tranquilo, estava a brincar. É claro que não fiquei ofendido...tenho mais com que me preocupar do que com marcas de bicicletas!
No entanto, não consigo perceber o porquê de tanto ódio à Specialized... É por ser a marca com maior implantação no mercado? É por ter uma máquina de marketing brutal e extremamente eficaz? Pois ainda bem que assim é! Se a Specialized goza do estatuto que goza acho que isso terá obviamente que se dever à qualidade dos produtos que apresenta e ao enorme e inteligente trabalho que está na sua base. Os resultados não surgem do nada! A Specialized não ganhou a dimensão que ganhou do nada! Correndo o risco de ser mal interpretado, acho que a Specialized acaba por ser alvo de um sentimento muito próprio da nossa mentalidade que é o de invejar aquilo que o vizinho do lado tem ao ponto de o denegrir sem qualquer fundamento válido. É como o tal vizinho que compra um BMW e lá vem o outro dizer que o BMW não vale nada, a Audi é que é boa, quando lá no fundo até sente que realmente a BMW é boa...mas lá tem de se contentar com o Renault que tem à porta...! Não quero com isto dizer que a Specialized é a melhor marca do mundo e que não há nada que se lhe compare e que o raio das bicicletas até andam sozinhas, mas também não percebo a hostilidade que a marca sofre por parte daqueles que defendem com unhas e dentes outras marcas...Afinal tantas palas tem nos olhos aquele que defende a Specialized com unhas e dentes, como aquele que por ela nutre um ódio de morte!
Eu tenho uma Specialized, da mesma forma que poderia ter uma Bianchi, uma Canyon, uma Cannondale, uma Trek, etc... Não sou pessoa de me agarrar a uma marca e de a defender como se a minha vida dependesse disso. Normalmente pauto as minhas escolhas pela racionalidade e o facto de ter uma Specialized é fruto simplesmente de uma circunstância e de um negócio que me pareceu favorável e que quis aproveitar. Por acaso foi uma Specialized, da mesma forma que poderia ter sido qualquer outra marca. Este meu pensamento aplica-se a tudo o que compro...seja vestuário, seja um carro, seja um relógio ou um pacote de bolachas...olho à oportunidade, à racionalidade e, obviamente, à relação qualidade/preço. Obviamente o coração também manda, e haverá marcas que decididamente não compraria, por mais vantajoso que fosse o negócio. Mas daí até ter umas palas e agarrar-me a uma marca de forma quase irracional, sinceramente não percebo!