BMC SLT01 Team Machine
Queijo, vacas, relógios, montanhas e a rebeldia helvética!
-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-
Esta análise está em actualização. Mais conteúdo, brevemente.
-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-
O quê?
Quadro: BMC SLT01 Team Machine Carbon + Alu
Forqueta: Easton EC90 SL custom BMC
Rodas: Montagem artesanal com cubos Chris King, Aros ZTR Alpha 340 e Raios Sapim SuperSpoke e Sapim Race
Pneus: Michelin Krilion Carbon
Câmaras de Ar: Decathlon
Guiador: Syntace Racelite 2 CRD Carbon 31.6/44cm
Manetes: SRAM Force 2010
Fita de guiador: Specialized S-Wrap
Avanço: Syntace F109
Espigão: Syntace P6 31.6/280mm
Selim: Tune Speedneedle Marathon
Chavetas: Planet-X Ti
Travões: M5 Brams
Espiral e cabos: Yokozuna Cable Reaction
Pedaleiro: Rotor 3D Compact c/pratos Rotor Q-Rings 50/34
Desviador dianteiro: Shimano Force braze on + braçadeira em carbono
Desviador traseiro: SRAM Force caixa curta
Corrente: SRAM PC-1071 com elo de engate rápido.
Cassete: SRAM PG-1070, versão 11-26
Pedais: Time iClic Carbon
Grades de bidão: Planet X Carbon
Ciclocomputador: Garmin Edge 800 // Branco
Na balança: 7,178g (com sensor de cadência e suporte do GPS)
Porquê?
Versão curta? Porque tropecei nesta maravilha do design suíço e fiquei rendido.
Versão longa? Essencialmente porque intrinsecamente queria algo de diferente. Algo que fugisse do convencional, do igual e do vulgar. Um projecto que combinasse o prazer de pensar e chegar a um objectivo a partir do zero, sem preconceitos ou limitações iniciais. Algo que contrariasse algumas das escolhas óbvias apenas pelo prazer de o fazer, só para ser do contra. Algo que mais ninguém tivesse, visto de um prisma que mais ninguém tivesse visto ainda. Mas essencialmente um projecto que coubesse na minha carteira, com um investimento tipo migalha a migalha até ao bolo final.
Munido destes preconceitos, olhei para o panorama: hoje em dia, abundam os "quadros de carbono sensual". Linhas fluídas, orgânicas, melosas e dengosas. Tudo é calmo e harmonioso, pacífico e tranquilo. Nada de mal com eles, é certo, apenas não me despertam tanto interesse como modelos mais arrojados, mais rebeldes e atrevidos.
Sempre fui fascinado pela crueza da mecânica industrial, sem carenagens, autocolantes bonitos ou maquilhagem. Coisas com linhas ríspidas, letras garrafais e cores fores. Objectos arrogantes e altivos, afastados dos olhares curiosos, como se de bestas maquiavélicas se tratassem.
Mas, na frieza industrial também pode haver beleza e paixão...
Se pudesse fazer uma analogia, esta bicicleta seria a Ditta Von Teese transformada num aglomerado de carbono, alumínio e plástico. Tudo encaixado, aparafusado, soldado e colado numa conjugação ousada, burlesca e tremendamente provocante. Algo que fizesse com que as avozinhas conservadoras se benzessem, que fizesse com que os pais escondessem e trancassem as filhas em casa e que despertasse os instintos mais primitivos das tímidas bibliotecárias de óculos.
Na realidade, aparte deste fogo de artifício literário, este é o projecto que eu pensei e me propuz a realizar.
Esta é a minha BMC SLT01 Team Machine!
Quem?
Um mamífero pedalante, oscilando entre os 88 e os 89 quilos, que predominantemente faz BTT mas que aos poucos se rendeu aos encantos da estrada. Sou por isso novato nestas andanças da estrada. Não conheço por isso as praxes, as regras, os tiques e não sei se as fitas devem ser enroladas em noite de lua cheia ou em quarto crescente.
Não sou de muitas picardias, gosto de rolar tranquilo já que não me interessa a quantidade, mas sim da qualidade da pedalada. Não significa que não tente superar os meus limites e de impor novos objectivos mais ambiciosos, mas gosto de o fazer ao meu ritmo, como amador.
Gosto por isso de subir com calma. Gosto até mais do que de descer depressa. Gosto de rolar em estradas sossegadas, longe da confusão, e que normalmente são emparelhadas com uma paisagem apelativa e motivadora. Tenho dentro de mim um cicloturista competitivo, mas sem a parte da patuscada no final. Gosto de pedalar em grupos pequenos e também sozinho, num claro exercício de introspecção. Gosto de pedalar por prazer e não por obrigação.
