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[Arquivo] La vélo Duchene: As crónicas de André Carvalho

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duchene

Well-Known Member
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Este fim-de-semana prolongado fez-se de mais de 600Km de passeata automobilizada em busca de desertas e fascinantes estradas, dispostas a serem calcorreadas de roda fina.

Foi uma missão extremamente bem sucedida e, por isso, já fervilham ideias para novas aventuras. Viagens plenas de paisagens verdadeiramente deslumbrantes mas cujos encantos, certamente, não se deixarão conquistar facilmente...
 

duchene

Well-Known Member
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(clicar aqui para ver em tamanho mega super ri fixe gigante)

Aqui já tinha passado por alturas da minha incursão às estradas da Peneda a pedalar, mas é sempre bom recordar um dos magníficos bilhetes postais da região.

Em Setembro podemos ter novidades para quem queira conhecer esta e outras estradas desertas e fascinantes... ;)
 

Mingus

Member
Pronto, já passei aqui uns minutos a babar-me para cima do teclado. Muito fixe ver a estrada a serpentear a serra e as aldeias lá em baixo. Faz-me lembrar um dos passeios que fiz ao Montemuro onde se pode ver um pedaço da estrada e a aldeia de Noninha lá em baixo. Desculpa mas tomei a liberdade de pôr a foto no teu tópico. Apaga se achares por bem ;-)

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Vai ser um mês de Setembro quente :) :)
 

duchene

Well-Known Member
Que apagar?! Coisas bonitas são sempre bem vindas. :D

O Montemuro é de facto um microcosmos fascinante. Das encostas bravas do lado sul à imensidão da vertente Norte há mesmo MUITO para lá explorar. Pena(?) que passe ao lado de muito boa gente...

Quanto a Setembro, tenho os dias contados porque vou de férias a 19 e só volto a pedalar a 8 de Outubro, mas conto que ainda dê para fazer umas aventuras porreiras nas primeiras semanas, incluindo mostrar a certas pessoas a utilidade de um prato 34 nas estradas secundárias desta ondulante região Norte. :D
 

Mingus

Member
Apesar de já conhecer a enorme utilidade do 34 espero conseguir juntar-me a esse grupetto e comprovar essa mesma utilidade em outras estradas desertas e fantásticas. :)
 

NiKES

New Member
A tua primeira foto parece ser a mesma estrada do que esta:

imagem082.jpg


Boas pedaladas em estradas desertas e fascinantes !
 

duchene

Well-Known Member
Se essa é a estrada de Germil, é de facto a mesma estrada. A primeira vez que a vi foi num tour do Indy por aquelas bandas e não descansei até lá passar primeiro a pedalar e desta feita de automóvel.

A segunda foto foi tirada do miradouro na estrada Soajo > Senhora da Peneda. Também já a tinha estreado a pedalar e desta vez quis fazer a subida pelo lado da Senhora da Peneda depois de já ter subido pelo lado da Gavieira. Pelo lado do santuario é muito mais suave, a fazer lembrar a subida do Marão, só endurecendo um pouco no par de quilómetros finais antes de entrar no planalto de Lamas de Mouro.

Mas desafio desafio é fazer a subida de Rouças, a aldeia que aparece no enfiamento da estrada, do lado esquerdo do panorama, até ao miradouro. Se ao carro já custou... :D

Enfim muitos são os encantos por aqueles lados e certamente muito mais vezes por lá irei dar ao pedal.

Boas pedaladas!
 

Josant

New Member
Velhos tempos...em que aproveitava essas estradas para fazer as ligações por monte :)

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ps: Quem sabe para experimentar o 34/50-11-26 :D
 
Last edited:

duchene

Well-Known Member
Quando quiseres experimentar a cassete mariquinhas basta vires um dia treinar até Rebordosa. Levo-te aí a um rebuçado onde podes aferir no imediato se trocas essa por uma 11-34 ou não... :D
 

Figueiredo

Active Member
@ Josant

A terceira localidade dessa placa deve ser um espectáculo;);), desculpem o offtopic mas não resisti...

Boas voltas e continuem a postar aqui as vossas aventuras vai-nos alimentando a alma!
 

rodd

New Member
@duchene
Muitos parabéns pelo tópico. Fico maravilhado a olhar para as fotos e para os textos imaginando-me a percorre-los... :)

Cassete mariquinhas (11-26) do Josant?! Então o que dizer da minha 11-28... :( Isso é mesmo para desanimar a malta... E digo-te que faço uso algumas vezes do 34-28... :) :)

Abraço,
Luís
 

duchene

Well-Known Member
Luís, obrigado pelo elogio. É minha filosofia pedalar com exigência mas, sobretudo, com a calma necessária para absorver os inúmeros estímulos que se oferecem ao longo destes passeios.

