O problema é que carbono é uma palavra, dá a ideia que é todo igual.
E não é. Há quem chame trabalhar com os materiais que no final dão a fibra de carbono a "magia negra".
Podes ter um carbono flexível, ou algo como uma rigidez incrível. Varia muito conforme as aplicações que se queira dar.
Logo há muito para explorar em R&D. Ser carbono não quer dizer nada, podemos estar a falar de materiais com propriedades completamente diferentes.
Não sou especialista, logo posso estar enganado.
A fibra de carbono nos primórdios, era algo usado pela indústria aeroespacial, F1. Nichos deste gênero.
Não estou a ver os chineses a terem sido os primeiros a fazer rodas de ciclismo em carbono.
Por exemplo na indústria automóvel, dos primeiros a explorar a área foi Horacio Pagani (o mesmo que agora fabrica os Pagani) quando ainda estava na Lamborghini. E era tudo manufacturado em Itália, ainda era tudo um bocado experimental.
Quase de certeza que as primeiras marcas a explorarem o carbono no fabrico de rodas eram europeias ou norte-americanas. E com volumes reduzidos, deveriam fazer nas casas mãe.
Uma coisa. O problema não é ser chines ou de outro país asiático. O problema é não teres garantias nenhumas nas áreas que referenciei no post anterior.
Uma marca como a Zipp, se deslocalizar para lá, ou montará a sua linha de montagem, ou sub-contratará um fabricante que consiga atingir os padrões que ela especifica. E que serão bem restritos. O problema é esse, atingir esses padrões de qualidade. É que não fica barato produzir fibra de carbono em condições, para aguentar o stress a que elas podem ser sujeitas. E que podem só rolar em plano. Como podem ir parar as mãos de um maluco que as leva para descer o Mortirolo ou a Serra da Estrela em direcção à Covilhã.