DMA, tu treinas meu maroto
Eu não gozo, nem te chamo nerd, porque sei exactamente do que falas e como era… ou corrias em pista e ias conta voltas que é do mais aborrecido que há ou então tinha que ser como dizes
Hoje em dia é tudo muito mais fácil!
Acho que o DMA descreveu muito bem a “crueldade” que um powermeter nos pode reservar… porque lá está é um dado de performance puro e duro! Que não dá abébias porque na noite anterior não dormimos bem ou porque ainda não estamos 100% recuperados do treino anterior.
lgass, vamos lá tentar esclarecer a história do BPM… os BPM´s são uma indicação de como se está comportar o músculo vital, que é o coração, que bombeia sangue aos restantes orgão e músculos. Sangue que transporta o oxigénio, fundamental ao funcionamento dos músculos que estão a trabalhar durante o exercício fisico. Sabes porque é que com os “treinos” a tendência é a ires baixando o BPM para o mesmo nível de esforço? Em parte é porque o coração aumenta de volume e se torna mais forte, tal como qualquer outro músculo quando é exercitado, logo a cada batimento consegue bombear mais sangue… mas atenção o coração faz 2 movimentos, o de expansão e contracção, para aspirar e bombear sangue… e a capacidade de aspiração é igualmente importante… quando esta capacidade é insuficiente produz-se a já conhecida “dor de burro”.
O que este músculo tem de diferente dos outros é que é mais facilmente influenciado por factores externos… que podem fazer que para um mesmo nível de esforço num dia tenha um determinado BPM e no dia a seguir já não seja igual… Sobretudo numa fase inicial em que o atleta está a começar a treinar e a conhecer o seu corpo não é um indicador muito fiável… Como já disse ao pacheco, treinar tendo em conta os BPM, dá aptidão física. No fundo está a treinar o teu coração para aguentar um determinado esforço de forma prolongada mas não está a treinar as tuas pernas especificamente, obviamente acabas por trabalhar as tuas pernas por “arrasto”…
Uma coisa é estares a treinar o teu coração, que no fundo é o que estás a fazer a treinar por BPM e por arrasto acabas por desenvolver os restantes músculos envolvidos nessa actividade física. Outra é focares o teu treino na performance dos músculos que precisas, no caso do ciclismo a melhor forma de o fazer é com um powermeter fixando patamares de potência.
Muita atenção, o BPM continua a ser muito importante, sobretudo para ir percebendo quando é que um determinado treino começa a ser fácil. É nessa altura que devemos ajustar os patamares, neste caso de potência, se fosse de corrida era de pace. Para que o treino seja seja sempre um desafio… só assim é que se evolui! Depois é obvio que vai haver dias que vão custar muito mais que outros mas isso faz parte da vida…
lgass podia escrever aqui páginas e páginas sobre TREINO… mas respondendo directamente às tuas questões:
Num treino nunca deves excluir os BPM, são um indicador importante para avaliar o teu desempenho mas não deves tornar esse dado o teu objectivo do treino se realmente queres treinar para melhorar a tua performance de forma mais eficaz.
Se os teus batimentos estão no limite nunca é boa ideia puxar mais… a não ser que estejas mesmo a ponto de acabar o treino e queiras fazer um pico antes do cooldown… Muita atenção a isso do puxar para além do limite!!! Normalmente não costuma dar bons resultados!!!
Abraço