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As minhas voltas

Paulo V.

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Ontem foi dia de passeio, cá fica um teaser :)

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Nos proximos dias coloco o relato.
 

Paulo V.

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O regresso ao Paraíso - Serra da Freita e Mizarela

Setembro 2015, 5 de Setembro



Desde a minha ultima passagem na Serra da Freita, em Abril de 2014, que tinha ficado um espinho entalado por lá ter passado a correr, sem grande tempo para ver toda a paisagem e disfrutar de uns valentes quilómetros de bicicleta por aquelas estradas fantásticas do planalto da Serra da Freita com toda a calma que o local merece. Já desde essa altura que andava a planear voltar à Serra da Freita, mas não queria repetir o percurso que tinha feito e já tinha revirado o mapa algumas vezes com alguns traçados, mas nenhum que me satisfizesse. Há algum tempo atrás o user Petrix colocou uma serie de fotos no seu tópico de um percurso que tinha feito pela N227 e que incluía a subida à Serra da Freita, aquilo despertou-me a curiosidade e a partir daí foi traçar um percurso que saísse de Arouca, tivesse a N227 e o prato principal uma nova subida à Serra da Freita por uma vertente nova e depois para terminar o passeio o planalto da Serra da Freita com passagem na Frecha da Mizarela.

Já tinha o percurso delineado á duas ou três semanas e, durante a semana passada o meu companheiro de aventuras, o Manuel, pergunta-me:
- Quando é que vamos passear?
-Se correr bem e o tempo estiver bom, no próximo sábado, respondi-lhe.
-Vamos para onde?
-Existe este passeio com passagem por tal parte, aquele outro que passa por tal sitio e existe um ali para Arouca que gostava de fazer.
-Arouca, responde o Manuel…. Hum a ultima vez foi penoso, mas quero acabar com os fantasmas e estou melhor, vamos para Arouca.

Sábado ainda de madrugada, toca o despertador, levantar, preparar algumas coisas que ainda faltavam, tomar pequeno almoço e toca a rumar até Arouca.
Viagem de carro, quase toda ela feita ainda de noite até perto de Castelo de Paiva. Aqui já se começavam a ver os primeiros raios de luz, foi apanhar a N224 e tranquilidade absoluta até Arouca, esta estrada é mesmo um deserto, mas como já disse, prefiro faze-la de bicicleta, de carro é um tormento por as centenas de curvas e curvinhas que tem.
Chegamos a Arouca, estacionar os carros no local do costume, preparar bicicletas e os sacos com a logística para a viagem e cerca de 20 minutos depois estávamos a sair.

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Alguma neblina matinal em Arouca e o tempo algo fresco, mesmo estando no verão optamos por levar vestimenta de manga comprida e que bem que soube nas primeiras horas de viagem.

Um inicio em descida e um pequeno olhar lá para cima para o planalto da Serra da Freita que umas horas depois nos havia de receber e, rapidamente chegamos à viragem para a EM 511-2, a partir daqui era em subida, ritmo baixo, sossego total.

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Estrada perfeitamente ciclável e sem grandes estragos, chegamos a Lourosa de Matos e aí a primeira grande dificuldade do dia, cerca de um quilómetro com inclinações menos próprias para quem anda de bicicleta, algo entre os 12 e os 19%.

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Dificuldade ultrapassada, continuamos em subida, bastante fácil e dava para ir vendo toda a envolvência paisagística, as casas, as pessoas na sua labuta nos campos, ouvia-se de longe a longe o barulho de água e dos pássaros, fantástico.

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Chegamos a Chão de Ave, nova viragem à esquerda para uma estrada secundária, CM 1356, estrada esta não tão boa como a anterior, com o alcatrão a acusar a passagem dos anos e lá estávamos novamente em subida. Mais uma vez paisagem muita idêntica à anterior e muito sossego.

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Subida feita, descida até Varziela, esta descida tem algumas partes onde o piso está bastante degradado e com algumas crateras de tamanho considerável. Finda a descida, entramos numa estrada muito melhor, rotunda à esquerda e estávamos na N227.

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Passagem por Cepelos, fizemos a nossa primeira paragem para um café.

