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As voltas do Fogueteiro

fogueteiro

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As minhas férias de sonho....

Boas pessoal...

... há uns tempos que não escrevo por aqui, mas aproveitando um Domingo algo molhado, resolvi vir mostrar-vos as minhas férias de sonho. Sim, leram bem: "de sonho".

Não tenho paçorra para estar de barriga ao sol na praia, nem num resort luxuoso, muito menos tenho "educação" para entrar num hotel XPTO. Por isso férias para mim significa fazer coisas diferentes, e sobretudo aumentar os meus conhecimentos. E felizmente a minha cara metade assim pensa também.

Há pouco mais de 2 meses compramos uma bicicleta eléctrica, para ela, sim porque também gosta de andar de bicicleta e o passado familiar dela foi também ligado às duas rodas.

Sempre que eu vejo um turista na rua de bicicleta e não resisto, indo falar logo com ele, e fascina-me aquelas viagens de várias semanas em cima de "gerica".

Certa altura eu estava à conversa com a minha esposa e ele disse-me algo que me fez logo sonhar acordado: "E se nós fizessemos as nossas férias de bicicleta? Eu levava a eléctrica e tua pedias emprestada a BTT e os alforges ao ..... (meu amigo). Que dizes?"

Vejam só o que ela me veio propôr!!!;););)

Por isso cá vai o meu relato, dia a dia. Já estamos na estrada desde 4ª feira passada, cumprindo um percurso que também é o cumprir um sonho antigo: Percorrer a N222 desde Gaia até ao seu final, para lá de V.N. de Foz Coa.

Depois a ideia é seguir até Figueira de Castelo Rodrigo, Almeida, Guarda, Viseu, e finalmente casa. Esta será a ideia geral, sendo que o dia a seguir é combinado no dia anterior, com o mapa aberto. Nada de reservas, nada de compromissos... e com a humildade de voltar para casa de carro se assim tiver que ser, porque existem muitos factores que a isso podem obrigar... sobretudo a saúde dela.

O mapa final e as estatísticas colocarei apenas no resumo para não vos maçar muito.

Quero igualmente dizer que as fotos podiam ser melhores, mas a máquina veio connosco, mas... sem cartão. Já fui a várias lojas e todasme disseram que aquele modelo tinha sido descontinuado pela Sony, por isso ela só veio fazer peso.

Ora vamos lá então...
 

fogueteiro

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1º dia * Gaia - Alpendurada

... com tanta coisa para tratar, que não ligadas às férias, só nos foi permitido saír pelas 17 horas de casa. Eu ia radiante da vida, por estar a concretizar o meu sonho de há muitos anos.

O andamento era muito bom, porque o terreno assim o permite, e mais depressa do que eu imaginava estavamos em Entre-os-Rios. Estava na hora de arranjar alojamento, mas a coisa ficou preta. Julgava que Entre-os-Rios tivesse alguma estalagem, pensão... mas nada. Fomos até Alpendorada, e lá tivemos a 1º grande surpresa. Disseram-nos que num determinado restaurante perto das escolas, alugavam quartos. Fomos lá, mas afinal a senhora aluga toda a parte de cima da vivenda a professores. Após algum "choramingar" ela lá se decidiu alugar toda a parte de cima da vivenda, só para nós os dois, por.... 10,00€;);):D:D:D Sim, eu disse 10,00€!!!!!

A minha esposa estava um pouco cansada, mas nada que um bom banho e uma noite de sono não resolveram.

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fogueteiro

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2º dia * Alpendorada - Régua

Levantamo-nos cedo, para aproveitar o fresco, porque a temperatura ameaçava não perdoar. Sempre na N108, paramos imensas vezes para comer figos, pinhões e uvas:D:D:D. Aliás esta viagem está a ser marcada por um "tirar a barriga de misérias" quanto a fruta, sobretudo figos. Penso que não seria difícil fazer todo este percurso sem grande necessidade de comprar o que quer que fosse, para comer. Para além das que já referi, tenho contato com maçãs, pêssegos e amoras silvestres.

Bem, na verdade o calor começou a ser sufocante, o que fez alguma mossa na minha esposa. Ela chegou à residêncial, sem muitas mais forças disponíveis, e não admira porque foram quase 69 kms, debaixo de um sol abrasador.

