As voltas do Fogueteiro

[mr.al]

Grandes fotos Zé, mas parece que o André anda por aí a cozinhar qualquer coisa esta semana para "ofuscar" o pessoal...eheheh!
Uma excelente volta para 'rematar' o ano.... eu ainda estou a ver se ganho coragem para 'rematar' o meu ! Está um frio do 'catano' aqui por cima, vou ter que pedalar mais para perto do mar...
Abraço e votos de um 2012 cheio de pedaladas de qualidade, na bicicleta e na vida!!

 

[duchene]

Zé,

Certamente que coro com inveja das fotografias porque significam que foste arejar as ideias! Só isso é motivo de salutar inveja por minha parte….

E temos mais uma centena de quilómetros novos para o teu repertório. No papel era uma zona aparentemente mais plana do que o enrugado a norte mas, pelos vistos, é pura ilusão. Já tens desculpa para abusar de novo nas rabanadas, sábado e domingo. Ouvi dizer que a alta autoridade para a certificação do acumulado de subidas em voltas ciclísticas, permite que cometas esse excesso.

Gostei do rio, de Gavião e dos cabeços. Gostei também do marco quilométrico da N3. Apesar de não povoar o meu imaginário tanto como a N2, há uma certa nostalgia nestas estradas de numeração pequena, pensadas no seu tempo como sendo o suporte principal do nosso sistema rodoviário e que agora, a espaços, estão quase abandonadas em favor das vias rápidas/variantes/IC IP AE e derivados.

Melhor… mais fica para nós!

Tenho a certeza que te divertiste e subscrevo também os votos de boas pedaladas para o ano (das trevas) de 2012. Enquanto não faltarem os Michelin Krylion e as correntes de 10 velocidades a bom preço, vamos dando azo à nossa doideira!

Bom descanso e boa vida no campo!

Altino:
Não sei se o guisado vai apurar o suficiente para sair do tacho algo que se coma. A ver vamos...

E tu deixa de ser piegas:
Casa > Torrão > Pala/Porto Antigo > Neve no alto do Montemuro > Cinfães > Castelo de Paiva > Casa
130Km acessíveis e com direito uma despedida em grande deste 2011. Nem ias querer saber do Moët & Chandon ou das passas à meia noite!

 

[mr.al]

André, isso é bastante tentador... e é um risco que já desenhei um par de vezes esta semana, mais km menos km! (a neve é quase certa no Montemuro)
Pode ser que até lá deixe os lenços de papel de lado, e me sinta capaz de arriscar uma noite de 'réveillon' movida a cafeína...!
Posso sempre 'dar uma de fraco' e ir até às praias (ahh e tal, está frio, está a chover... vou ali e já venho!!)

Já agora, qual acham a melhor forma de recuperar de umas 6 ou 7 horas de pedal? No caso, fazer 130/140km no dia 31 e à noite estar pronto para não ser 'antipático' para os convivas... Sei que não há segredos/milagres, mas há sempre "dicas"!
Zé desculpa usar o teu topic, mas acho que a tua sábia experiência pode ajudar!

 

[Lo Scalatore]

