#2 Volta de batismo da bicicleta (estradista alentejana)
Boas.
Cá está mais um rescaldo da voltinha de hoje.
Levei durante a semana a matutar qual seria a volta de estreia da bicicleta, volta essa que tinha que ficar marcada na vida da dita de 2 rodas. Aqui no meu concelho há umas minas, minas essas que estão desativadas há alguns valentes anos, no entanto quando as mesmas funcionavam, o minério extraído era levado de locomotivas desde a
Mina S. Domingos até ao
Pomarão para depois seguir, via Rio Guadiana até ao seu destino. Lançado o mote, decidi partir para uma voltinha de Mértola até ao Pomarão.
Saí de casa depois do almoço ja com muito sol e o calor a começar a dar sinais (o Alentejo não perdoa), no entanto com tava um ventinho fresco, decidi partir para a "loucura". Os primeiros 5 km’s são mais que batidos por mim, subida e mais subida pelo que não teve grande interesse. Findo esta grande sucessão de curvas sempre a subir, chego à primeira localidade, os Fernandes. Como boa aldeia alentejana, com o calor não vi ninguém na rua, nem os cães!!
Como podem ver, em Mértola vive-se bem
Com o acumular do tempo, houve uma luta entre o calor e o vento fresco, pois ambos queriam imperar na volta, enquanto eu, assistia aquela ação toda a pedalar.
A minha “auto-estrada”
Mais à frente vejo dentro de uma vasta área uma criação de cabras, como não podia deixar de ser, a minha bike quis tirar uma foto com as suas primas ahah
Qual a verdadeira e a “prima”??
Num abrir e fechar de olhos, estava a caminhar a passos largos para um dos destinos, Pomarão! O calor já apertava e só de pensar que ia estar pertíssimo do rio só me apetecia chegar lá abaixo o mais rápido possível para me jogar para um duche refrescante no Rio
Segue uma série de fotos até chegar ao Pomarão:
Então afinal, ainda pensam que o Alentejo é plano? Aí está uma pequeníssima amostra das serras que fazem parte da minha zona.
Agora a placa que me fez esta volta ser internacional, falo portanto disto:
Antes de fazer a minha pausa para o meu abastecimento sólido fui dar um saltinho ali à Espanha. Quando acabei de passar a ponte senti-me um ciclista internacional eheh Já posso dizer que pedalei no estrangeiro... ok foram 100m, mas esses 100m ninguém mos tira LOOL
Lá entrei para o “centro” da localidade para o meu abastecimento. Uma maça e uma barrinha para repor algumas energias, já que a subida que me esperava ao sair do Pomarão era dura (podem ver o track do strava no fim desta crónica - 2º segmento).
Zona do abastecimento e tentativa de foto da localidade:
O regresso começou com um speed que não imaginava, eis que a meio da subida, aparecem 2 senhores cães a seguir a minha roda, tive que parar, e quando parei os ditos fugiram... Raios partam... Com os gajos colados a roda vim a assapar, quando parei para lhes agradecer o apoio, fugiram... Há gente mal agradecida...
adiante!
Com energias repostas (entretanto algumas gastas por causa dos jovens cães que me seguiram) assisti ao desfecho da luta renhida entre o calor e o vento fresco: ganhou o calor! A subida indeterminável e o calor a apertar, tinha que me hidratar com intervalos mais curtos.
Com os km’s a passar e o acumulado que ia ganhando um volume jeitoso só pensava numa paragem para uma água fresca ou uma cola geladinha com uma rodela de limão. Não tardou muito que esse desejo não se realizasse, pois liguei para um amigo meu e fui ao café dele localizado na Moreanes.
Para trás deixei uma longa reta aos altos e baixos, onde durante esses km’s a visão só via ao fundo as ondas de calor no chão, na mente percorria a frase “mas para quê este “sofrimento” todo, não podia ter vindo de manhã?”. Devo confessar que, como não tinha banda sonora, por vezes dava por mim a lembrar de várias melodias, melodias essas que faziam com que a frequência de pedalada aumentasse um pouco mais (melodias essas que variavam entre Metallica e The Offspring
).
Abastecimento líquido efectuado é hora de partir. Despeço-me do pessoal do café e digo “antes das 17.30h estou em casa” (eram 16.50). Bem dito bem feito, eram 17.20 quando cheguei a casa (sou grande ciclistas... 1,84m não é para menos ahaha). Nos últimos km’s, como o vento fez birra por ter perdido a luta anterior, dificultou-me a vida, pois apanhei muito vento de frente.
Por último, e em jeito de conclusão, posso dizer que para o batismo da bike, foi uma excelente volta, com uma boa média (para uma segunda volta nada mau). O que “dificultou” um pouco esta volta, e por isso, o maior rompe pernas, foi o calor durante toda a volta (sair de casa as 14h dá nisso
) e o vento de frente nos últimos km’s.
Sem antes de dar por encerrada esta crónica, deixo a última foto desta volta:
Espero que tenham gostado de ler tanto como eu gostei de pedalar e escrever. Peço desculpa pelos "efeitos" nas fotos, mas foram tiradas com o telemovel e milagres não existem
Até à próxima.
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Volta no strava
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Resumo das crónicas:
#1 Apresentação