Cá vai disto……
Hoje foi o dia de apresentar o TGV ao nosso Fábio e o grupo alinhou na brincadeira da melhor forma que pôde. Parabéns a todos, tiveram um comportamento exemplar.
Até Coina não foi preciso acelerar muito e assim o nosso grupo, 100% Mato & Estrada, não deixou nenhum dos 10 elementos para trás nestes 20kms que nos separam do TGV.
Rumamos para Azeitão, aguardando a chegada e absorção do pelotão. O ritmo então imposto foi suficiente para separar os mais preparados dos menos preparados.
Até Palmela deu para gerir bem o esforço porque o vento frontal não deixou o TGV atingir grandes velocidades. Chegados a Palmela deu-se mais uma separação, onde ouvi alguém dizer que seguia já directamente para a Serra. A descer para a Lagoinha aproveitei para comer uma barrinha e, com a distracção, quase ficava pendurado.
Até ao Montijo continuamos a ser fustigados pelo vento mantendo-se um ritmo não muito alto. Fantástico o desempenho de alguns elementos do TGV que davam o peito ao vento durante vários kms seguidos.
Após um desvio no percurso evitamos a estrada de Samouco/Alcochete, desvio esse muito aplaudido por nós. A partir de Alcochete o vento passou a encontrar-se palas costas e, como alguém costuma dizer: “ agora é que a porca torce o rabo”.
A velocidade aumentou bastante e num instante estava-mos no Passil. Passamos à porta do Zé Henrique, que veio à porta só para nos ver passar e aplaudir, e seguimos pela “estrada da pólvora”. Para nossa grande surpresa a estrada está em condições para pedalar, seja rápido ou devagar, e o ritmo não baixou até metade da mesma. Aproveitei este momento de relaxe para “almoçar” porque já levávamos 2:30h de caminho e não queria ficar sem combustível para poder chegar à Serra com força. Até ao Pinhal Novo foi sempre a pedalar forte e, após mais uma separação do pessoal que precisava estar em casa mais cedo, num instante estávamos na Volta da Pedra.
Mais uma separação por parte de pessoal dos arredores de Corroios e já só sobravam 13 elementos no caminho para Setúbal. Em Setúbal vi quatro a descolarem nos semáforos, chamei o grupo e fui logo avisado que os mesmos não chegariam a subir a Serra.
Ficamos assim, o Alegria e 6 elementos do TGV, eu e o F.Amstrong do nosso grupo.
Na “Avenida Luísa Tody”, em Setúbal, o meu gingarelho acusava 115kms percorridos a uma média de 34.45 km/h, uma marca que nunca alcancei em distâncias similares.
Primeira subida iniciada já o Amstrong gemia queixando-se por tudo e por nada. Eu ia respondendo-lhe tentando dar-lhe algum alento: “Eu também!”
Fomos indo todos juntos nos primeiros 50mt e depois começamos a fragmentar-nos, descolando um de cada vez e só recolando à passagem pelas portas da SECIL.
O Fábio ainda seguiu sozinho até à SECIL mas para não rebentar nas Antenas preferiu, e ainda bem que o fez, voltar para trás a seu ritmo e até casa.
Nós, os 8 restantes, fomos subindo da melhor forma que conseguia-mos. O Alegria e mais dois seguiram na frente, eu juntei-me a outro até à porta do Quartel, onde parei para fazer um xixi, e os outros vieram mais depressa ou mais devagar. Voltei rápidamente para cima da burra e segui no encalço do meu parceiro de subida. Ainda fomos passados por um elemento que conseguiu alcançar o grupo da frente. Nas Antenas o meu parceiro parou para esperar pelos restantes e eu segui viagem sozinho no ritmo que mais me convinha. A subida que na semana passada demorei menos de 18´ a percorrer foi percorrida em mais de 22´. Custou-me bastante chegar às Antenas devido ao cansaço acumulado e por causa do calor que àquela hora me batia fortemente nas costas. Apesar da água que levava já ser muito pouca e ter “aditivo/açúcar”, não me restou outra alternativa que dividi-la entre ingestão e banhos. Tive fé de encontrar alguém no topo da Serra a quem pudesse pedir água e correu-me bem. Um autocarro que tinha passado por nós estava parado e o motorista dispensou-me uma garrafa de água fresca que me soube tão bem até Azeitão.
Como estava destinado a ir para casa sozinho, parei para lavar a cara e encher os bidons na bica de V.N.Azeitão, onde o pessoal que tinha ficado para trás fez o mesmo e ainda se juntaram a mim até à Rotunda de Coina.
De Coina para o Montijo aguardavam-me 20kms de distância com vento frontal que, após mais duas barrinhas e um cubo de marmelada, enfrentei colocando as mãos nos drops e ligando o cruise-control.
Cheguei a casa muito para além da minha normal hora de almoço mas, “Domingos não são Domingos” e este fica para mais tarde recordar porque é a primeira vez que consigo completar a volta toda.
Em casa, minha Partida/Meta final, registei 166.27km percorridos em 05:31:17h à média de 30.11km/h e com 1451mt ac.subidas.
Excelente pessoal com excelente ritmo.
Bem haja para todos e até breve.