Adoro estas historias!!Lindas....As suas, aquelas de Duchene e os outros sao a linfa vital de qualquer cicloturista e vou evidenciar este termo porqué muitos ainda nao comprendem o seu significado......um dia deste vou abrir um topic acima de "Velocio" que foi o homen que inventou o Cicloturismo!(vou precisar tempo,mas vou fazer);este senhor dizia nos seus 7 mandamentos que devemos pedalar por prazer de fazer isso e nao por demonstrar qualquer coisa a alguem!!ele no fim do 1800 já percebeu tudo!!
Quando vejo estas fotos.....estradas com numeros (Duchene aquel marco quilometrico se só sabesse de onde chega e toda a sua historia!!!Se calhar conhece a origem!!),pontes com arcos romanos, cruces,lagares,moinhos...nao posu nao reparar que tudo isso foi nossa obra,nao foi posta de graça...foi a humanidade a longo dos seculos.....alí perto Fogueteiro há tambem um zona megalitica e um castrum romano mas de base celtica!!...
Estas historias de cicloturistas nao são simples historias de bike,acho ser muito mais;as massas são demasiado ocupadas a correr entre centros commerciais e grandes cidades e perdem o melhor que há neste país que é a cultura das nossas origens...digo nossas porqué foi a Leste, onde "aqueles marcos quilometricos" tinham origem, que as bases da nossa cultura foram criadas;bem é dificil por me pensar em italico e escriver em lusitano...quero só dizer que isso é verdadeiro cicloturismo...saborear a nossa paixão misturada a imagens de fragmentos ainda presentes da nossa antiga cultura milenaria ...que venham mais historias como essas e que o cicloturismo possa continuar a crescer em Portugal!!.
Obrigado pela historia.

abraço e boas festas

Fabrizio

Ps:umilmente amanhá vou pedalar por estradas esquecidas onde os nomes cristianos das aldeias deixam espaço aqueles de origem mussulmana...era uma antiga fronteira.

 

[Danielkezia]

Olá meu caro amigo!

Folgo em vêr que não estás parado e espero claramente que o próximo ano seja recheado de boas pedaladas e o tal "pif/puf" saia para fora do forno no principio do ano!

Essas tuas fotos estão bem melhores hehe, mas da proxima não precisas de fazer essa cara de mau...Pareces alguns que a gente se cruza, "concentradissimos"!!!

Um grande abraço e um feliz ano novo.

 

[fogueteiro]

Obrigado pessoal, por terem gostado de ler o que escrevi.

FMM:

De facto esta zona é assim mesmo... calma. Ainda me falta pedalar para além-Tejo, mas como para lá chegar preciso de pedalar cerca de 50kms, ainda não me decidi.

ALTINO(MR.AL)

Bons olhos te vejam!!! Tens andado fugido? E esses passeios "malucos", para quando novamente? Era um leitor assiduo das tua crónicas. A "mordidela" já está completamente curada? Quanto às doideiras do André, eu já nem sei o que diga. Ele não ganha juízo e depois é o corpo e a BMC que sofrem os danos. Quanto à recuperação para a noite de farra, depois de um empeno nada melhor que um bom prato de feijoada!!! Dá-te gás para toda a noite!!! Agora fora de bincadeiras, pensando que estás a fazer uma pergunta séria, eu uso (raramente) a Glutamine da Goldnu.....on.

ANDRÉ:

Se cada pedalada que dámos saísse uma moedinha de 1 cêntimo, estaríamos ricos. Acho que andava sempre em 25/34. Mas como não é por dinheiro, nem por objectivos, mas sim por gosto, ainda sabe melhor partilhar com quem disto gosta também, as nossas aventuras. Identificamo-nos com quem partilha da mesma paixão, e para mim isso é excelente. Obrigado pelos teus telefonemas. Continua a pedalar e partilhar conosco as tuas voltas, e reportagens.

LA SCALATORE:

Cada um escolhe a vertente que quer. Eu escolho o Cicloturismo. É nesta modalidade que me sinto bem. Gosto de apreciar tudo ao redor, devagar, e apreciar os pormenores. Por vezes gosto de trabalhar para a média, mas regra geral vou mais na desportiva. Depois nos PIF's obrigo todos a esperarem por mim.

DANIEL:

Porta-te bem porque estás num fórum, páh!! Quando fores connosco, então podes portar-te mal, mas aqui, tem cuidado!!! Continua, AMIGO, porque é de pessoas bem dispostas que este país precisa.

Sim, podes contar com uma voltinha por aqui, lá para a Primavera, se tudo correr bem.

Continua a escrever, ou a tua namorada (não interessa), e a relatar as tuas odisseias, porque as leio na totalidade. És mais um daqueles "gajos" com quem me identifico.

