Do artigo inicial estas são as duas partes mais importantes (IMHO):
Mas eu como tão pouquinho! Não é possível estar gordo por causa da comida!
Come? Mesmo? É extremamente frequente as pessoas referirem comer menos do que realmente comem. Isso não é algo voluntário, mas é a realidade. Cerca de 75 a 88% das pessoas
dizem comer 30% menos calorias do que realmente comem. O valor
pode chegar aos 50%. Este problema parece ser
mais frequente com as pessoas obesas, que se “esquecem” dos snacks que vão fazendo ao longo do dia. E
verifica-se o mesmo problema nas crianças e adolescentes com excesso de peso ou obesas. Comem mais calorias do que aquelas que referem comer na grande maioria dos estudos analisados.
Além disso, quando as pessoas fazem dieta, a diferença entre o que comem e o que acham que comem
é ainda maior. E quanto mais restritiva a dieta, maior a diferença.
E não ficamos por aqui…as pessoas obesas parecem ser mais sensíveis à chamada “
distorção da proporção“. Ou seja, a tendência para considerarem proporções de comida grandes como se fossem proporções “normais”. Portanto, quando dizem que comem “pouco” ou quantidades “normais” de comida, o problema pode ser o que consideram normal ou pouca comida. (
artigo e
artigo)
...
Podemos dividir a atividade física em exercício físico e o NEAT (Nonexercise activity thermogenesis), que representa toda a atividade física que não consideramos exercício físico: o trabalho, atividades de lazer, sentar, ficar de pé, caminhar, tocar guitarra, dançar, cantar, lavar a loiça, aspirar a casa, etc.
E é engraçado porque ao contrário do exercício físico que falamos anteriormente, o NEAT pode ir de 6-10% do gasto energético diário até 50% nas pessoas mais ativas. O que é um absurdo. E isto pode justificar, em parte, a razão pela qual existem pessoas magrinhas e que “comem muito” e gordinhas e que “comem pouco” (
artigo,
artigo artigo).