Esta história do peso dá-me vontade de rir. Se estivéssemos a falar de competição entre profissionais de topo (mesmo de topo), em que tudo é avaliado ao mínimo (máquina, alimentação, vestuário, treino, repouso...), 600g não seriam totalmente irrelevantes (embora no circuito profissional exista essa diferença entre quadros, porque o peso não é de longe o único factor determinante na avaliação de um quadro). Agora, nós, somos malta que brincamos às bicicletas, que nos imaginamos a fazer parte do pelotão das grandes voltas que vemos na televisão. Mas sabemos que é a brincar, não sabemos? Pessoalmente, já me deixei de emprenhar pelos ouvidos. É incrível o poder do marketing das grandes marcas que procuram o negócio e é sobretudo impressionante o modo como esse discurso é assimilado pelos compradores, que o reproduzem acriticamente.
Monta a bicicleta e diverte-te! Vai por mim. E anda ver quem ganha numa volta de 100 km, se tu ou eu na minha bicicleta de aço Colombus SLX, 42-53/11-23, de 9 kg e tal (nem sei bem, nunca pesei).
Abraço