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Café tomado e seguimos vigam na N227 por Irijó, Currais. A estrada ia sempre subindo, nada de muito considerável face ao que já tínhamos apanhado anteriormente. A N227 é uma estrada fantástica, praticamente sem trânsito, piso em muito bom estado, sossego e em algumas partes tem bons apontamentos paisagísticos.

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Paulo V.

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Finda esta subida, uma longa descida de quase 15 quilómetros que nos ia levar até à Ponte sobre o Rio Teixeira, paragem para o registo fotográfico.

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E estávamos novamente em marcha, sabia que a partir daqui ia começar a parte mais agressiva do percurso, pois era sempre em subida até ao topo da Serra da Freita, e esperavam-nos nesta fase cerca de 30 quilómetros em subida.

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Estrada continuava em excelente piso, sossego absoluto e lá fomos aproveitando para colocar a conversa em dia, á passagem por São João da Serra, uma breve paragem para contemplar o nosso destino, a Serra da Freita e no horizonte o recorte da torre do radar meteorológico.

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Continuando viagem, aparece do lado esquerdo uma construção pitoresca, novo registo fotográfico

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E uns quilómetros à frente a viragem para a Serra da Freita.

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Estrada excelente, a paisagem que se vai abrindo do nosso lado esquerdo é grandiosa onde a espaços se avista o Rio Vouga e á nossa frente vai estando sempre presente o topo da Serra da Freita

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Fomos subindo e chegamos a Manhouce, a subida até aqui não tem nada de complicado, é uma subida que se faz com relativa facilidade e que em nada tem comparação com qualquer uma das subidas para a Serra da Freita pelo lado de Arouca.

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Em Manhouce, havia uma pequena fonte à face da estrada, aproveitamos para fazer ali o nosso almoço e ao contrario daquilo que se passa aqui na cidade onde ninguém cumprimenta ninguém, foi curioso ver alguns habitantes que passaram por nós e nos vieram cumprimentar, outras formas de ver a vida.

Almoço terminado e estávamos em marcha, novamente em subida, nada de muito complicado, a estrada em algumas partes é de paralelo, noutras um alcatrão mais desgastado e noutras um alcatrão bem lisinho, nada de preocupante. Encosta acima, muitos animais da espécie Arouquesa e a estrada bem marcada pelos dejetos destes animais.

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Passagem por Vilarinho e a partir daqui as coisas complicam-se e bem termos de subida, raramente a percentagem de inclinação desce abaixo de uns confortáveis 12% durante uns dois quilómetros e meio sensivelmente, pode dizer-se que é mesmo a pior parte da subida com algumas partes a chegar a mais de 16% de inclinação. Resta a paisagem fantástica para servir de motivação para ultrapassar a dificuldade, por o pé no chão é sinal que depois não se consegue novamente subir para a bicicleta :D

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Paulo V.

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Dificuldade ultrapassada e estava-mos novamente em descida até Povoa das Leiras, passagem por Candal e umas centenas de metros à frente nova inclinação na estrada com percentagens entre os 12 e 16%, felizmente que não são mais que novecentos metros. Seguimos pela estrada antiga até Tebilhão e dois quilómetros à frente entramos naquele que era o objetivo do dia, o planalto da Serra da Freita.

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O dia estava fantástico, com algumas nuvens no céu, mas dava para ver perfeitamente toda a paisagem que nos rodeia para onde quer que se olhe, o momento é de silencio, só nós, as nossas bicicletas e a paisagem fantástica, uma ligeira brida de vento, as eólicas a girar ao sabor dessa mesma brisa, sublime, compensa todo o esforço que ficou para trás para aqui chegar.

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Paulo V.

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Uma parte do objetivo já estava, a outra era passar novamente naquela que eu considero a estrada mais fantástica de paralelo que fizeram e eu até odeio paralelos e é sempre algo que evito passar. Uma pequena paragem á entrada dessa estrada para alimentar e estar uns minutos a comtemplar o cenário.
Lá seguimos e mais uma vez, o paralelo revela-se fantástico no meio onde está inserido, a paisagem é arrebatadora e só posso recomendar que vá a este local não deixe de percorrer esta estrada.

