Também estive por lá.
Fiz o Granfondo em 6h33.
Adorei tudo, acho que a prova é muito bem organizada, embora na edição anterior os abastecimentos tivessem melhor qualidade. Quando não havia abastecimentos não faltavam fontes com água bem gelada para arrefecer o radiador.
Relativamente à minha participação acho que ela foi óptima, consegui chegar ao fim sem estar demasiadamente exausto, no entanto poderia ter sido melhor caso tivesse chegado a horas de poder partir da box A, com o meu dorsal 65, e não do fim de tudo. Assim tive de ir sempre a puxar, não houve quase nenhum momento em que fosse na roda, penso que caso conseguisse integrar um pelotão na fase inicial, poderia ter demorado menos a concluir a prova. Outro erro que fiz foi ter-me cansado demasiado no dia anterior em que além dos preparativos fiz uma volta demasiado grande de bike e um jogo de futebol sob um calor tórrido.
Quanto à minha prova propriamente dita ela foi, como já disse, feita sempre a puxar. Nas zonas planas e descidas sempre a ultrapassar ciclistas, nas subidas a passar alguns mas sendo ultrapassado por outros. Parei em todos os abastecimentos, pois senti que precisava, e ainda em algumas fontes. Foram-se sucedendo as localidades, algumas já conhecidas da edição de 2013. Ambiente de festa sempre com muita gente a pedalar e a assistir. Passagem na central elétrica antiga, subida em paralelo, onde o ano passado senti caimbras, medo mas este ano tudo correu bem. Quilómetros e quilómetros de subida continua, Mezio, Lindoso, etc.etc. Ao entrar em Espanha comecei a sentir-me muito cansado e a pensar que ia passar um mau bocado mas, de repente, tudo mudou sem eu perceber muito bem porque. Após algum incentivo dos espectadores, dei por mim a pensar que estava ali para andar ao meu melhor, fui ao fundo do que tinha para dar, esqueci o cansaço e, dentro das minhas limitadas capacidades, penso ter feito uma boa parte final.
Ao contrário do que li por aqui, não considerei que o percurso fosse demasiado perigoso, as zonas de perigo estavam bem sinalizadas o que facilitava bastante. A subida à Pedra Bela, na fase de prova em que aparecia, era um desafio considerável, mas se não fosse para ser desafiado ficava a passear à beira mar. As paisagens e o percurso eram bastante interessantes se bem que quase não os tenha conseguido apreciar. As subidas à excepção da Pedra Bela, fizeram-se metendo um passo certo sem grandes picos de intensidade, pois os gradientes não eram demasiadamente elevados.
Sempre que puder vou continuar a participar nesta prova, espero ter aprendido alguma coisa com os erros deste ano, para poder melhorar a minha prestação nas próximas edições.