Bem, estou a gostar desta troca de opiniões e agradeço a vossa ajuda
pratoni, já tinha visto esse quadro que sugeriste e, dentro do titânio, foi o que encontrei mais em conta. A montagem é que não conhecia e, caso ainda se comercializasse, acho era nesse sentido que seguiria.
Concordo com o teu último comentário. De facto, tenho duas variantes do mesmo conceito, ou seja, tenho duas bicicletas de estrada com objectivos e propósitos muito semelhantes, embora muito diferentes entre si. Acredita que as sensações que cada uma transmite são muito diferentes, levando-me quase a ponderar manter as duas, mesmo sabendo que, no fundo, são bicicletas para o mesmo fim. Mas lá está, a racionalidade diz-me que não faz muito sentido manter duas bicicletas de estrada e leva-me a querer experimentar algo diferente.
Bem sei que teria sido mais lógico trocar a Specialized pela Colnago, mas, tal como julgo ter referido na altura, o negócio não se configurou dessa forma. E se eu disser que não gastei 1 € no momento da aquisição da Colnago? Por muito que eu goste daquele quadro, nunca o teria se tivesse de pagar por ele. O frameset igual ao meu está à venda numa loja online bem conhecida por 2300€!!! Quando surgiu a hipótese da Colnago propus deixar a Specialized como retoma, mas para tal tinha de dar mais 1000€ em dinheiro, o que afastou desde logo a ideia. No entanto, quando o negócio envolveu a bicicleta de BTT que tinha e quando me dizem que seria troca directa, eu entregava a BTT e trazia a Colnago, tornou tudo muito mais tentador e acabei por concretizar a troca, até porque, como já disse, a de BTT não tinha o uso que merecia. Tinha plena consciência que iria ficar com duas bicicletas de estrada e que, mais cedo ou mais tarde, iria começar a alimentar outras ideias, que é o que está a acontecer agora. O que me está a faltar é precisamente assumir a Colnago como única bicicleta de estrada e habituar-me à ideia de que já não precisarei da Tarmac. Foram alguns anos com esta bicicleta e é uma mudança algo radical deixar o carbono e assumir claramente o aço. É esse desligar da Tarmac que neste momento me está a impedir de tomar a decisão de avançar para outra coisa.
Bruso, como já disse, apesar de em termos de conceito serem duas bicicletas idênticas, uma vez na estrada são realidades muito diferentes. Neste momento a distinção que faço é precisamente essa...Tarmac para voltas mais inclinadas e para um uso mais despreocupado. Colnago para rolar, disfrutar e preservar. Mas, tentando manter sempre a racionalidade nas minhas decisões e nas minhas ideias, tenho consciência que não faz muito sentido ter a Colnago como peça de museu e é este assumir de posição pela Colnago como bicicleta "principal" que está a faltar. Nunca fui apologista de ter as coisas só para dizer que as tenho. Gosto de ter o que me é útil e funcional.
Tal como dizes, e se formos a pensar apenas segundo uma perspectiva racional, o mais lógico então seria vender a Colnago, pois é a que é menos usada e usar o dinheiro (que seria certamente mais do que os 1100€ que conseguirei com a Tarmac) para avançar para outra coisa. Mas essa é uma hipótese que não coloco por várias razões. Primeiro porque sou fascinado por aquele quadro, por aquela marca e por todo o seu carisma, sendo estúpido da minha parte desfazer-me de ânimo leve de uma bicicleta destas. Depois porque, e pensando numa perspectiva economicista, e esta até foi uma conversa que tive com o André na Freita, bicicletas como a Colnago ou como a Lynskey dele, não desvalorizam muito mais do que aquilo que já desvalorizaram a partir do momento em que foram adquiridas. São bicicletas intemporais que terão sempre valor superior a qualquer bicicleta mais genérica e convencional, como é o caso da Tarmac. Ora, mesmo pensando no lado monetário e patrimonial da equação, seria pouco inteligente desfazer-me da Colnago.