meloy, não vou dizer que "dessa água não beberei", mas, para já, não ambiciono mais do que ter uma opção para me mexer para aqueles dias em que a bicicleta não é opção. Nunca gostei de correr e acho que o meu corpo não veio mesmo formatado para se sujeitar a grandes corridas. Correr em pista ou na estrada aborrece-me de morte...passados 5 minutos estou saturado. Fora de estrada e num isto de corrida/caminhada já tudo se torna mais interessante e o entusiasmo é outro, mas num ritmo e em distâncias contidas.
Miguel, muito obrigado pela resposta e pela excelente partilha de informação. Tive de assimilar isto com calma Vamos por partes…
Em relação às Berg Pantera, o meu pensamento também foi um pouco na lógica de “eh pa, se o Carlos Sá corre ultra-trails com isto é porque não há-de ser assim tão mau! ”. Mais a sério, pareceram-me umas sapatilhas com uma excelente relação qualidade/preço e gosto do facto de experimentar algo “diferente”. E, por 35€, acho que está a decisão tomada.
De facto, achei as Kanadia muito frágeis, só mesmo o rasto indica estarmos perante umas sapatilhas de trail, mas tenho algum receio em meter aquilo nos maus caminhos que frequento.
Quanto ao trail, ainda não me meti em nenhuma prova organizada, mas tenho curiosidade em experimentar…uma distância mais curta para começar…depois logo se vê.
Concordo em grande parte contigo em relação às questões relacionadas com o material específico para determinada modalidade e com as “exigências” que por vezes formam nas nossas mentes…é o poder do marketing. Claro que tenho plena consciência de que a qualidade paga-se e que não podemos esperar de umas sapatilhas de 30€ o mesmo desempenho, conforto, durabilidade, etc… de umas de 100€ ou de 150€. A questão é que, em muitos casos, e para um praticante ocasional e uma utilização pouco intensiva, será que precisamos mesmo das de 150€? Provavelmente umas de 50€ cumprem a função. Claro que à medida que evoluímos o material evolui conosco e com as nossas necessidades e exigências, de forma consciente e racional…ou pelo menos devia ser assim. O mesmo se aplica às bicicletas, aos automóveis e a tanta mas tanta coisa na nossa vida.
Não me choca nada usar material de ciclismo (jerseys, impermeáveis, etc…) para correr ou caminhar…aliás, já o tenho feito e estou-me borrifando para o que se diz ou o que se pensa, desde que eu tenha consciência de que aquele material cumpre a sua função e que em nada me prejudicará. Actualmente somos inundados com um aliciamento selvagem por parte das marcas que nos tentam convencer de que precisamos de tudo e mais alguma coisa…é o trabalho delas. Compete a nós, consumidores, usar a cabeça para pensar e escolher em consciência. Uma das coisas que me atrai na corrida é a sua simplicidade. Umas sapatilhas, uns calções e uma tshirt e estamos na rua a correr…Gosto de pensar nesta simplicidade e de não complicar o que é simples com 1001 apetrechos desnecessários. Talvez possam ser necessários mais tarde, noutro contexto, noutro nível, mas isso faz parte da evolução natural dentro de uma modalidade/hobbie.
E daqui podemos falar do material da Decathlon ou da SportZone, que, como dizes e muito bem, vieram democratizar o acesso ao desporto. Lembro-me que há nem dez anos atrás se quisesses comprar umas sapatilhas de corrida minimamente aceitáveis tinhas que ter, no mínimo, 50€ no bolso. Hoje com 30€ já compras algo suficiente para te iniciares na actividade. E depois há que deixar os preconceitos de parte e saber reconhecer a qualidade de artigos que, mesmo não sendo das marcas mais sonantes e sendo naturalmente inferiores a modelos bem mais caros, cumprem a sua função na perfeição.
Não foi preciso a experiência do último Brevet para perceber a importância das escolhas acertadas de material para as circunstâncias em que nos metemos. Acredita que já tive situações anteriores onde aprendi essa lição de forma bem mais dolorosa O que me impediu de terminar o Brevet foi mais questões anímicas do que propriamente o desconforto físico. Claro que uma coisa leva à outra, mas pesou mais o facto de, a dada altura, eu já não estar a tirar gozo da viagem e a sentir que ainda teria de arrastar aquela situação durante, no mínimo, mais 5 horas em cima da bicicleta. E, quando assim é, repensamos as nossas prioridades, fazemos contas de cabeça e toma-se a decisão que se achar mais sensata. No meu caso e naquele dia em particular a decisão mais sensata foi, sem dúvida, ficar por ali e retirar da experiência os devidos ensinamentos para situações futuras. Acredito que quando falhamos um objectivo aprendemos mais e ser-nos-á mais útil do que quanto tudo corre às mil maravilhas. Foi o caso.
