Caros: para mim, capacete e ciclismo, apenas me faz lembrar Joaquim Agostinho! E para mim está tudo dito (e a isto acrescentava ainda a porcaria dos "lulus" à beira da estrada sem trela, ou vindos disparados de portões abertos pelos seus donos descuidados).
Ainda hoje, acabado de fechar o portão da garagem para iniciar mais um treino, senti que algo não estava bem. Parei um pouco para rever a minha checklist mental e apercebi-me logo que a sensação estranha era de não ter o capacete! Adaptei-me de tal modo ao uso do capacete e das luvas que, se me esqueço de qualquer um destes itens sinto-me despido: acho que mais facilmente saio confortavelmente para a rua esquecendo-me do jersey, do que do capacete e das luvas. Não compreendo portanto o pessoal que sai para a estrada sem capacete: e para além de ser mais pessoal já de certa idade, como já aqui foi dito, também são mais o "prós" que vejo, normalmente com o belo do boné. Aliás, todos nós já vimos aqui e ali, em fotografias de revistas da modalidade, treinos em equipa em que metade do pessoal não leva capacete: péssimo exemplo.
Outro coisa que é importante de referir é que também já tenho visto pessoal com capacete que mais valia que o não tivesse, tão mal ajustado que estava: bela invenção o micro-ajuste! Para quem acha que o peso, design ou ventilação é importante (eu até acho) existe uma miríade de escolhas. Claro que os há bem caros, mas por aquilo que há pessoal a investir em sapatos para pisar o pedal...
E quanto há questão de ir ao pão, é mesmo falsa segurança: há muito que me apercebi que me distraio mais a pensar no troco e em outras 1000 distrações num percurso de passeio, aumentando o risco, do que nos meus circuitos típicos de treino, alguns de mais de 100 km, onde já conheço cada buraco, curva, poça, tronco de árvore, etc.
Fiquem bem!