Desde Maio que não actualizava este tópico. Não porque a Bianchi tenha estado parada ou a evolução terminado, mas porque “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. Neste caso em "meia dúzia de meses" - é preciso muita paciência quando se abdica do que se quer
Os clip-on da Schmolke foram fechados com um sistema da BBB mas ainda não tive coragem de os cortar á medida com receio de vir a arrepender-me.
Também há muito tempo que tinha decidido passar as Lightweight Standard para a Scott Plasma e montar umas Ventoux na Bianchi. Recebi a da frente já no fim de Junho, depois de ter andado três semanas perdida pela Europa. Na altura testei-a na Scott -
http://www.forumciclismo.net/showthread.php?1627-Scott-Plasma-Ltd-2009/page4&p=25992 - e só esta semana, ao fim de quatro meses de espera, chegou a de trás, também com o cubo DTSwiss 240s.
Não tive oportunidade de fotografar, mas a balança acusou 1061 gramas para o par de rodas, exactamente o que é indicado pela Carbon Sports. A roda da frente já tinha sido pesada por mim e tinha dado 452 gramas. Os aros têm o perfil em U com 27 mm e estão montadas com 20 raios à frente e 24 atrás, ligados alternadamente de um e de outro lado do aro. Nas Ventolux, ao contrário das Standard, não há opção no que respeita ao número de raios na roda de trás. São indicadas para ciclistas até 110 kg, o que ultrapassa bastante o meu peso, nem que eu levasse chumbo nos bolsos ...
Mas não foi pelo peso que eu comprei estas rodas. Apesar de que o ganho de 110 gramas relativamente às Standard ajuda nas subidas e proporciona acelerações mais rápidas, o principal objectivo era melhorar a estabilidade que o aro de 27 mm proporciona relativamente ao de 53 mm das Standard. Durante quase todo o Verão, poucos foram os dias sem vento forte, pelo menos na minha zona. Mas o mais critico da Lightweight Standard (que são consideradas rodas para subir) é quando temos de descer em montanha, já que as constantes mudanças de direcção fazem variar o ângulo de ataque relativamente ao vento. Na minha opinião é nesta situação que a estabilidade se torna mais critica. E a descer não é necessário que a velocidade do vento seja muito grandepara que a instablidade se sinta já que o que conta é a velocidade da bicicleta relativamente à do vento.
Ainda só fiz duas saídas de cerca de 50km com elas e na primeira fazia bastante vento. No que respeita ao desempenho, correspondem às expectativas: enérgicas, respondem rápido às acelerações e são bastante rígidas. Boas para voltas com acumulado significativo, como na zona onde vivo, muito embora não pense andar com elas no inverno, quando as estradas começarem a estar molhadas. Ao princípio pensei que seriam desconfortáveis para serem usadas em voltas longas mas 50 km bastaram para perceber que não é assim. Mesmo no empedrado, ou estradas “rotas”. Para isso contribuem, os pneus tubular S3 Lite da Tufo que lhes montei e o meu baixo peso. A travagem é bastante suave com os calços da Swisstop feitos para as Lightweight, os mesmos que uso com as Campagnolo Shamal.
Com isto o projecto chegou ao fim:
Com todos os acessórios, o peso ficou em 6340 gramas (menos de 6100 gramas sem os clip-on), um resultado que me deixou satisfeito. Tenho pena de não conseguir compatibilizar os travões Zero Gravity com as manetes Campagnolo. Com esses travões e com os pneus tubular Elite Jet da Tufo teria ficado bastante abaixo dos 6kg. Mas não tenho dúvidas que fiquei com uma bicicleta muito leve mas também bastante fiável.
Agora é esperar que um dia possa mudar para Oltre quadro da Bianchi