Aqui nesta cidade foi onde paguei mais, até hoje por um alojamento: 40,00, com direito a cozinha. Aproveitamos para lavar a roupa, e retemperar as forças, com uma boa refeição feita por nós.

Esta foi a vivenda onde fiquei uma noite por 10,00. Toda a parte superior era "minha"
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duchene

Well-Known Member
Apesar de estar a acompanhar quase em tempo real a vossa aventura, não podia deixar de registar também aqui a minha força para que continuem a levar a aventura dessa forma tão ligeira, descomplicada e genuína. Antes mesmo de saltarmos fora de portas há tanto e tanto para ver por este Portugal fora... E vocês certamente que já estão a sentir isso na pele e só pode melhorar!

Continuem a dar assim a dar aos pedais e, volta e meia, aparece por cá para contares à comunidade como está a correr a aventura. Certamente que será inspiradora a que outros façam o mesmo!

Um abraco!
 

Josant

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Ai se a minha cara metade alinhasse numa aventura dessas....Muitos parabéns pela iniciativa e vai-nos mantido entretidos :)
 

fogueteiro

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3º Dia * Régua - S- João da Pesqueira

Boas André. É isso mesmo. Para mim nada paga umas férias assim sem horários para nada no meio de figueiras e amendoeiras. Não fossem as condicionantes e eu teria trazido uma tenda e acampado onde o terreno permitisse. Obrigado pelas msg de força, que neste momento não falta.:D:D:D

O calor seria o nosso maior problema do dia, e já ameaçava bastante às 8,30 da manhã. Relembrei-me das duas vezes que por passei por este mas com objectivos diferentes.

Foi nesta cidade que apanhei a famosa N222, quando passei para a margem sul do Douro. Em cima do joelho decidimos ir até ao Pocinho, até porque a minha esposa tinha que tratar de uns assuntos via net. Estivemos por lá algum tempo, mas que cobrou a factura.

Voltamos à estrada em plena hora de ponta solar. Uma tosta que obrigava o meu termómetro a marcar os 43 graus. A subida para S. João da Pesqueira, foi feitas "às prestações", muito devido à falta de hábito da minha esposa. Não descoramos a hidratação, e eu estava sempre a obrigá-la a beber.

O meu desejo era chegar a Ervedosa do Douro, a mais de meia subida. Devo relembrar que esta subida tem 16kms, com uma inclinação na casa dos 4 - 6%. Uns 500 metros antes desta aldeia acontece o previsível, mas indesejado: Acabou a carga na bateria da bicicleta da minha esposa. Sendo uma bicicleta pesada, estava ainda pior por causa dos alforges, embora tivesse cuidado em levar a carga mais pesada, na minha bicicleta.

Ainda tentei que ela resistisse, mas o cansaço misturado com o calor, não lhe deram a mínima hipótese. Nem pensei duas vezes... tirei o esticador e atrelei a bicicleta dela à minha, e qual macho latino, lá a reboquei até à aldeia. Foram uns 500 um pouco duros só comparados com a subida à serra da Freita;):D:D:D, mas até foi engraçado. Mais uma para o meu curriculum:D

Na aldeia almoçamos, e ficamos na esplanada à conversa com os locais, sobre tudo e mais alguma coisa, com as vindimas e tudo que está ligado às vinhas e ao azeite. Quanto à paisagem... de cortar a respiração. Já bem conhecida por mim, não me canso de me fascinar com ela. Mas mesmo assim, o trânsito e os turistas ainda eram muitos, o que tornava o silêncio um pouco barulhento.

Pelas 17,00 atiramo-nos à última secção da subida, já bem mais suave e com a bateria carregada, e depressa chegamos à nossa meta do dia: S. João da Pesqueira.

Já com a "escola" sabida procuramos uma casa que alugasse quartos a professores, médicos, enfermeiros, etc, etc, que por necessidade (ou não) estão deslocados nessas terras de interior. E lá encontramos a casa da D. Glórinha. Mais uma vivenda, com o 1º andar todo por nossa conta por 30,00€.

Uma nota para realçar a genuinidade e simplicidade das populações do interior. Nós, habitantes da cidade temos tanto que aprender com eles, e somos uns igorantes quando os menosprezamos e gozamos, pensando que como vimos da cidade somos melhores que eles. Pura mentira!!!!

