O próprio CARDOSO está consciencializado da facilidade que é colocar-lhe os cravos nas palmas das mãos...
“I don’t think this is about doping anymore, it now feels like it is about politics,”
“The UCI knows that I’m not a star, I’m not a millionaire. I don’t have the big money to fight. They do not want to say, ‘Maybe the lab made a mistake,’ because it is easier to just put me out of the sport.”
Imaginem só que retiravam a credibilidade da amostra A ao laboratório em causa?
Quantos mais resultados anteriores não se "sentiriam", no mínimo, duvidosos na sua fiabilidade?
Quantos não seriam os atletas, punidos ou não, que se sentiriam no direito de, também estes, reclamar dos resultados dos seus testes realizados por este mesmo laboratório?
E a entidade que os contratou (UCI ou WADA) não ficaria também ferida de morte?
O que já foi dito
da com o caso Chris Froome na ordem do dia, André Cardoso quebrou o silêncio sobre em que situação se encontra o seu caso de doping, sensivelmente um ano depois de ter sido impedido de se estrear no Tour, precisamente por ter tido um controlo positivo a EPO. Só que a amostra B revelou um resultado diferente da A, inconclusiva, ou seja, não se comprovou o uso de substância dopante.
Segundo o regulamento da Agência Mundial Anti-Dopagem (AMA), quando a amostra B é negativa, ela sobrepõe-se à amostra A, resultando na ilibação do ciclista. Mas não foi isso que aconteceu, pois o laboratório que realizou a análise classificou-a como "descoberta atípica", levando a que tanto a UCI, como a AMA, insistam na suspensão do ciclista português, que tenta provar a todo o custo a sua inocência, levando o caso a arrastar-se de tribunal em tribunal.
Em declarações ao Velonews, André Cardoso, então ciclista da Trek, confessou-se desiludido pelo arrastar do caso, que o impediu de continuar a carreira no pelotão mundial, sendo agora guia turístico em Portugal. "Sinto que agora não é sobre doping, é sobre política. A UCI sabe que não sou uma estrela, que não sou um milionário. Não tenho dinheiro para lutar com eles. Não querem admitir o erro do laboratório, porque simplesmente é mais fácil colocarem-me fora do desporto", disse.
O ciclista pode pois avançar com o processo para outras instâncias, mas esbarra, segundo ele, nos elevados custos. "Eu não tenho dinheiro para levar o caso ao TAS [Tribunal Arbitral do Desporto]. Já coloquei tudo nesse caso. No momento em que vi a UCI avançar contra mim, com cinco especialistas e um grande advogado, achei logo que era um mau sinal."
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