O terceiro classificado no Giro de Itália deste ano, onde conseguiu também uma vitória de etapa, tornou Vincenzo Nibali num nome a ter em conta já no presente no que à disputa das grandes Voltas diz respeito. Apesar de ter apenas 25 anos, o ciclista da Liquigas confessou à Gazzetta dello Sport querer "andar forte tal como no Giro, mas não vou dizer mais nada por superstição. Serei o líder da equipa, com a mesma atitude de sempre mas com responsabilidades acrescidas. Quero deixar a minha marca em Espanha".
E enquanto líder da Liquigas o italiano terá que apontar à vitória na prova espanhola. Nibali é hoje olhado com respeito pelos adversários e tido como forte candidato à vitória final, mas nem sempre foi assim: "O Giro deu-me enorme crença. Foi a minha vingança contra aquelas pessoas que não acreditaram em mim no passado. E houve muitas", confessa o homem que ajudou Ivan Basso a conquistar a prova rainha do ciclismo italiano.
Vuelta à parte e olhando um pouco mais adiante, Vincenzo Nibali olha com curiosidade para os Mundiais que se vão disputar nas cidades de Melbourne e Geelong, na Austrália, entre 29 de Setembro e 3 de Outubro. Tido como um dos membros da selecção transalpina que vai viajar até ao outro lado do mundo, o ciclista da Liquigas confessa que "ainda não tive oportunidade para falar com o Paolo Bettini, mas isso vai acontecer durante as próximas corridas (Coppa Agostoni, Tre Valli Varesine e o Trofeo Melinda). Ele conhece-me bem. Explicou-me o percurso e disse-me o que tinha em mente, a outra parte cabe-me a mim, que é andar bem. O (falecido) Franco Ballerini tinha estado em Melbourne e falou-me num percurso que não era tão fácil como parecia, e penso que o Bettini pensa da mesma forma''.