De resto, pessoal, continuem a ser felizes em cima das vossas bicicletas.

Bom ano para todos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

[rs76]

um bom ano para ti e familia e continua a pedalar por prazer e depois a contar aqui como foi.

 

[jnap]

Já não tenho adjectivos para mostrar a minha admiração pelas tuas odisseias, só posso dizer para continuares e depois vires aqui relatares como foi.

Gosto especialmente da foto do cão, só falta aquela musiquinha de fundo do filme o bom o mau e o vilão...

 

[Danielkezia]

Fogueteiro: essa dita pelo freitas que a minha namorada escreve sei lá o que está boa hehe!! Depois a mim é que me acaba o gasoleo ao carro! (piada privada)

Um grande abraço

 

[fogueteiro]

A volta do frio

Bom dia, pessoal.

Sábado à noite, peguei no mapa e depois no Gmaps para definir uma volta que rondasse os 100 kms. Mas a verdade é que as ideias escasseavam, não tanto no mapa mas mais devido à minha pouca inspiração. Arrastar pontos para aqui (refiro-me ao Gmaps) e para ali, para depois não gostar e refazer tudo. Estava tão indeciso que a minha esposa até teve este comentário: "Estás com pouca inspiração! É mau sinal!!"

Mas finalmente lá encontrei uma solução.

O frio era mais que muito, e manteve-se durante muito tempo o que se tornou bastante incomodo. Mas como não costumo desistir por causa dele não era agora que o iria fazer.

Até certo ponto a rota manteve-se igual ao idealizado na "prancheta" mas depois tudo foi diferente. Pús-me a descobrir caminhos que não conhecia, e que nem ao diabo lembra, mas gostei.... muito, muito. Mais ideias para um passeio a organizar por cá.

A certa altura perguntei a uma das pouquíssimas pessoas que vi: "Diga-me, P.F. Esta estrada vai dar onde? Vai encontrar-se com a estrada que vem de .................." Resposta dele: "Sim, vai ter por aí. Depois pode ir à direita para o Milreu ou então pode ir para Vila de Rei. Mas aconselho ir para o Milréu, porque a outra sobe muito!" Pensei eu: "Sobe muito?? Por aqui não existem as subidas típicas do norte, com inclinações estúpidas, por isso não deve subir assim tanto." E lá continuei...

Pedalei em estradas que me fizeram lembrar, umas quantas vezes, as minhas eleitas na zona de Arouca, e o PIF*U. De repente e depois de uma curva, engoli um sapo do tamanho dum boi. A estrada inclinou tão abruptamente e estúpidamente que só me lembro de inclinações assim lá prós lados do Viso, em Cabeceiras de Basto. Olhei para o conta km e marcava 17%, numa parede com cerca de 300 infindáveis metros. Mas o pesadelo iria durar mais, embora com inclinações na casa dos 13, 14 e 15%. Quando voltava para os 10% parecia que entrava numa planicie.

Em Vila de Rei, nova alteração do percurso inícial. Estava a gostar de ver o acumulado a subir, e queria mais, muito mais... mas as pernas e a hora já começavam a reclamar. A falta de treino tem as suas despesas.

De resto um passeio muito agradável, tirando o frio, não muito grande (até bastante curto) onde pude tirar mais umas ideias para um PIF a ser organizado, por estas bandas.

Kms percorridos: 78
Média: 20,30

Acumulado: 1676
Pendente médio: 5%
Pendente máximo: 17%

 

[jnap]

Boa malha, em 78 kms levar com quase 1700 metros...
Mas andas a perder qualidade nos textos pá... a falta de inspiração espalhou-se aos dedos das mãos...

 

[fogueteiro]

ehehehe, é mesmo falta de inspiração. Nem fotos, nem pormenores.... enfim. Para a próxima a ver se me esmero mais.

O mapa... esse fica no segredo dos deuses para que um possível PIF não fique sem o factor surpresa.

