Não queria, mas lá terá que ser.
A maior parte das recentes alterações ao código da estrada, nomeadamente, aquelas que dizem respeito às prioridades e afins, vieram, sem dúvida, por fim a uma situação inexplicável e complexa, em que as bicicletas tanto tinham prioridade como a seguir a tinham que ceder.
No entanto, caímos no exagero... Não seria problema algum se os portugueses fossem civilizados na estrada, o problema é que não somos (ciclistas incluídos).
Eu sou ciclista, automobilista e motociclista, por isso conheço todos os pontos de vista.
Permitir que bicicletas circulem aos pares é simplesmente criminoso e o tempo me dará razão.
Se um trator tem que circular com um pirilampo por causa da velocidade a que se desloca, não tem qualquer lógica que bicicletas possam andar aos pares porque vai criar um risco desnecessário.
Duas bicicletas, ao lado uma da outra, numa zona de curvas, a surbir ligeiramente, só serão vistas quando já estamos em cima delas (já me aconteceu).
Um mini pelotão de 25 a 30 ciclistas, a par, em qualquer estrada (mesmo em recta) é mais longo do que qualquer camião...
Depois, tudo piora quando as pessoas são parvas (para não dizer outra coisa).
Há uma semana, na estrada que chega ao Porto pela margem direita do Douro, a uns 15 ou 20 kms do Porto, ia um grupo de 30 ciclistas em ritmo de passeio, a par, a ocupar a estrada toda. De início a fim, ocupavam uns bons cinquanta metros. Da parte deles não houve qualquer sensibilidade para o facto de trazerem uma fila de carros atrás de si, os quais começavam a perder a paciência (diga-se, com razão).
Ontem, a descer do Luso em direção a mortágua, vinham três ciclistas. O primeiro, assim que notava que tinha um carro atrás encostava-se de modo a facilitar a passagem. O segundo, a mesma coisa. O que ia à frente deveria achar-se o pantani ou qualquer coisa do género.
Já em zona plana, com duplo traço contínuo, a minha esposa (que seguia à minha frente), e com o Pantani a deslocar-se a vinte km/h, não o conseguia passar sem ir para a outra faixa porque o Pantani ia bem no meio da faixa de rodagem.
Pensando que ele não se tinha apercebido da sua presença, ela manda um pequeno toque na buzina e o Pantani passou-se da marmita.
Encosta-se complamente ao centro da faixa de rodagem, manda-a chegar à frente e diz-lhe que lhe tinha tirado a matrícula... Isto, enquanto a chamava de tudo e mais alguma coisa...
Ela segue, e eu que ia atrás de mota, tive a sincera vontade de lhe dar dois murros, mas enfim, limitei-me a dizer-lhe para ter juízo e que para quem não tinha asas ele arriscava-se demais. Deu com nós, se fosse um gajo burro, escusado será dizer que a brincadeira lhe ia correr mal...
Estas situações estão a acontecer diariamente e desconfio que em breve vão levar a que aconteça algum "acidente" por culpa da falta de civismo de parte a parte..
A maior parte das recentes alterações ao código da estrada, nomeadamente, aquelas que dizem respeito às prioridades e afins, vieram, sem dúvida, por fim a uma situação inexplicável e complexa, em que as bicicletas tanto tinham prioridade como a seguir a tinham que ceder.
No entanto, caímos no exagero... Não seria problema algum se os portugueses fossem civilizados na estrada, o problema é que não somos (ciclistas incluídos).
Eu sou ciclista, automobilista e motociclista, por isso conheço todos os pontos de vista.
Permitir que bicicletas circulem aos pares é simplesmente criminoso e o tempo me dará razão.
Se um trator tem que circular com um pirilampo por causa da velocidade a que se desloca, não tem qualquer lógica que bicicletas possam andar aos pares porque vai criar um risco desnecessário.
Duas bicicletas, ao lado uma da outra, numa zona de curvas, a surbir ligeiramente, só serão vistas quando já estamos em cima delas (já me aconteceu).
Um mini pelotão de 25 a 30 ciclistas, a par, em qualquer estrada (mesmo em recta) é mais longo do que qualquer camião...
Depois, tudo piora quando as pessoas são parvas (para não dizer outra coisa).
Há uma semana, na estrada que chega ao Porto pela margem direita do Douro, a uns 15 ou 20 kms do Porto, ia um grupo de 30 ciclistas em ritmo de passeio, a par, a ocupar a estrada toda. De início a fim, ocupavam uns bons cinquanta metros. Da parte deles não houve qualquer sensibilidade para o facto de trazerem uma fila de carros atrás de si, os quais começavam a perder a paciência (diga-se, com razão).
Ontem, a descer do Luso em direção a mortágua, vinham três ciclistas. O primeiro, assim que notava que tinha um carro atrás encostava-se de modo a facilitar a passagem. O segundo, a mesma coisa. O que ia à frente deveria achar-se o pantani ou qualquer coisa do género.
Já em zona plana, com duplo traço contínuo, a minha esposa (que seguia à minha frente), e com o Pantani a deslocar-se a vinte km/h, não o conseguia passar sem ir para a outra faixa porque o Pantani ia bem no meio da faixa de rodagem.
Pensando que ele não se tinha apercebido da sua presença, ela manda um pequeno toque na buzina e o Pantani passou-se da marmita.
Encosta-se complamente ao centro da faixa de rodagem, manda-a chegar à frente e diz-lhe que lhe tinha tirado a matrícula... Isto, enquanto a chamava de tudo e mais alguma coisa...
Ela segue, e eu que ia atrás de mota, tive a sincera vontade de lhe dar dois murros, mas enfim, limitei-me a dizer-lhe para ter juízo e que para quem não tinha asas ele arriscava-se demais. Deu com nós, se fosse um gajo burro, escusado será dizer que a brincadeira lhe ia correr mal...
Estas situações estão a acontecer diariamente e desconfio que em breve vão levar a que aconteça algum "acidente" por culpa da falta de civismo de parte a parte..