhas subidas, até hoje 5*.
Eu preferi adquiri "cenas" químicas, com pouca gordura.
Relativamente à quantidade, e atendendo ao peso de cada embalagem, preferi levar por execesso, e sempre tendo como referência o consumo de outros passeios.

- Roupa:

Aqui, vai depender muito de vocês, e da altura que se faça.
Eu baseie a minha opção, pela temperatura que se fazia sentir aquando a saída, e pelo facto de no dia anterior, e por ter lá andado na neve, ter tido uma temperatura muito agradável.
Este facto foi totalmente furado, dado que no dia da neve, não se fazia sentir vento, e no dia da subida, havia muito inclusive rajadas.
Futuramente, vou ponderar levar um corta-vento (dos que se dobram todos), e uma luvas térmicas.
A opção de calças de Inverno/térmicas foi acertado, e ter levado apenas uma camisola térmica nem por isso.
A subir de Verão, creio que levaria uns calções, "pernitos" e um corta-vento para a descida.
Mas os que sobem mais vezes a tal local, poderão com certeza dar melhores conselhos.

- Protecção:

Levem creme protector! Muito...
Creme para assaduras? Eu não uso, mas tenham em atenção ao tempo que passam a pedalar.
 

gonpalco

Member
Bruso,
Quanto à mudança de quadro, primeiramente tenho de ver o que quero.
Actualmente faço voltas de 100 e picos, mas gostava de chegar a voltas já nas duas centenas com uma boa média horária, mas confortável.
O que acontece, é que para comprar outra, e estando a actual nova (ou práticamente) e dentro de garantia, o meu lado racional juntamente com a crise e impostos que se pagam hoje em dia, é algo que se tem de ponderar muito sériamente.
Até ao momento, há coisas que já estão definidas como por exemplo:
- Ter furação para racks e guarda-lamas
- Ter espigão de 27.2

Ainda não sei se gostaria 650B (tenho uma antiga de 26 1/4 se não estou errado e gosto muito do feeling) ou se me mantenho nas 700C.
Não sei se gosto mais de 28C ou superiores...
Gosto de posições em que haja pouca queda de altura entre o selim e o guiador - mas não é muito bom para subir de pé!

Antes que mais, há que cimentar as ideias, e depois dar um tiro certeiro!
E como até lá, estou servido, e bem servido (no meu entender), o que interessa é ter tempo para pedalar! ;)
 

Bruso

Well-Known Member
Claro que estás bem servido. Fazes muito bem em esperar pela oportunidade certa. Não vale a pena te precipitares, não vá aparecer um quadro de titânio com super desconto.
 
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