Neste mundo do ciclismo o elo mais fraco é o ciclista. Infelizmente chegamos a uma fase em que se tenta eximir a equipa de qualquer responsabilidade nestas matérias, fazendo com que a culpa resida apenas no atleta. Não digo que por vezes estas situações não sejam criadas pelo ciclista ao arrepio da equipa, porque se quer ser contratado, que lhe renovem o contrato, melhorem as condições salariais, etc. No entanto, sou mais apologista que existe um dedo do departamento médico de cada equipa e que não são tão inocentes como parecem fazer crer. O problema é o doping é visto pelo UCI como uma praga que importa exterminar a todo o custo. Infelizmente não foram criados mecanismos para proteger e reabilitar o ciclista quando o mesmo é apanhado numa analise positiva Nada no desporto é inocente, mas até um simples medicamento para uma constipação pode conter substancias consideradas dopantes e dar resultado positivo. Para terem um ideia esta malta da alta competição não pode tomar qualquer medicamento ou suplemento sob pena de estar a ingerir algo que pode resultar num controlo positivo. Qualquer ciclista sinalizado passa a ser visto pelas equipas como alguém tóxico que importa guardar distância. Lembrem-se do caso do Floyd Landis quando foi pedir para fazer parte da Radioshack. Para além disso para a UCI é um ciclista que fica no radar, que estará sempre sob escrutínio, sobretudo se a contra-analise for negativa devido a contaminação das amostras.
Não sei até que ponto o André Cardoso não sairá chamuscado de toda esta situação, mas é de acreditar que os tempos futuros não serão fáceis.
O que me deixa algo perplexo é que o André antes de ir para a Trek esteve na Cannondale a qual "perfilha" a politica de ciclismo limpo, nunca levantou dúvidas em termos de doping, no ano em que passa para outra equipa pimba acusa positivo às portas do Tour. É de pensar...
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