Por isso, e já que lá estou, porque não trazer comigo um bocadinho das maravilhas que vou encontrando? Afinal de contas, dar ao pedal é muito mais do que simplesmente dar ao pedal. :cool:

A escrita tem estado relegada para segundo plano já que não tem havido o tempo necessário para construir a prosa com a riqueza que gosto de transmitir, mas em breve voltará a preencher este tópico.

--

Quanto à cassete... é uma brincadeira que vem de um outro tópico e mais irónica se torna porque a minha cassete também é uma 11-26. Portanto é uma auto-piadola!

E às vezes mal não fazia ter mais 2 dentes atrás :)
 

Nosoul

New Member
Duchene muitos parabéns pelo tópico! Está simplesmente fantástico. As fotos que tiras, de excelente qualidade, aliado à boa qualidade do discurso faz-nos imaginar a percorrer esses maravilhosos caminhos (como disse o rodd).
 

duchene

Well-Known Member
Petite Force: O sacrilégio e a redenção...


Sábado: "Já não morro estúpido - Parte II"
Apesar de ter uma volta diferente planeada para sábado, trocaram-me as voltas e por isso tive de estar por Valongo de tarde, o que implicou que a volta grande tivesse de ser adiada. O tempo também não estava propriamente famoso e confirmei mais tarde que, para onde estava a pensar ir, o calor era implacável, apesar das doentias nuvens, ora cinzentas, ora amareladas...

Assim, aproveitei para colocar algum do sono em dia, já que vinha de uma semana com apenas 5 horas de sono, antes de me fazer à estrada.

Eram 10 horas certas quando saí de casa, sem saber muito bem para onde iria... Fui em direcção a Este e decidi começar por subir o Carreiro para Baltar. Daí talvez fosse até Recarei, Capela e depois logo se via. Rapidamente transpus o Carreiro e apontei a Recarei. No entanto uma coluna de fumo denso surgia dos lados de Capela o que significava que o ar devia estar pouco recomendável para aqueles lados. Pois num raro impulso de comodismo, decidi que ia fazer uma volta mais preguiçosa e rolar por rolar, ali pelos lados da R108.

Em Recarei segui para o Salto e fui até Branzelo, apanhando aí a R108. O troço já era conhecido por isso foi só manter o pedal a rolar e cruzar a margem do Douro até ao Freixo.

única nota digna de registo foi o facto de ter passado junto ao ponto de início daquele que viria a ser o grande incêndio do dia e que chegou a ameaçar algumas casas e indústrias. Quando por lá passei as chamas apesar de ainda muito confinadas já eram bastante ameaçadoras. Como não tinha comigo telemóvel, pedi a um local que chamasse os bombeiros já que ainda se poderia segurar o fogo no seu estado inicial. Infelizmente tal não se veio a revelar tão linear e os soldados da paz, pelos vistos, ainda se viram bem atrapalhados para conter as chamas.

Chegado ao Freixo tinha a hipótese de de subir para Valongo directamente pelo Seixo ou então continuar e ir dar uma volta maior. acabei por preferir a opção turística.

Marginal do Douro, túnel da Ribeira e bom ritmo até ao Passeio Alegre, onde parei para abastecer. Fiquei deveras surpreendido por encontrar uma mercearia que ainda pratica preços à moda antiga, bem ali no interior da zona mais abastada do Porto. Viva os 60 cêntimos por uma garrafa de água de litro e meio!

Mais uma tirada de plano pela Av. do Brasil fora, mas no alcatrão. Deixo a ciclovia para outras pedaladas....

No Castelo do Queijo decido virar para o interior, para cruzar o centro do Porto, cidade do meu coração. A subida desde a rotunda do Castelo do Queijo até à Rotunda da Boavista não tem muita história. Ou melhor tem uma história triste de uma avenida emblemática completamente arrasada e exclusivamente repensada para as corridas automóveis. Sem alma, sem personalidade e sem interesse em si, salva apenas pelos interessantes exemplos de arquitectura que a ladeiam. A faixa central que deveria ter agora uma ciclovia no lugar dos carris do eléctrico pura e simplesmente não existe até chegarmos ao Parque da Cidade, onde temos o previlégio de apanhar o último troço de árvores sobrevivente da configuração original da avenida. Infelizmente é isto que nos distingue, pela negativa, em termos de ordenamento das cidades. Tudo é pensado em função não das pessoas, mas sim dos automóveis. A cidade torna-se uma passagem, mais do que um espaço que convida à passagem. Enfim...

