Quantas empresas têxtil e de mobiliário da época querem que vos coloque aqui com as mesmas designações?
Nada tem a ver com o ciclismo, ou com motociclismo... Essas designações tem a ver com as tendências empresariais que existiam na altura... O tal baptismo empresarial, que na época era muito mais fácil e muito mais barato para o empresário baptizar a sua empresa com esse tipo de designação e conectividade... A nível de marketing, etc..etc..Lá na aldeia, na cidade, no país e alguns por esse mundo fora... Através de siglas... Sabia-se muito bem de quem se falava... Hoje em dia, com a internet e a quantidade de trafulhice que há por aí a nível empresarial, quanto menos associação ao seu nome próprio e familiar tiver o nome da empresa para o empresário melhor...
Não acho mal de todo o que acontecia na altura, ainda eram bons tempos... Tempos de seriedade e honestidade onde um empresário de nome individual ou S.a. Não tinha problemas em abrir portas do seu nome ao mundo e em alguns casos até de sua casa...
Tempos bons foram esses...
Agora elas abrem e fecham e muitos nem sabem quem é o dono...
Grande abraço...
Não podia estar mais de acordo
Atenção que não estou com isto a criticar ou a denegrir a imagem das marcas portuguesas...simplesmente há nomes curiosos e estratégias muito à base do nosso espírito tão português...como a questão do Reynolds 521 que, no fundo, é o assunto deste tópico.
Mas continuando um pouco mais no off-topic, não é preciso pensarmos muito para concluirmos que esta questão dos nomes das empresas derivarem do nome dos empresários não é algo exclusivo nosso...já dei os exemplos da Colnago, da Pinarello, da Ritchey, da Bianchi e de tantos outros que há por aí...e se formos para os carros entramos pela Ferrari, pela Lamborghini, etc.... Ou seja, a tal tendência de determinada época em ostentar orgulhosamente o nome da família ou do empresário como algo que deve ser encarado como sinónimo de seriedade, de honestidade e capaz de construir um legado.
Actualmente, como dizes, é assustador o pântano em que o meio empresarial se tornou...e temos muitos exemplos disso no mundo das bicicletas. Há marcas que desaparecem tão rápido como aparecem...é tudo mais efémero, mais descartável e nebuloso, não se gerando o tal carisma e identidade que as grandes marcas, nascidas e geridas, em muitos casos, numa base familiar, conseguiram gerar.