Volta À Malcata
Mais uma pedalada a aproveitar o feriado e o bom tempo.
https://www.strava.com/activities/762758411
Não sou de grandes planificações, sabendo mais ou menos onde ficava a Malcata arranquei relativamente convencido que iria para lá.
Primeiros km a sentir o frio, entre Manteigas e Belmonte, a decisão fora "rapar" com as temperaturas matinais sem grande proteção para depois não ter que carregar material.
Depois de Belmonte rumo a Caria e depois para a aldeia de Benquerença, percurso predominatemente rolante com uma ou outra subida. Paro no café onde sou muito bem recebido e onde me ofertam umas boas doses de jeropiga para além do café. Indicam-me também um caminho, embora avisem que é sempre a subir.
Sigo por onde me indicam, primeiro por uma estrada completamente deserta e depois pela N233. Vejo a primeira indicação para a reserva natural da Malcata e viro logo por aí. Sou recompensado com uma bela paisagem sobre a localidade de Meimão.
Vou lá abaixo à aldeia, volto a subir rumo À Malcata, falho por duas vezes e tenho de voltar para trás, na segunda tentativa dois velhotes indicam o caminho, bem duro até uma zona onde imperam as eólicas.
Nesta altura estou já meio perdido, a ideia de andar só de manhã já está quase condenada, ficando definitivamente esquecida quando numa bifurcação resolvo ir rumo à aldeia de Malcata, afastando-me do caminho que sabia permitir o regresso a horas decentes.
Entro na zona de parque, que acabei por não visitar aprofundadamente, peço informações a um ciclista, que vinha em sentido contrário, e sigo por onde ele me indica (rumo ao Sabugal), passo pelo Côa e por mais algumas aldeias esquecidas de ruas em paralelo.
No Sabugal entro de novo em terreno familiar e, depois de fotografar o castelo e vencer a subida inicial à saida da cidade, aproveito alguns km de descida para ganhar embalagem para chegar a casa.
A comida entretanto acabou e a fome já era alguma. Para num Sr. que vendia fruta À beira da estrada. Ele sugere um fruto que nunca tinha provado os chamados "diospiros de roer"...eu digo que não, ele insiste e acabo por comer um, aliás gostei tanto que comi logo dois e disse que aquilo era bom "cumó car..."recebi um comentário merecido:
"És pior do que as gajas primeiro é não, não, não. depois é ai,ai,ai que isto é tão bom"
Vim embora a rir, o riso, os diospiros e as tangerinas deram a energia para vencer os últimos km em subida.