Epá vamos lá então a um pequeno rescaldo.
Depois de lançar o repto ao pessoal que iria fazer uma travessia Lisboa(Sete Rios) a Peniche, eis que surgiram logo umas vozes a tentarem-se juntar à festa.
Primeiro combinei o encontro em Entrecampos com o jovem Vasco (zanzas) que no auge dos seus 25 anos e de todos os dias malhar na bicicleta, chegou cheio de fulgor, ao que lhe disse que se ele queria ir e vir e fazer os mais de 210km, tinha de ir regrado no andamento.
Pois que assim dei-lhe logo com o chicote e ele simpaticamente não fugiu da companhia, pois qué isso? há que ter respeito aos meus 43 anos.
Pouco de uma hora depois estávamos a chegar à Venda do Pinheiro, puxa que aquilo até lá é sempre em ascensão, e no caminho inverso, lá vinha o Hugo (hmbe) ao nosso encontro.
A partir dai e com o Hugo ao leme, e como queríamos chegar pouco antes das 10.30 a Torres Vedras, foi sempre a dar-lhe, de tal maneira que eu na subida antes de Torres (da Ribeiralves) fiquei-me pois a malta já estava a dar-me cabo do esqueleto, e ainda faltavam muitos kms.
Bem, lá chegamos a Torres, e encontramos o resto da malta o Henrique (cockenim) e o Luis (rodd) que a partir daí me acompanharam na travessia.
E lá fomos nós, os cinco, mas sem o cão...eheh.
A caminho da Lourinhã, no cruzamento para o Vimeiro, eis que o primeiro desertor se foi, e apenas por motivos de ir trabalhar. Assim sendo estás desculpado Hugo.
Continuamos no nosso ritmo, tendo a locomotiva estado a cargo do cockenim. Aqui já o vento forte do Norte se fazia sentir, e a malta começava a ir toda escondida atrás uns dos outros.
Passamos por Lourinhã, e chegamos à Praia da Areia Branca. Ai o Rodd disse que estava em cima do tempo e como tinha de ir almoçar fora, tinha de voltar para trás.
Após longa discussão, e depois de muita galheta e chapada, lá se chegou à conclusão que eu seguiria para o meu destino (Peniche) e que a malta voltava para trás, pois o cockenim tinha uma missa marcada na sua capela preferida, a de Montejunto, e queria levar lá o zanzas para o pôr a pagar uma promessa.
A partir daí, entre choros e lágrimas lá me despedi do pessoal e segui o meu caminho, e bolas depois de subir para o Alto de Verissimo, o vento apresentou-se forte como o caraças e os ultimos 15 kms tornaram-se quase mais cansativos que o resto do percurso que já tinha feito.
Mas pronto por volta das 12.00 estava em Peniche.
Ás 19h recebi um sms do zanzas a dizer que estava a apanhar o barco e que tinha 215kms no papo.
Dados do percurso não tenho, pois o meu Polar anda a gozar comigo, e eu já ando a escolher qual a parede onde ele vai ficar espetado.
Abraços