Na Boavista aproveitei para fazer um pouco mais de turismo. Passei o Palácio, Cordoaria, Clérigos, desci à Praça da Liberdade, Bolhão, Campo 24 de Agosto, Antas, Areosa, Alto da Maia, Ermesinde para dar uma beijoca à minha mãe e finalmente Valongo.

No final os serviços mínimos representaram 94Km, com uns incríveis 830m de acumulado, percorridos à média de 27.4Km/h.

Sem ser uma volta que tenha odiado, não me trouxe propriamente grande entusiasmo. É, tal como o Furadouro e a ida a Esposende pela N13, uma daquelas voltas para se fazer uma vez só para não morrermos estúpidos, e depois arruma-se lá na gaveta, fazendo de conta que não existiu. Pelo menos para mim uma vez chega...

Terça-feira: "Dois recordes pessoais para compensar!"
Na terça apetecia-me fazer uma pequena volta de final de dia, para girar um pouco as pernas e pensei em ir até à Agrela enfrentar o cronómetro, numa volta sem segredos: Alfena > Água Longa > Agrela > Lordelo > Sobrado > Valongo.

Estava estipulado que seria um dia municipal da Talega, por isso logo desde casa o prato 34 soube que seria dia de descanso.

Ritmo animado, bem animado e rapidamente estava a carregar no botão de Lap para marcar a contagem.

Ataquei então a subida em talega, conseguindo manter uma rotação mais constante e elevada (acima das 70RPM) do que a minha primeira tentativa em talega, há um mês e meio. Já consigo aguentar o 50/25 até aos primeiros cotovelos, subo para 26 nessa zona mas sinuosa e volto a engatar no 25 antes do parque de merendas, para depois levar até final. Nesta última parte apanhei algum vento mas que não considero que tenha provocado grandes estragos em termos de velocidade e do registo final.

Outra novidade foi o facto de ter levado o pulsómetro com o campo da pulsação a exprimir os valores em percentagem. Andei nos 90% da minha FCE até ao final das casas e 95% no restante percurso, excepção feita aos cotovelos com 97% e à zona final em que, no último esforço, encostei nos 100%.

Fui bastante mais exigente do que em vezes anteriores, um pouco como fiz na Senhora da Graça, mantendo o máximo de empenho, mesmo quando o meu ldo preguiçoso mandava levantar um pouco o pé do pedal e reduzir o andamento.

Mas a recompensa chegou com o esforço e tirei 21s ao meu melhor registo, que já tinha mais de um ano. Subi a Agrela em 13m54s o que para um mamífero de 90Kg já começa a ser um tempo interessante.

Provavelmente hão de passar uns tempos até que volte à Agrela, também para não saturar. Vamos ver se, quando regressar, consigo fazer melhor...

A volta em si representou outro recorde, penso eu. Não me recordo de ter feito uma volta com média superior a 30Km/h e desta feita isso aconteceu! Obviamente que o perfil bastante suave ajudou consideravelmente. Não admira! Ao longo dos 36Km apenas superei 431m de acumulado o que ajudou então a média a fixar-se nos 30.2Km/h.

De facto não é esta a minha praia e conto em breve voltar aos 19 e 20Km/h de média, sinal que trago muito mais satisfação comigo, fruto de uma volta mais ao meu estilo.


Hey ma, hey ma look it's me!
Uma última nota de rodapé para assinalar a minha conversão ao Strava como ferramenta de registo de treino. Assim sendo o registo da volta de Domingo pode ser consultado aqui e o registo da subida da Agrela na terça-feira poderá ser consultado aqui. O meu perfil, que ainda não conta com as voltas registadas pelo Edge 500, está aqui.

Boas pedaladas!
 
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AndreSchleck

New Member
Ora viva duchene,

parabéns por todas as grandes voltas magníficas que tens feito, e também pela melhora de tempo na Agrela. No post mais acima escreveste:

"Quando quiseres experimentar a cassete mariquinhas basta vires um dia treinar até Rebordosa. Levo-te aí a um rebuçado onde podes aferir no imediato se trocas essa por uma 11-34 ou não..."

Penso que estás a falar da subida por Nabeiros, certo? Ou será outra que não conheço?

Abraço.
 
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