Isto para dizer que é, de facto, importantíssimo fazer boas escolhas e tomar boas opções. Confortável, alimentado e motivado, pedala-se ou corre-se para sempre
Miguel, muito obrigado pela resposta e pela excelente partilha de informação. Tive de assimilar isto com calma Vamos por partes…
Em relação às Berg Pantera, o meu pensamento também foi um pouco na lógica de “eh pa, se o Carlos Sá corre ultra-trails com isto é porque não há-de ser assim tão mau! ”. Mais a sério, pareceram-me umas sapatilhas com uma excelente relação qualidade/preço e gosto do facto de experimentar algo “diferente”. E, por 35€, acho que está a decisão tomada.
De facto, achei as Kanadia muito frágeis, só mesmo o rasto indica estarmos perante umas sapatilhas de trail, mas tenho algum receio em meter aquilo nos maus caminhos que frequento.
Quanto ao trail, ainda não me meti em nenhuma prova organizada, mas tenho curiosidade em experimentar…uma distância mais curta para começar…depois logo se vê.
Concordo em grande parte contigo em relação às questões relacionadas com o material específico para determinada modalidade e com as “exigências” que por vezes formam nas nossas mentes…é o poder do marketing. Claro que tenho plena consciência de que a qualidade paga-se e que não podemos esperar de umas sapatilhas de 30€ o mesmo desempenho, conforto, durabilidade, etc… de umas de 100€ ou de 150€. A questão é que, em muitos casos, e para um praticante ocasional e uma utilização pouco intensiva, será que precisamos mesmo das de 150€? Provavelmente umas de 50€ cumprem a função. Claro que à medida que evoluímos o material evolui conosco e com as nossas necessidades e exigências, de forma consciente e racional…ou pelo menos devia ser assim. O mesmo se aplica às bicicletas, aos automóveis e a tanta mas tanta coisa na nossa vida.
Não me choca nada usar material de ciclismo (jerseys, impermeáveis, etc…) para correr ou caminhar…aliás, já o tenho feito e estou-me borrifando para o que se diz ou o que se pensa, desde que eu tenha consciência de que aquele material cumpre a sua função e que em nada me prejudicará. Actualmente somos inundados com um aliciamento selvagem por parte das marcas que nos tentam convencer de que precisamos de tudo e mais alguma coisa…é o trabalho delas. Compete a nós, consumidores, usar a cabeça para pensar e escolher em consciência. Uma das coisas que me atrai na corrida é a sua simplicidade. Umas sapatilhas, uns calções e uma tshirt e estamos na rua a correr…Gosto de pensar nesta simplicidade e de não complicar o que é simples com 1001 apetrechos desnecessários. Talvez possam ser necessários mais tarde, noutro contexto, noutro nível, mas isso faz parte da evolução natural dentro de uma modalidade/hobbie.
E daqui podemos falar do material da Decathlon ou da SportZone, que, como dizes e muito bem, vieram democratizar o acesso ao desporto. Lembro-me que há nem dez anos atrás se quisesses comprar umas sapatilhas de corrida minimamente aceitáveis tinhas que ter, no mínimo, 50€ no bolso. Hoje com 30€ já compras algo suficiente para te iniciares na actividade. E depois há que deixar os preconceitos de parte e saber reconhecer a qualidade de artigos que, mesmo não sendo das marcas mais sonantes e sendo naturalmente inferiores a modelos bem mais caros, cumprem a sua função na perfeição.
Não foi preciso a experiência do último Brevet para perceber a importância das escolhas acertadas de material para as circunstâncias em que nos metemos. Acredita que já tive situações anteriores onde aprendi essa lição de forma bem mais dolorosa O que me impediu de terminar o Brevet foi mais questões anímicas do que propriamente o desconforto físico. Claro que uma coisa leva à outra, mas pesou mais o facto de, a dada altura, eu já não estar a tirar gozo da viagem e a sentir que ainda teria de arrastar aquela situação durante, no mínimo, mais 5 horas em cima da bicicleta. E, quando assim é, repensamos as nossas prioridades, fazemos contas de cabeça e toma-se a decisão que se achar mais sensata. No meu caso e naquele dia em particular a decisão mais sensata foi, sem dúvida, ficar por ali e retirar da experiência os devidos ensinamentos para situações futuras. Acredito que quando falhamos um objectivo aprendemos mais e ser-nos-á mais útil do que quanto tudo corre às mil maravilhas. Foi o caso.
Isto para dizer que é, de facto, importantíssimo fazer boas escolhas e tomar boas opções. Confortável, alimentado e motivado, pedala-se ou corre-se para sempre