Não faço corridas nem tenho pedalada para quem vive a estrada em andamentos mais pesados. Quero chegar a casa com a sensação que apreciei a viagem, mais do que com a sensação que fui o contador ou o Armstrong, a manter uma média altíssima durante muitos quilómetros. Não quer dizer que não faça as metas volantes da praxe com os amigos ou que não tente melhorar o tempo da subida X ou Z, apenas não perco o sono à conta disso.
Tudo isto define portanto a direcção que imprimi ao meu novo projecto de estradista e, consequência disto, o resultado final é feito de escolhas pouco ortodoxas aqui, menos racionais ali e sem grandes preocupações com a performance acolá. No entanto, dentro das escolhas que fiz, tentei ir buscar os melhores elementos possíveis, e que coubessem no orçamento destinado a este projecto.
Quando?
Este foi um projecto iniciado em Janeiro de 2010 quando me surgiu a oportunidade de comprar um quadro verdadeiramente especial. A partir daí foi dar forma à ideia e, apesar de a meteorologia ainda não se ter tornado constante, já fiz umas centenas de quilómetros e já tirei algumas conclusões que permitem ir escrevendo esta análise.
No entanto a ideia global que almejo (ou a montagem que eu faria se carregasse já no botão "comprar tudo"), digamos assim, será atingida algures no último trimestre do ano com a chegada dos componentes que fecharão praticamente em definitivo a minha visão para este projecto. Para já estará cerca de 80% completa.
Onde?
Os meus percursos estão para já balizados algures entre a Póvoa a Este, Guimarães a Norte, Amarante a Oeste e Cinfães a sul. O primeiro ano de estrada não deu ainda para explorar muito mais, uma vez que não foi um ano exclusivamente de estradista (como não serão todos os próximos), e porque foi também um ano de adaptação a esta nova realidade. Entretanto começo a magicar algumas voltas mais longas, essencialmente turísticas, e que poderão expandir em muito a área geográfica que actualmente percorro.
Fruto da orografia própria desta zona, as voltas são quase sempre recheadas de subidas e boas subidas, sendo que aqui e ali existem algumas subidas excepcionais! Mas também se rola e se desce rápido, assim o justifique a estrada.
O estado de conservação dos pavimentos é regular, sendo que existem alguns troços mais complicados com mais buracos ou fendas no pavimento.
Queijo, vacas, relógios, montanhas e a rebeldia helvética!
-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-
Esta análise está em actualização. Mais conteúdo, brevemente.
-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-
O quê?
Quadro: BMC SLT01 Team Machine Carbon + Alu
Forqueta: Easton EC90 SL custom BMC
Rodas: Montagem artesanal com cubos Chris King, Aros ZTR Alpha 340 e Raios Sapim SuperSpoke e Sapim Race
Pneus: Michelin Krilion Carbon
Câmaras de Ar: Decathlon
Guiador: Syntace Racelite 2 CRD Carbon 31.6/44cm
Manetes: SRAM Force 2010
Fita de guiador: Specialized S-Wrap
Avanço: Syntace F109
Espigão: Syntace P6 31.6/280mm
Selim: Tune Speedneedle Marathon
Chavetas: Planet-X Ti
Travões: M5 Brams
Espiral e cabos: Yokozuna Cable Reaction
Pedaleiro: Rotor 3D Compact c/pratos Rotor Q-Rings 50/34
Desviador dianteiro: Shimano Force braze on + braçadeira em carbono
Desviador traseiro: SRAM Force caixa curta
Corrente: SRAM PC-1071 com elo de engate rápido.
Cassete: SRAM PG-1070, versão 11-26
Pedais: Time iClic Carbon
Grades de bidão: Planet X Carbon
Ciclocomputador: Garmin Edge 800 // Branco
Na balança: 7,178g (com sensor de cadência e suporte do GPS)
Porquê?
Versão curta? Porque tropecei nesta maravilha do design suíço e fiquei rendido.
Versão longa? Essencialmente porque intrinsecamente queria algo de diferente. Algo que fugisse do convencional, do igual e do vulgar. Um projecto que combinasse o prazer de pensar e chegar a um objectivo a partir do zero, sem preconceitos ou limitações iniciais. Algo que contrariasse algumas das escolhas óbvias apenas pelo prazer de o fazer, só para ser do contra. Algo que mais ninguém tivesse, visto de um prisma que mais ninguém tivesse visto ainda. Mas essencialmente um projecto que coubesse na minha carteira, com um investimento tipo migalha a migalha até ao bolo final.
