REGRESSAR AO PASSADO....
Bem, aproveitando o tempo que "perdi" a escrever sobre o Troia-Lagos, deixo aqui uma recordação, de um "passeio" que adorei e quero voltar a repetir, sem qualquer dúvida.
Embora nesta "passeio" fossem bikes de estrada, e na altura ainda circular com a minha velhinha Kona Kula, com pneus fininhos, fiquei impressionado com a forma de fugirem, assim que se colovam em "modo de ataque".
Rápidamente comecei a ponderar, que talvez BTT é para a Terra... e para a estrada, o melhor é uma fininha...
Creio que nesta volta, semiei uma ideia, que mais tarde, vim a colher, com a compra da RADON.
O espírito do Troia-Sagres, é ir com bike de BTT.
"O Tróia-Sagres não é uma Organização da Ciclonatur, nem é uma organização sequer. É tão sómente o resultado de um convite que faço aos meus amigos para virem comigo fazer esta ligação por estrada de BTT e ajudarem-me a levar por diante esta minha obstinação anual.
O Percurso do Tróia-Sagres são 200 Kms medidos com um GPS. A bicicleta a utilizar é uma BTT, de 1 ou mais lugares, caracterizada como tal por apresentar: guiador de BTT e apoios no quadro para cantilevers ou travão de disco. Tudo o restante é da livre escolha de cada um."
Disto isto, acho que cada um, vai com o que tem e pode levar, e já houve quem o fez de desdobrável (não uma Brompton, mas uma Dahon).
Sobre o clássico Troia-Sagres, podes ler mais, aqui:
http://www.ciclonatur.pt/gps/index.p...hk=1&Itemid=53
O meu Troía-Sagr.... LAGOS!
30-Junho de 2012, decidimos (4) a ir de bike até Lagos. Devido a uma agenda apertada, dado que teríamos de apanhar o Inter-Cidades às 17:00 para vir para Lisboa, decidimos atravessar o Sado e ir até Santo André, onde pernoitamos.
Desta forma, iríamos evitar o stress que poderia sugerir de um qualquer incidente, dando mais que tempo para chegar ao Algarve a tempo de comer qualquer coisa, apanhar o comboio e voltarmos à Capital.
Seguiam 4 bicicletas, 2 tipos: 2 BTT, e 2 Ciclismo. Uma das BTTs com Slicks de 1´ de largura, e a outra com slicks de 2.35´.
Couves, mala, equipamento para o dia seguinte, uns chinelos, roupa para sairmos à noite sem parecermos uns totós (ou pelo menos, não tanto!), um cadeado que pesava uma tonelada.... e já está!
A viagem até Setubal, foi feita a fundo pela Autoestrada onde nos aguardavam já com os bilhetes comprados.
Estacionado o carro, retiramos tudo, e fomos a correr para apanhar o barco.
Diga-se de passagem que é super-simpático e muito agradável (pelo menos de Verão!)
A saída de Troía para Santo André, foi feita sem qualquer problema, e mesmo querendo parar para tirar fotos, o grupo só queria era chegar (parecia que estavam com o Strava Ligado... ahh... pois é, estavam mesmo!)
Antes de chegarmos a Santo André, e vendo que havia tempo para queimar, nada como parar... e saciar a cede!!!!!!
Chegados ao hotel em Santo André, banho na piscina, jantar à maneira, e... cama!
A ordem era acordar pelas 7:00, mas seguindo a máxima: "na caminha, é que se está bem!", lá descemos para toma o pequeno almoço pelas 7:45, e depois de tudo regularizado, arrancamos pelas 8:30.
De toda a viagem, pessoalmente, a pior parte, foi entre Sines e Porto Covo, onde um vento contra, teimava em nos reter na média dos 25km/h...
Paragem obrigatória em Porto Covo, para um café, umas fotos, e arrancar novamente.
A partir de Porto Covo, é simplesmente fantástico.
A temperatura aumentou, e... o grupo não gostava de aguardar pelas fotos...
Decidido a parar para ter um mini-album fotográfico, teve como consequência fazer grandes partes sozinho.
Se ao princípio pensava que poderia ser mau, acabou por ser excelente, por passear e apreciar a viagem, em vez de focar apenas no final (que era chegar!).
E aqui vai a dica: Não é o fim, mas a forma como lá chegamos!
Após dobrar a Zambujeira, e olhando para o tempo, vi que ia com tempo a mais e fui rolando... e a pensar na subida que me esperava após Aljezur.
Quando comecei a subir, pensei que iria ser duro, mas rapidamente comecei a ver que com tempo, paciência e vontade, tudo se faz, e lá fui subindo, acabando a subida mais depressa que pensava.
A descida, essa, foi sentir uma explosão de alegria, porque sabia que tinha conseguido, e foi a deslizar, com 2 ou só com uma roda!
Entretanto o GPS+telemóvel usado para fotos, morreram (falta de bateria) e não permitiu gravar o momento de chegada.
Mas podem imaginar: multidão de lado, tudo aplaudir, banda a tocar, cheerleaders junto da berma... acho que o sol está-me a fazer mal...
Chegado a Lagos, parei na esplanada, pedi uma imperial, e aguardei pelo resto, que tinha ficado em Aljezur a comprar recordações...
Hoje, o que me vai na memória, são os cheiros intensos à medida que passava pelos campos, a rapidez com que se faz a viagem - fiz N+1 vezes de carro e mota, e pensava que de bike nunca mais lá chegaria - tão errado que estava....
Deu para conhecer mais um pouco de mim próprio, e refletir à medida que avançava nos kms.
Depois de finalizar, ainda havia vontade de pedalar, e essa vontade só começou a passar, quando entramos finalmente no Intercidades... após uma pequena viagem de Regional. Se a viagem de comboio fosse mais barata, sem dúvida alguma que repeteria o passeio.
Relativamente a dureza: não achei que fosse duro, mas lá está, efectuamos no Verão!
Quanto a comidas e bebidas, ia tudo atestado, e estava tudo consciente de comer um pouco mais antes das grandes subidas.
No final, fomos até perto do porto, onde se almoçou à GRANDE!
Embora o evento (TROIA-SAGRES aka: TS) seja em Dezembro, e não me importe nada de circular com chuva e vento, acho que aqui, creio que todos irão perferir fazer em dias melhores (e menos confusão - mas isso sou eu!)