 

[fogueteiro]

Desde que me mudei para aqui, tenho procurado companhia para pedalar e nada. Bem pergunto ao pessoal do BTT (até enoja tanto BTT por aqui!!!) se há pessoal de estrada e dizem que sim, mas eu não os tenho visto.

Há dias estava eu a vir para casa, e vejo dois "marmelos" a irem de bicicleta de estrada. Dei meia volta e fui falar com eles. Blá, blá, blá, e a Maria à espera no carro. Mas eu estava contentíssimo por ter visto duas fininhas. Trocámos de números de telemóvel e lá fomos nós às nossas vidas.

Como tenho andado muito pouco, ontem tive a oportunidade de ir matar o vício. Telefonei ao tal colega e lá combinamos encontro com um cunhado dele. Ao ir para o ponto de encontro, a 10kms de distância da minha casa, não é que me cruzei com outro que costuma fazer BTT mas ia de fininha e que se ia encontrar com mais uns colegas que desta vez iam fazer estrada. O ponto de encontro deles era a 2 kms da minha casa!!! É caso para dizer: "Depois de comer não faltam colheres!!!"

Na Sertã, apanhei uma temperatura de -1ºC, coisa inédita para o meu curriculum.

Bom, mas lá arrancamos eram 9 e 10 da matina. Como era convidado deixei que fossem eles a decidir para onde ir, embora tivesse na manga uma alternativa. E assim foi, eles decidiram ir fazer um percurso inserido noutro que já tinha feito e que apelidei “A rota do Medronho”. De facto é um passeio engraçado, sem grandes dificuldades e onde as facilidades acabam depressa, por serem bastante inclinadas, ajudando a atingir velocidades maiores. Depois de Oleiros, ainda sugeri várias vezes irmos mais para a esquerda, e aproveitar a serra de Alvelos, mas de facto a preparação deles ainda é muito pouca e ao fim de 55kms eles já denotavam algum cansaço. Também compreende-se… um deles começou nisto em Novembro. Apesar de tudo, gostei muito de pedalar com eles. Pessoas porreiraças, na casa dos 25 - 30 anos, e sempre preocupados em me estar a impedir o andamento. Mas até deu um certo jeito, porque neste momento a minha forma está mesmo de rastos. O que eu tenho que penar para atingir os objectivos propostos para este ano.

Finalmente de volta ao local de partida. Estivemos a falar um pouco sobre este assunto (as bicicletas) e aproveitei para os convidar para participarem num PIF*U cá para este lados, com cerca de 160/180 kms. Resposta deles: “O quê???!!!! Tu deves estar é maluco!!” Porque é que ninguém confia em mim????

Resumo: Apesar da pouca quilometragem, gostei…. Pelo menos desta vez tive boa companhia.

Kms percorridos: 82
Duração: 3:48
Média: 21,40

Acumulado positivo: 1219
Pendente médio: 3%
Pendente máximo: 12%

Percurso

 

[Danielkezia]

Gostei da parte em que referes que eles não te queriam impedir o andamento. De facto uma BH mete muito respeito! Já tu meu caro, da maneira como falas, andas todo chupadinho e se continuares a andar assim acho que esse passeio fantasma de 160/180klm's nunca mais sai do forno!

Amigo faz um esforço nos treinos para se marcar alguma coisa. Eu estou dentro!

Abraço

 

[fogueteiro]

Daniel,

mas tu pensas o quê? É para se fazer e mai'nada!! Só se me acontecer alguma coisa que me impeça totalmente. Até o percurso já está práticamente definido, mas só lá para Abril ou Maio, quando os dias estiverem maiores e o tempo mais quente.

 

[jnap]

Eu também gostava de pedalar com estes verdadeiros dinossauros
Mas fazer 160/180 kms com vocês, só levando um motor...

 

[rodasepedal]

Eu vou com voçês mas de bicicleta eletrica, eh ,eh ,eh...

Fique estarrecido quando li "...Apesar da pouca quilometragem, gostei…" Atenção foram 82 kms...