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Findo este objetivo, estávamos a caminho do ultimo, ver a Frecha da Mizarela com a sua queda de água tendo como pano de fundo a torre com o radar meteorológico.

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Antes de lá chegarmos, mais uma paragem no café que está lá perto, duas coca-colas para refrescar, que bem que souberam, não que o calor fosse muito, mas apetecia algo fresco!!!
Novamente em marcha, paramos umas centenas de metros à frente na Frecha da Mizarela. Fomos até ao miradouro, não havia grande caudal de água a cair, estivemos ali uns largos minutos a comtemplar a paisagem, foram tiradas as últimas fotografias do dia.

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Um pouco de conversa sobre o que tínhamos visto ate ali e com os objetivos todos concluídos, colocamo-nos em marcha via Merujal, descer até Provizende e fazer os últimos quilómetros de regresso até Arouca em sentido inverso ao que tínhamos feito na parte da manhã.

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Chegamos a Arouca já a tarde ia a meio, consolados do excelente dia e viagem que tínhamos, cansados mas com a alma revigorada.


Dados do percurso:
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Rota: Arouca - M511-2 – Provizende – M511 – Chão de Ave – CM1356 – Maceira de Cambra – N227 – Cepelos – Lameiras – São João da Serra – Manhouce – Candal – Tebilhão – Planalto Serra da Freita – Mizarela – Merujal – Provisende – Arouca


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Quilómetros: 120Kms
Altimetria: 2800 AC+



Notas finais:
Alguns meses se passaram desde o ultimo passeio, também ele por terras de Arouca, quem leu o relato anterior viu que nem tudo correu na perfeição, mesmo tendo acabado bem. Neste passeio tudo correu na perfeição, mesmo com a dureza da serra os fantasmas do meu companheiro de viagem foram deixados para trás.
Para os próximos tempos o capitulo Serra da Freita está encerrado, duas incursões por duas vertentes e a descida feita pelo lado do parque de campismo do Merujal dão para ficar com uma total noção dos acessos ao local e tudo aquilo que o mesmo tem de fantástico a nível paisagístico. Sei que ainda existem por lá mais umas quantas possibilidades de fazer novas aventuras e percorrer novas estradas.

Mais uma vez, as fotos não mostram a grandiosidade do local, continuo a achar que ali é o local talvez mais fantástico aqui da zona Norte, mesmo com poucos acessos de carro até Arouca, só posso mais uma vez recomendar a quem não conhecer que se desloque com tempo e aprecie aquilo que melhor a natureza nos dá.


Espero que tenham gostado, até ao próximo passeio.
 

Armando

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Parabéns pela voltinha e um obrigado muito grande pelas fotos que me fizeram reviver a minha "Passagem" em alguns desses locais.

Também eu comungo da opinião de que esse local é magnifico, tanto paisagístico como para "espremer" um bocado o corpinho.

Boas pedaladas.
 

petrix

Well-Known Member
Fico contente em saber que o meu tópico serviu para aguçar o apetite para uma volta destas. ;)
Gostei muito de rever os sítios por onde tenho passado, fez-me ficar com vontade de lá voltar. :)
De facto foi uma grande volta e conseguiste abranger uma grande zona da Freita.
Parabéns pela volta e pelas fotos.
Abraço.
 

albertosemcontador

Well-Known Member
Este quadro bianchi infinito em cor rosso, tira-me do serio!!!

Honestamente os perifericos ja nao sao a meu gosto...

grande quadro...

grande volta...

grandes fotos...

grande abraco
 

JPLopes_73

Well-Known Member
Serra da Freita ... um dos locais de boa memória ... a revisitar quando tiver tempo e companhia ... fotos espetaculares ... só falta mesmo a passagem por Drave :D

Parideiras ... Broeiras ... é só geofenomenos locais ...

Um dia ainda me faço a uma volta solitária a São Macário ... mas adelante ;)

Nice Ride!
 

Paulo V.

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Obrigado a todos pelos comentários :)

@albertosemcontador
Realmente é um quadro muito bonito e, já que te tira do sério, quando me cansar dele, posso pensar fazer uma doação :D
Grande abraço :)
 
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