Munido destes preconceitos, olhei para o panorama: hoje em dia, abundam os "quadros de carbono sensual". Linhas fluídas, orgânicas, melosas e dengosas. Tudo é calmo e harmonioso, pacífico e tranquilo. Nada de mal com eles, é certo, apenas não me despertam tanto interesse como modelos mais arrojados, mais rebeldes e atrevidos.
Sempre fui fascinado pela crueza da mecânica industrial, sem carenagens, autocolantes bonitos ou maquilhagem. Coisas com linhas ríspidas, letras garrafais e cores fores. Objectos arrogantes e altivos, afastados dos olhares curiosos, como se de bestas maquiavélicas se tratassem.
Mas, na frieza industrial também pode haver beleza e paixão...
Se pudesse fazer uma analogia, esta bicicleta seria a Ditta Von Teese transformada num aglomerado de carbono, alumínio e plástico. Tudo encaixado, aparafusado, soldado e colado numa conjugação ousada, burlesca e tremendamente provocante. Algo que fizesse com que as avozinhas conservadoras se benzessem, que fizesse com que os pais escondessem e trancassem as filhas em casa e que despertasse os instintos mais primitivos das tímidas bibliotecárias de óculos.
Na realidade, aparte deste fogo de artifício literário, este é o projecto que eu pensei e me propuz a realizar.
Esta é a minha BMC SLT01 Team Machine!
Quem?
Um mamífero pedalante, oscilando entre os 88 e os 89 quilos, que predominantemente faz BTT mas que aos poucos se rendeu aos encantos da estrada. Sou por isso novato nestas andanças da estrada. Não conheço por isso as praxes, as regras, os tiques e não sei se as fitas devem ser enroladas em noite de lua cheia ou em quarto crescente.
Não sou de muitas picardias, gosto de rolar tranquilo já que não me interessa a quantidade, mas sim da qualidade da pedalada. Não significa que não tente superar os meus limites e de impor novos objectivos mais ambiciosos, mas gosto de o fazer ao meu ritmo, como amador.
Gosto por isso de subir com calma. Gosto até mais do que de descer depressa. Gosto de rolar em estradas sossegadas, longe da confusão, e que normalmente são emparelhadas com uma paisagem apelativa e motivadora. Tenho dentro de mim um cicloturista competitivo, mas sem a parte da patuscada no final. Gosto de pedalar em grupos pequenos e também sozinho, num claro exercício de introspecção. Gosto de pedalar por prazer e não por obrigação.
Não faço corridas nem tenho pedalada para quem vive a estrada em andamentos mais pesados. Quero chegar a casa com a sensação que apreciei a viagem, mais do que com a sensação que fui o contador ou o Armstrong, a manter uma média altíssima durante muitos quilómetros. Não quer dizer que não faça as metas volantes da praxe com os amigos ou que não tente melhorar o tempo da subida X ou Z, apenas não perco o sono à conta disso.
Tudo isto define portanto a direcção que imprimi ao meu novo projecto de estradista e, consequência disto, o resultado final é feito de escolhas pouco ortodoxas aqui, menos racionais ali e sem grandes preocupações com a performance acolá. No entanto, dentro das escolhas que fiz, tentei ir buscar os melhores elementos possíveis, e que coubessem no orçamento destinado a este projecto.
Quando?
Este foi um projecto iniciado em Janeiro de 2010 quando me surgiu a oportunidade de comprar um quadro verdadeiramente especial. A partir daí foi dar forma à ideia e, apesar de a meteorologia ainda não se ter tornado constante, já fiz umas centenas de quilómetros e já tirei algumas conclusões que permitem ir escrevendo esta análise.
No entanto a ideia global que almejo (ou a montagem que eu faria se carregasse já no botão "comprar tudo"), digamos assim, será atingida algures no último trimestre do ano com a chegada dos componentes que fecharão praticamente em definitivo a minha visão para este projecto. Para já estará cerca de 80% completa.
Onde?
Os meus percursos estão para já balizados algures entre a Póvoa a Este, Guimarães a Norte, Amarante a Oeste e Cinfães a sul. O primeiro ano de estrada não deu ainda para explorar muito mais, uma vez que não foi um ano exclusivamente de estradista (como não serão todos os próximos), e porque foi também um ano de adaptação a esta nova realidade. Entretanto começo a magicar algumas voltas mais longas, essencialmente turísticas, e que poderão expandir em muito a área geográfica que actualmente percorro.
Fruto da orografia própria desta zona, as voltas são quase sempre recheadas de subidas e boas subidas, sendo que aqui e ali existem algumas subidas excepcionais! Mas também se rola e se desce rápido, assim o justifique a estrada.
O estado de conservação dos pavimentos é regular, sendo que existem alguns troços mais complicados com mais buracos ou fendas no pavimento.
Last edited: