Só mais uma opinião:
se o compacto "permite subir com menor esforço" - como alguns sugeriram - então ele é indicado para qualquer idade e para qualquer tipo de ciclista já que é exactamente isso que todos querem, sobretudo em competição: desenvolver a mesma potência com o menor esforço possivel.
Ao usarmos 34/50 obtemos as mesmas desmultiplicações do que com 39/52 (obviamente em carretos diferentes da cassete), excepto no(s) primeiro(s) e no(s) último(s) carretos da cassete. É apenas nos extremos que está a diferença:
- com o compacto esgotam a rotação a muita elevada velocidade;
- com o compacto conseguem pedalar com maior cadência numa subida muito dificil.
Se anularem estas diferenças escolhendo uma cassete que dê desmultplicações iguais vão ganhar muito pouco em utilizar o compacto.
Ora, a potência desenvolvida ao pedal pelo ciclista (potência de propulsão) é igual ao binário aplicado multiplicado pela velocidade de rotação (cadência). Sendo que o binário é igual ao produto da força exercida no pedal pelo comprimento da manivela:
Potência ao pedal = Força exercida no pedal X Comprimento da manivela X Cadência
Há, então, duas maneiras de fazer a mesma subida dificil: muita força com pouca cadência; ou pouca força com muita cadência.
Neste contexto, eu vejo duas vantagens na utilização do compacto:
1 - É verdade que os ciclistas não têm todos as mesmas caracteristicas, isto é, uns pedalam "em força", outros "em cadência". Mas não é menos verdade que a força excessiva favorece a formação de ácido láctico e conduz ao esgotamento muscular precoce; a cadência permite pedalar num regime "menos anaeróbico" e atrasa o esgotamento. O limiar dependerá, obviamente, do nível de treino.
2 - Outra grande vantagem a que já foi feita referência: dependendo do percurso, pode permitir andar a maior parte do tempo no prato grande trabalhando apenas com o desviador de trás e sem necessidade de utilizar o da frente. Normalmente é este que dá as maiores quebras de rendimento, sobretudo a subir.