As vacinas foram produzidas e testadas em tempo recorde, e todos sabem disso. Mesmo os processos de autorização concedida nos vários países foram "extraordinários" porque vivemos uma situação fora do normal e em que o rácio risco/benefício de ter vacinas - mesmo que não testadas com a duração e/ou grau de detalhe normal - supera largamente o não ter vacinas e continuar com taxas de infeção altíssimas que só se controlam com confinamentos. A alternativa é deixar o processo de testagem e certificação das vacinas durar o tempo normal, e deixar tudo fechado durante tempo indeterminado com os efeitos que daí decorrem - económicos, sociais, pessoais. Ou então deixar morrer mais umas centenas de milhar, só para ter a certeza.
Num contexto relacionado com este fórum, há malta ciclista que não tem problema nenhum em carregar-se de suplementos e substâncias por vezes duvidosas ou sem grande base científica - e que podem acarretar riscos para a saúde - para tentar melhorar performance. E numa questão de saúde pública, aos primeiros reports de efeitos secundários numa fatia minúscula da população vacinada e sem mais informação, já condenam/questionam as vacinas para o COVID-19.
É tudo uma questão de risco/benefício e, neste fase, esse está largamente do lado da vacinação mesmo tendo em conta todas as condicionantes e à volta das mesmas.