Xiça não admira que os outros 2 tenham ficado assustados contigo fogueteiro, logo na 1ª volta e depois de 82 kms tu mandas-lhes com um convite para o dobro...
Nem quero imaginar a cara deles se lessem a tua crónica... eh, eh, eh...

Cumps
RODAS

 

[fogueteiro]

Na rota do "BRU"

Num ano que vai completamente atípico em relação aos seus irmãos do passado, vou fazendo o que posso para não me esquecer como me equilibrar em cima da bicicleta... pelo menos isso.mad: Por isso este relato diz respeito ao passeio do Domingo 12/02.

Para matar a fome, decidi fazer um percurso meio à descoberta, meio já conhecido, mas com um sentimento: VINGANÇA!!!!!! (Já vão saber porquê). Eu já conhecia o percurso até determindo ponto mas dali para a frente seria à descoberta. Uma coisa eu sabia: O ponto seguinte seria do outro lado da montanha. E lá fui eu, num sobe e desce constante repleto daquelas paredezinhas que nos partem todos com inclinações de 10, 12, 15 e 16%, onde um metro se torna em um métro profético.

Em detrminado ponto, deixo a faixa mais populosa da Vila da Sertã, para me emaranhar nas serranias de Vale Porco e arredores, e começar a minha vingança pelo mal que o maléfico BRU já me causou.

BRU? Mas afinal o que é isso? Em primeiro lugar posso dizer-vos que este ano infelizmente há muito, sinal que será um ano seco e quente. É altamente urticante e desce dos pinheiros e desloca-se como se fosse um pelotão nos últimos 5 kms antes da meta: Em fila indiana. Eu já fui vitima, por duas vezes do efeito urticante destas criaturas, e digo-vos que não é nada agradável. Agora que me vi no território deles decidi ir à caça, mas..... já estavam todos caçados. A estrada estava pejada por cadáveres esmagados pelos carros. Eram milhares e milhares em filas por vezes maiores que metro e meio, mas a minha vingança saiu gorada. Ainda procurei, mas àquela hora da manha e com os -2º que se faziam sentir, os que restavam ainda estavam a fazer meia-noite.

Seguia a ritmo lento, porque a inclinação não deixa ir mais rápido, quando achei que me estava a desviar do objectivo proposto. Eu via a serra que precisava de vencer, mas a estrada teimava em desviar-se dela. Finalmente encontrei uma "alma" perdida no meio da floresta, que me disse que eu ia enganado.

-"O sr. pode ir a Covões e depois atravessa a serra, mas é terra batida, ou então vira já na próxima à direita e vai por aí, mas é na mesma terra batida" Ora Bolas!!!!! Eu detesto voltar para trás, mas tinha que ser. Arrisquei a primeira hipótese mas para novamante ter que voltar para trás, custando-me este desvio alguns kms com rampas intermináveis na casa dos 15%. Ainda pensei seguir pelo estradão em terra batida, mas logo descartei essa possibilidade, porque me lembrei do inferno que vivi lá prós lados do Barroso.

Neste momento o meu objectivo era já o de chegar a Pedrógão Pequeno. E finalmente lá cheguei, com mais 10kms do que inícialmente tinha previsto fruto dos avanços e retrocessos que tive que fazer. O resto do passeio decorreu sem grande novidades, por estradas já por mim percorridas, mas sem me meter respeito as duas grandes subidas que tinha pela frente: A de Pedógão Grande e a da barragem da Bouçã.

Quando ao BRU.......... já alguem se tinha vingado antes

Percurso

Kms percorridos: 78,89
Média 21,40
Acumulado positivo: 1662
Inclinação média: 5%
Inclinação máxima: 16%

 

[jnap]

Também sofro como o raio com essa "gajas", ainda ontem me vi negro...

E vê lá senão te esqueces mesmo de como é que um gajo se equilibra em cima da burra, senão ainda cais em cima de um monte destas amigas!