Sendo eu um habitante da cidade, até há pouco tempo, ainda tenho a desconfiança característca desses meios. Com frequência as pessoas me diziam: "Pode deixar aqui as bicicletas que ninguem lhe mexe", mas eu não descançava enquanto elas não estivessem mais protegidas à minha maneira. Por vezes até penso se não estarei a ser indelicado com elas.

Bem, acomodados, com um banho tomado, lá fomos ao supermercado comprar alguns alimentos, para poder confeccioná-los e assim evitar maior despesa no restaurante. Mais uma noite retemperadora, nos esperava.

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fogueteiro

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4º Dia * S. João da Pesqueira - Vila Nova de Foz Coa

Desde já agradeço, ao pessoal que comentaram e aos que porventura irão comentar. Mas uma coisa ainda não vos disse ainda: Esta experiência está a ser muito mais aliciante e empolgante do que eu imaginava, e os receios que tinha em relação a tudo e mais alguma coisa já não existem: Sabem o que me mete medo neste momento? É só a chuva.

Mais um dia de calor muito inytenso. Até os habitantes locais, já habituados a estas temperaturas, não paravam de se queixar do "calor de trovão". Tinhamos intenções de descansar um pouco neste dia, mas foi exactamente o contrário.

Quando há um ano fiz Gaia, Régua, S. João da Pesqueira, Vila Flor, Valpaços, tinha tido um encontro imediato com o inferno e não quis deixar de o mostrar, à distância, à minha esposa. Sem os alforges carregados, apenas com o PC alimentos e água com fartura, lá fomos nós até à barragem da Valeira. A velha máxima: "A descer todos os santos ajudam" revelou-se certíssima na vertiginosa descida até à barragem. Andamos por lá algum tempo, e por várias vezes olhei para a outra margem, e para a subida que leva até Carrazeda de Ansiães, o tal inferno terrível. Só experimentando.

De volta, o calor obrigou-nos a parar várias vezes nas poucas sombras existentes, até que chegamos à famosa capela do S. Salvador do Mundo. Paramos por lá um bom bocado, aproveitando a fonte para nos refrescar.

De volta à estrada, pude ir a apreciar os grandes, voluptosos:D e apetecíveis cachos de uvas pendurados nas infindáveis vinhas da quinta da Real Companhia Velha. Não consegui resitir. :D Posso dizer-vos que as uvas tinham um sabor divinal... seria do sulfato?:D Em andamento comi-as como quem come uma espiga de milho.

Mais à frente a minha esposa estava parada a comer amoras silvestres e depois um cacho de uvas brancas igualmente divinais. Umas centenas de metros à frente mais um manjar dos deuses: Uma pereira carregadinha, em terreno baldio, sem tratamento algum e com umas peras que em qualquer loja custariam uma pequena fortuna.

Aqui quero aproveitar para agradecer, ao ANdré e ao Mingus, os SMS e telefonemas que me tem enviado e feito. Sabem que nem figos:D:D:D acreditem!!:D:D Aprecio-os muito.

Como o calor era muito e nos separavam apenas 35 kms, até Foz Coa, decidimos dormir uma sesta e depois arrancar com menos calor.

Foi neste dia que entramos na verdadeira dimensão do isolamento. A estrada N222 estava a exceder as minhas expectativas. Eu estava deliciado com tudo que me rodiava, e a minha esposa igualmente. Chegamos a Foz Coa, e lá fomos ficar numa hospedaria, porque já não eram horas de procurar as tais casas de particulares.

Peço desculpas se estarei a "calcar o risco" mas não posso deixar de fazer alguma publicidade. Quando forem a esta Vila procurem o restaurante "O Apeadeiro" e peçam osso de buco à italiana. Não exagerarei se vos disser que foi a melhor refeição que comi num restaurante até hoje. :D:D

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fogueteiro

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5º Dia * Vila Nova de Foz Coa - Fig. Castelo Rodrigo

O dia amanheceu ameaçador. O céu estava vestido com umas nuvens coloridas de negro ameaçador, e eu temi a chuva. O calor já bastante menos, ainda resistia nos 27 - 29 graus. O vento era muito forte, de sul, prejudicando a progressão, mas não afectou a nossa moral.

A descida até ao rio Coa é muito agradável de fazer. Longa e bastante inclinada, fizemo-la rápidamente. Nas encostas ainda se podem ver as construções que iriam apoiar a construção da famosa barragem que segundo os locais foi paga pelo estado português embora não tenha sido construída:confused::confused:.

