fernandes_85
Well-Known Member
Não consigo ler o artigo. Podes-me a razão para "devíamos estar a pagar às pessoas por andarem a pé ou de bicicleta"? Há alguma ratoeira por trás desta frase ou é mesmo uma frase no seu sentido literal? Fiquei curioso.
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Em Portugal a mobilidade em bicicleta é um tema recente, e temos mais gente a pedalar nas cidades. Até que ponto os nossos números de sinistralidade em espaço urbano envolvendo utilizadores vulneráveis pode limitar o sucesso de tal meio de transporte?
Por todo o tipo de razões - sustentabilidade, saúde, etc. – aumentar o número de cidadãos activos, que andem pé ou a usar bicicleta, é muito importante. Mas se mantivermos constante o número de carros, sejam eles com motores de combustão ou eléctricos, e não tomarmos medidas, matematicamente vamos ter mais mortes na estrada. É só uma questão de tempo.
Ou seja, ou nós reduzimos a nossa dependência do automóvel – e isto seria, para mim, o preferível, nas cidades – ou, de outra forma, teremos de encontrar outras medidas de mitigação, como a redução da velocidade, a acalmia de tráfego, a criação de bairros com trânsito só para moradores, de maneira a mantermos seguros os nossos “preciosos” utilizadores vulneráveis, que Bronwen Thornton, administradora da Fundação Walk 21 prefere chamar “utilizadores valiosos”. Quando caminhamos na cidade, estamos a contribuir para ela. De alguma maneira, nós devíamos estar a pagar às pessoas, para que elas andem ou pedalem.
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