Ainda sobre os travões de disco...
Muito já foi dito, e bem dito, algumas vezes.
Mas há alguns fatores que talvez não tenham ainda sido mencionados e que são muito importantes e poderão levar a algumas alterações que, alguns "velhos do Restelo", não se sentirão muito confortáveis:
As bicicletas suplentes ou as de reserva (principalmente) não poderão viajar ou ser acondicionadas da mesma forma, nem nos camiões de transporte, nem tão pouco nos carros que acompanham as provas, porque das formas atuais a pressão do óleo dos travões poderá sair prejudicada dificultando o imediato funcionamento dos mesmos (vulgo sangramento dos travões).
Os carros de apoio neutro terão de possuir múltiplas opções de rodas com montagens de discos de tamanhos igualmente diferentes.
Atualmente o "Chico" fura e o mecânico neutro apenas pergunta Campagnolo ou Shimano (SRAM é compatível com esta última) e toca a trocar. Sim eu sei, em algumas provas de classificação inferior também tem de perguntar 10V ou 11V, para as rodas de trás...
Para não mencionar que atualmente se trocam rodas em apenas alguns segundos. Com a montagem de discos, a precisão nesta operação terá de ser muito maior, os danos e as más montagens aumentarão, com a consequente repercussão nos segundos perdidos... talvez trocar de bicicleta completa saia mais em conta e seja mais célere...
Creio ter lido algures um artigo onde questionavam a muitos mecânicos as opiniões pessoais e suas relutâncias à mudança, para além de serem muitas, eram igualmente muito e bem fundamentadas.
Contudo, grande parte deles terminaram com a expressão mais ou menos singular: "... desde que as marcas se uniformizem ou consigam standarizar ao máximo algumas variantes, nós não conseguimos bater o pé e teremos de ser nós a adaptarmo-nos e habituarmo-nos ao que as marcas impõem...".
Fica a reflexão...
Cumprimentos,