Abc

 

[fogueteiro]

Em busca de um segredo

Ainda é o que me falta... cair em cima desses monstrinhos. Eles são do piorio.

Quando vivia no norte, tive convites para fazer a mais famosa de todas as rotas cá neste canto: Ir a Fátima.

Por esta razão ou aquela nunca me foi possível, e apesar de não ter nada que me ligue aquele local, gostava de lá ter ido somente para o "curriculum". E a possibilidade chegou a semana passada. Combinei um encontro de "negócios" em Santa Catarina da Serra, e decidi ir para lá de bicicleta e voltar de carro, visto a minha mulher também estar implicada.

Como o encontro estava marcado para as 11,00 resolvi sair cedo, não fosse o diabo tecê-las e eu chegar tarde. Às 7 da matina estava a dar as primeiras pedaladas. Apanhei novamente -2º, mas felizmente a subida foi logo a seguir o que me ajudou a aquecer. Ia tão bem disposto e com tanta vontade, que em Ferreira do Zêzere já ia adiantado em relação à hora prevista, mas não abrandei, até porque queria fazer um desviozinho, se a hora permitisse.

Rapidamente cheguei a Tomar. Vi vário pessoal a organizar as saídas, mas como a manhã ainda era jovem, eles estavam muito descontraídos. Desta cidade para a frente seria terreno novo para mim.

Ourém, era a próxima estação. É um facto que o terreno não exige muito das pernas, porque as "cotes" são muito brandas o que permite um rolar mais ou menos estável e certo e consequente aumento de velocidade. Aproveitei para não forçar muito os músculos e dar-lhes mais cadência.

Ao passar a estacão da CP em Fátima, cruzo-me com o primeiro colega de fininha. Ele ia com um colete refletor e a bicicleta era uma Dechatlon. É algum de vocês? Uma coisa eu posso afirmar. O colega cumprimentou-me de uma maneira nada habitual, e bem simpática por sinal. Eu tenho por principio levantar a mão a todos, mas apenas levanto a mão, mas ele perguntou-me se estava tudo bem comigo. Simpático… gostei.

Ourém, finalmente. Ia tão fresco e tão adiantado da apesar dos 65kms no papo, ainda não sentia fome, por isso decidi seguir. Novo encontro com outro colega mas desta feita ele ia com uma de BTT. Eu tinha que decidir fazer o tal desvio, por isso perguntei-lhe se desviasse para Fátima quantos kms eu precisaria de fazer mais, visto poder ir em linha recta até ao destino. Seguir para Fátima seria um tipo, “voltar atrás”, mas eu queria lá ir. Todas as perguntas que lhe fiz, recebi com um explícito “não sei”. Ainda perguntei se ele não era dali ao que ele disse que era. Bem… das duas uma: Ou ele estava mal disposto ou então não percebe nada do lugar onde vive.

Deixada a N113, virei para Fátima, para uns 2kms à frente ter que fazer nova escolha. Ou ia por uma estrada menos montanhosa mas mais longe, ou então teria que transpor uma grande dificuldade, a maior do dia. Optei pela mais difícil, até porque nem sabia se faltava muito para o meu destino. É uma estrada engraçada, que passa pela localidade de Alvega. A estrada vai descontraidamente entrando pela serra, mas pelo vale, até ao ponto onde não tem mais possibilidades que não seja subir. E que subida!! Julgo não me enganar se disser que são cerca de 2 – 3kms sempre na casa dos 12%. Dificuldade ultrapassada, deparei-me no centro da vila de Fátima. Fui ao santuário, para tirar as fotos provando que lá estive, e dali ao meu destino foi um saltinho de passarinho. Foi agradável, porque pude ver que a minha forma está a evoluir e coleccionar mais um cromo na minha caderneta.

PercursoKms percorridos: 83,50
Média: 24,90
Tempo gasto: 3:21
Acumulado: 1136
Inclinação Média: 3%
Imclinação Máxima: 13%