Boas malta.
Ontem por falha do meu servidor, fiquei impedido de publicar mais esta aventura, mas aqui vai então!
Mais um objetivo cumprido!!... "Trepar" da Lousã até Trevim, subir até à cota de 1200m altitude.
Ha muito que este era um desafio a almejar e hoje foi o dia escolhido.
O dia começou envolto em alguma neblina na Marinha Grande e que se foi tornando mais denso conforme nos aproximávamos da Lousã. Não queríamos perder o sonho estipulado, pois as condições meteorológicas não eram nada favoráveis e na minha memoria ainda estava gravado o meu maior sofrimento em cima de uma bike e nesta mesma tirada.
Resolvemos ingerir um pastelinho de nata antes de começarmos a etapa e tivemos o bom senso de ir aos "Xineses" comprar umas capas protetoras, que nos deram um jeitaço.
Tínhamos combinado subir até onde a meteorologia nos permitisse e la fomos pedalando.
Passadas as ultimas casas e entrando na floresta, começamos a ouvir os barulhos típicos de vários animais, assim como o barulho da agua a correr pela serra abaixo. Ate que surgiu a primeira cascata, com paragem obrigatória para uma foto.
Retomada a marcha, la fomos subindo sem pressas e praticamente sem transito. De repente oiço o zunir de umas rodas atrás de nós. Era um companheiro que fazia o seu treino e nos brindava com um "Bom dia"!
Aqui ela (a minha esposa) ja ia a rejubilar com tamanha envoltura e mesmo que não pudéssemos subir muito mais, ja tinha sido muito bom.
Mas la fomos continuando e o nevoeiro cada vez se tornava mais denso. Até que chegamos a Candal.
Aqui estavam duas famílias mais os seus rebentos na maior da pacatez, a gozar a quadra Pascal, ocupando a estrada por completo e obrigando-nos a ter que gritar, para pedir por favor que nos deixassem prosseguir a nossa caminhada.
Os quilômetros começavam a fazer moça nas pernas da Milu. Ela la ia compenetrada na sua pedalada e respiração.
Eu pedalava com um desejo em mente! Conseguir leva-la até ás antenas e esperar que la no cimo que o sol imperasse e nos desse uma visão compensadora de todo o esforço despendido.
Ao chegar ao corte para o Trevim, paramos para mais umas fotos e para morder uma sandes.
Aqui eu disse-lhe, que estávamos quase na parte mais dura da tirada e que seriam os últimos 500 metros que custavam mais.
O nevoeiro continuava serrado! Por um lado até era bom para ela não ver o quão difícil era a parte final.
Ao chegarmos ao corte para S. Antonio da Neve, o sol la estava para nosso regalo. O que por um lado nos saciava a vista, por outro mostrava-lhe o "Calvario" que lhe faltava para chegar ao cume.
Retomado o fôlego, ela la se lançou para aparte final da subida, mas o cansaço também ditava a sua justiça e as pernocas começavam a fraquejar.
Via-se na cara dela o desalento de estar tão perto do seu objetivo e não o poder concretizar.
Então eu disse-lhe:
-Viemos aqui para chegar até ao topo e eu vou ajudar-te a chegar lá.
Coloquei-lhe uma mão nas costas e juntos fizemos a parte mais difícil da subida, a olhar para toda a beleza que nos rodeava. Sentimo-nos os "Reis" do universo.
A temperatura la no alto estava divinal e até nem nos apetecia descer, mas tinhamos que se colocar ao caminho de retorno.
Começamos a descer e vinha aí a parte pior para ela, pois ela é muito medricas a descer!
Começamos lentamente e ela la foi ganhando confiança. De repente surgem ao longe no meio dos trilhos, uns "Motard's", que também eles andavam a divertir-se.
Continuamos a descida e entramos de novo na densidão do nevoeiro. Agora ja na estrada que vem de Castanheira de Pera e com o bom piso, rapidamente chegamos ao Candal. Local que tínhamos destinado como paragem para "Reforço alimentar".
Duas sandes e um chá, aqueceram-nos para o resto da descida até à Lousã, não sem antes fazermos um desvio para espreitar a praia fluvial da S.ª da Piedade. Local onde voltaríamos, mas ja de automóvel para olharmos mais em pormenor.
Percorremos 59 Kms. que se revelaram "Uma bela aventura"!!
Fica um link com todas fotos.
https://www.facebook.com/armando.ferreira.16752754/media_set?set=a.277274045782933.1073741858.100005010182846&type=1