Mudanças de hábitos raramente são súbitas. As coisas evoluem ao longo de um certo tempo, proporcional à intenção e adaptação pessoal para a mudança. A motivação e receptividade para alterarmos as nossas rotinas normalmente resultam da tal “força maior”, mas se nos libertarmos dos preconceitos e optarmos pelas alternativas, planeando o benefício, sabemos que escolhemos o melhor para nós.
No meu caso, já lá vão uns bons anos, trocar a meia hora de carro para o centro da cidade, isto numa boa hora de ponta incluindo a demanda por um lugar de estacionamento, ou os 45 minutos de caminhada mais metro e autocarro, para chegar ao trabalho que dista 5km, de bicicleta “perco” cerca de quinze minutos. Faça sol ou faça chuva: Vestuário, calçado, bicicleta de aço, tudo casual, só o percurso de ida não é casual. Já o pós-laboral é muitas vezes alternativo, puxado e alongado.
O que comutou a minha rotina diária? À medida que fui ficando mais velho, o papel desempenhado pelas minhas bicicletas deixou de ser apenas o passeio pelo parque, o treino ao domingo, as aventuras para lugares inexplorados. Tornei-me suficientemente fino para levar a bicicleta a expandir os meus horizontes e usá-la como meio de transporte. O que mudou? A mentalidade e todo o benefício que advém desta alternativa e que a bicicleta promove: Não gastamos tanto e ganhamos tempo. Pobres e tontinhos ficam aqueles que permancem engarrafados no tempo