Foi aqui que disse à minha esposa, um máxima cicloturistica: "Não te iludas com uma descida, porque a seguir tens uma subida". E foi o que aconteceu. É uma subida muito exigente, algo cumprida, mas muito mais díficil com o vento muito intenso de frente. Algumas rajadas eram tão violentas que fizeram o meu conta kms baixar para os 6 kms/h, e a minha mulher ao meu lado como se nada fosse!!:D:D:D.

Já quase lá em cima fomos obrigados a parar para deixar passar o aguaceiro. Tinhamos decidido fazer menos kms e assim só tinhamos 35 kms para percorrer até Figueira de Castelo Rodrigo, e fizemo-los nas calmas... literalmente.

Paramos na aldeia de Castelo Melhor, porta principal para o parque das gravuras rupestres. Paramos no café da aldeia, e meti conversa com uns locais. Eu sou um forte critico das tais gravuras, sempre fui, mas também sou suspeito porque é assunto que me passa ao lado. Mas de qualquer maneira inadaguei se as populações locais tinham sido beneficiadas. Segundo elas só foram prejudicadas. Em nada lucraram a "não ser os grandes senhores". Lamentam profundamente não se ter construído a barragem, que lhes iria trazer a água que tanto precisam, para regar as amendoeiras e oliveiras, principais culturas por aquelas bandas.

Finalmente cheguei ao final da N222. Com 222,90 kms de extensão, é uma estrada lindíssima, ficando por conhecer apenas o troço entre Resende e a Régua.

Almendra foi a localidade seguinte. Não a descreverei com tudo o possa escrever, porque só vendo é que se pode ver como é lindissima. Os edifícios em pedra, como "centro histórico" a ser o ponto mais bonito. Mal possam vão lá.

A estrada não mais teria nem uma descida nem uma subida alucinante, mas um carrossel constante. O bom piso, ladeado com uma paisagem de cortar a respiração ajudado pelo silêncio e pelo isolamento, fizeram as minhas delícias e as da minha esposa.

Cedo nos acomodamos numa estalagem, que nos pediu 30,00 por uma noite, para ver a tormenta a desabar lá fora com uma chuvada e trovoada de meter medo. Amanhã teremos outro dia, por estradas ainda mais desertas, até Almeida.

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Panta

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Isso é que são férias a sério Zé.
Tiro-vos o meu chapéu pelo espírito e pela odisseia.
Uma viagem destas é um enriquecimento cultural e do nosso ego como não há comparação.
Desejo-vos tudo de bom e que façam boa viagem.
Abraço
 

silvioferraz

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Bravo para o Zé e esposa, férias assim é mesmo como dizem... UM SONHO!

Vou mostrar à minha cara metade e quem sabe um dia faço algo parecido, também eu sonho com algo assim.
 

Mingus

Member
Grande Fogueteiro. Apesar de estar a acompanhar a tua viagem por sms e telefonemas é sempre bom ler estes relatos e ver as fotos. Está aqui um belo diário de bordo de uma viagem inesquecível para vocês e inspirador para quem o lê. Desfrutem de todos esses sítios fantásticos. Espero que a tempestade já tenha passado e que não vos atrase.

Os meus mais sinceros parabéns aos dois e principalmente à tua esposa por estar a exceder todas as expectativas.

Um abraço e continuação de boa viagem.
 

Figueiredo

Active Member
Parabéns fogueteiro pela aventura a 2 e pela partilha aqui no fórum dessa experiencia que espero esteja a ser fantástica!

As saudades que o Zé deve ter da sua bicicleta, só de olhar para aquele mono carregado até cima de bagagens e ainda por cima pedalar de sandálias tira logo a moral a qualquer um... para mim para ser efectivamente umas férias de sonho tinha que ser em cima da fininha!!
 

silvioferraz

New Member
Nem mais...

Conheço muito bem essa KTM. Posso garantir que já andou por alguns dos mais belos e escondidos sítios do nosso país. Não é para todos.
 

fogueteiro

Active Member
6º dia * Fig.Castelo Rodrigo - V. Formoso

Boas amigos...

