Eu concordo que existam este tipo de regras.
bike_evora: Não sei se conheces a realidade em Lisboa. Mas eu explico um pouco: a maioria (sim, arrisco escrever a maioria, mesmo sem ter dados científicos que suportem esta minha generalização) dos ciclistas em Lisboa não tem qualquer problema em criar as suas próprias regras. E também não tem qualquer problema em infringir umas quantas do código da estrada!
Vejo-o enquanto peão, ciclista, motociclista e automobilista. Não sou nenhum santo e eu próprio por vezes arrisco. São vícios antigos que ainda não consegui contrariar! Mas quando me apercebo do que fiz, sinto-me mal com isso e esforço-me para tenha sido a ultima vez.
Enquanto peão já ia sendo atropelado por ciclistas em passadeiras onde estava o verde para peões.
Enquanto automobilista, já ia atropelando um ciclista que decidiu ultrapassar-me pela direita quando eu era para sair da minha via para outra estrada. Nesse dia tomei menos atenção ao espelho... podia ter acontecido algo.
Enquanto ciclista já passei vermelhos na estrada, já passei na passadeira de peões sem desmontar e já andei em passeios, já quase atropelei uma criança que se largou da mãe. Felizmente nunca me aconteceu nada. Felizmente que não o faço há anos.
Todos nós erramos. Todos nós temos a tendência a facilitar. Todos nós quando avaliamos o risco, tipicamente não nos lembramos dos outros.
É bom haver regras. E como as regras não se cumprem se não existirem penalizações: sou a favor das mesmas.
A forma apresentada pode não ter sido a melhor. Provavelmente o que falha mesmo é a formação dos jovens. Ou a obrigatoriedade de uma licença semelhante à que era obrigatória para as motorizadas (que era tirada na câmara municipal). Passem essa responsabilidade para as escolas.
Desculpem o testamento, mas acredito mesmo que a mudança só acontece se começar em nós. Em nós como comunidade. Em nós como indivíduos. Enquanto a nossa energia for canalizada em queixumes em vez de pró-actividade em nos melhorarmos, nada vai mudar.
Boas pedaladas "respeitosas" por aí.