... hoje despachamo-nos e já estou alojado em Vilar Formoso. Foram 63 kms feitos nas calmas, e a saborear todas as boas coisas que pudemos ver e apreciar. O meu plano era utilizar parte da N323 mas numa análise mais detalhada ao mapa, optei por a evitar, e em boa o fizemos. Embora esta Nacional seja bastante boa a nível de trânsito como de piso, a opção de saír dela e ir mais por estradinhas perdidas, revelou-se uma excelente alternativa.

Calma, sossego, mais calma e mais sossego, compuseram o prato com o qual nos deliciamos durante todo o dia. Há zonas neste Portugal que parece que o tempo tem outra velocidade, bem mais lenta como que numa de saborear tudo o que a natureza oferece.

Saímos de Fig. de Castelo Rodrigo, com a temperatura a rondar os 18º mas com nuvens ameaçadoras, mas afinal ainda eram restos do temporal que se abateu ontem à noite.

Almeida, foi a vila escolhida para almoçarmos de prato e aproveitar para correr as muralhas desta cidade e apreciar as belezas que por lá existem. Bem à chegada, ainda me fascinei, com umas quantas aves de rapina magestosas. Sendo eu um fanático por estes bichos só lamento não vos poder dizer de que "marca" eram. Mas já prometi a mim mesmo, estudar de forma a poder identificá-los.

Viagem retomada, fugimos novamente da N323 para nos dirigirmos à aldeia Vale da Mula. Para espanto meu um dos caminhos de Santiago passa por lá.

Finalmente Vilar Formoso. Nem foi um dia cansativo, e para isso contribuíram a temperatura amena e o relevo não muito exigente. Quase a chegar, eu e a minha esposa vinhamos a decidir o que fazer a partir de amanhã, sim porque a partir daqui teríamos que tomar algumas decisões. E a decisão final, apenas sugerida por mim, foi recebida de braços abertos pela minha cara metade. Depois conto-vos, conforme forem os dias correndo;);). A todos muito obrigado pelos comentários. Sempre nos dão um alento especial.;):D:D:D

PANTA

A nível cultural, tenho aprendido muitas coisas. Por exemplo, hoje, soube mais uns pormenores a respeito dos famosos e enormes pombais que existem nos campos. Eu sou de fácil diálogo e não me inibo nada em meter conversa com quem quer que seja.

Silvio

Tenta convencê-la. Ela de certeza que nem sabe o que está a perder e eventualmente a poupar. Quanto à KTM, na verdade ela já conhece o caminho Porto - Algarve, e 5 dias pela serra da Estrela. Como diz o Ilídio, ela já está bem treinada. Foi um excelente empréstimo. Apesar de ser já velhinha tem excelentes andamentos e eu adaptei-me muito fácilmente. Fecha a loja e anda ter conosco!:D:D

Figueiredo

Este passeio tinha como objectivo, gozar ao máximo, e não me preocupar com nada. E nada mais descontraido como andar de sandálias. Aliado a uma necessidade de curar um maleita numa unha, então a decisão até foi fácil. Até os pés tem férias da clausura duns sapatos fechados:D:D:D:D. Quanto a não ser de finhinha, eu ainda pensei mas não estou nada arrependido, bem pelo contrário. Como a KTM tem pneus muito estreitos, e o andamento é muito lento, tem-se revelado uma excelente decisão, até porque é muito mais confortável, e os andamentos são muito bem vindos, em algumas subidas com a carga toda. Se fosse hoje teria apenas substituído o meu Arione por este. A adaptação foi um tanto dolorosa... até ao 3º dia. Agora está perfeito.
E tal como o MYRAGE diz, até descalço....:D:D:D

Bem como sei que gostam mais de ver do que ler (teria muito mais para relatar:D) hoje vou deixar-vos mais fotos que o habitual.

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As minas barras energéticas:D:D:D:D
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Paulo V.

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Cum caneco... ao ler estas aventuras eu fico pasmado..., se há uma aventura que pode e deve ser narrada é esta.
Grande Fogueteiro, se não eras um dos meus herois passaste a ser ;), bem digamos que também uma dose de sofrimento não tre falta, pois ires fazer a subida da barragem da Valeira só para mostrar é qualquer coisa que não se esquece ou já se esqueceu e quer-se novamente relembrar.

Espero que estejas a ter umas excelentes férias na companhia da tua esposa e respestivas montadas (bikes), pois a nós já nos deixaste com o apetite de ir também viajar para esses lados.
 
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