Esta história já tem cerca de 3 meses mas nunca é demais ler.
Andrey Amador ficou inconsciente, junto de um rio, durante seis horas após ter sido alvo de um ataque de um grupo de desconhecidos que queriam apoderarem-se da bicicleta do costa riquenho que fazia o último treino do ano. “Deixaram-no inconsciente e, muito provavelmente, golpearam-no em seguida. Esteve seis horas inconsciente.
Andrey Amador é um ciclista relativamente desconhecido, mas devido a um azar da vida pode vir a entrar no imaginário de muitos adeptos da modalidade. Costa-riquenho de nascimento, Amador prepara-se para correr esta temporada ao serviço da Movistar (antiga Caisse d’Epargne), mas por pouco não viu a vida andar para trás.
Numa entrevista ao diário Marca, o ciclista de 24 anos conta uma história digna de um filme de acção (ou terror, depende da perspectiva): “No dia 29 de Dezembro fui até à zona de Heredia, a 50 quilómetros da capital San José, para realizar um treino em altura. Estava a subir e reparei que havia dois carros com os vidros fumados que passaram por mim lentamente várias vezes. Minutos depois, ao fazer uma curva, um dos veículos estava atravessado na estrada e três homens aguardavam por mim. Dei a volta e a escassos metros estava o outro carro também a bloquear a passagem. Por sorte encontrei um caminho de terra e não hesitei. Comecei a acelerar o ritmo, mas não tardei em vê-los atrás de mim com um todo-terreno”, recorda o ciclista.
Mas a perseguição à Jason Bourne (personagem do filme "Identidade Desconhecida") não ficou por aqui. Amador conta que “a dada altura decidiu deixar a bicicleta pelo caminho e escapar a pé, mas qual foi a minha surpresa quando não contentes em ficarem com a bicicleta, continuaram-me a perseguir e a disparar com pistolas eléctricas”, algo que o ciclista da Movistar apenas se deu conta à posteriori, já que num primeiro momento pensou que fossem armas de fogo. “Só escutava os disparos e sentia o impacto nas minhas pernas. Saltei várias cercas e procurava o sangue, mas pensava que o medo não me deixava ver com clareza. De repente escutei um outro disparo e tudo ficou negro. Quando voltei a abrir os olhos estava caído junto de um riacho. Estava tudo escuro e só podia ver o que o luar iluminava. Sentia dores no corpo todo”.
Entre o ataque e o despertar tinham passado várias horas, pelo que quando o costa-riquenho acordou já era de noite. Amador caminhou vários quilómetros até chegar a um supermercado onde conseguiu ligar ao irmão a pedir ajuda. Nessa mesma noite começaram os problemas de saúde: “Comecei a vomitar e fui ao hospital. Aí detectaram que os rins não estavam a funcionar, mas como o tratamento não fez efeito os restantes órgãos começaram também a falhar. Tive um edema pulmonar, comecei a perder tecido muscular do coração e estava tão inchado que parecia um monstro. Só conseguia respirar com uma máscara de oxigénio e estive três dias a tossir sangue”.
Com tudo isto poder-se-ia pensar que o ciclismo tinha sido colocado de parte, mas o resistente Amador “só pensava em recuperar”. Curioso é que algumas semanas mais tarde, quando regressou a casa, deparou-se com um pedido de resgate pela bicicleta. Tendo negado qualquer pagamento, o corredor da Movistar veio a recuperar a máquina mais tarde, depois desta ter sido abandonada e consequentemente encontrada por um desconhecido, que a troca de um punhado de euros a devolveu.
Radicado em Pamplona, Andrey Amador está novamente de regresso à competição, apenas pouco mais de um mês após esta experiência perfeitamente surreal.
Andrey Amador ficou inconsciente, junto de um rio, durante seis horas após ter sido alvo de um ataque de um grupo de desconhecidos que queriam apoderarem-se da bicicleta do costa riquenho que fazia o último treino do ano. “Deixaram-no inconsciente e, muito provavelmente, golpearam-no em seguida. Esteve seis horas inconsciente.
Andrey Amador é um ciclista relativamente desconhecido, mas devido a um azar da vida pode vir a entrar no imaginário de muitos adeptos da modalidade. Costa-riquenho de nascimento, Amador prepara-se para correr esta temporada ao serviço da Movistar (antiga Caisse d’Epargne), mas por pouco não viu a vida andar para trás.
Numa entrevista ao diário Marca, o ciclista de 24 anos conta uma história digna de um filme de acção (ou terror, depende da perspectiva): “No dia 29 de Dezembro fui até à zona de Heredia, a 50 quilómetros da capital San José, para realizar um treino em altura. Estava a subir e reparei que havia dois carros com os vidros fumados que passaram por mim lentamente várias vezes. Minutos depois, ao fazer uma curva, um dos veículos estava atravessado na estrada e três homens aguardavam por mim. Dei a volta e a escassos metros estava o outro carro também a bloquear a passagem. Por sorte encontrei um caminho de terra e não hesitei. Comecei a acelerar o ritmo, mas não tardei em vê-los atrás de mim com um todo-terreno”, recorda o ciclista.
Mas a perseguição à Jason Bourne (personagem do filme "Identidade Desconhecida") não ficou por aqui. Amador conta que “a dada altura decidiu deixar a bicicleta pelo caminho e escapar a pé, mas qual foi a minha surpresa quando não contentes em ficarem com a bicicleta, continuaram-me a perseguir e a disparar com pistolas eléctricas”, algo que o ciclista da Movistar apenas se deu conta à posteriori, já que num primeiro momento pensou que fossem armas de fogo. “Só escutava os disparos e sentia o impacto nas minhas pernas. Saltei várias cercas e procurava o sangue, mas pensava que o medo não me deixava ver com clareza. De repente escutei um outro disparo e tudo ficou negro. Quando voltei a abrir os olhos estava caído junto de um riacho. Estava tudo escuro e só podia ver o que o luar iluminava. Sentia dores no corpo todo”.
Entre o ataque e o despertar tinham passado várias horas, pelo que quando o costa-riquenho acordou já era de noite. Amador caminhou vários quilómetros até chegar a um supermercado onde conseguiu ligar ao irmão a pedir ajuda. Nessa mesma noite começaram os problemas de saúde: “Comecei a vomitar e fui ao hospital. Aí detectaram que os rins não estavam a funcionar, mas como o tratamento não fez efeito os restantes órgãos começaram também a falhar. Tive um edema pulmonar, comecei a perder tecido muscular do coração e estava tão inchado que parecia um monstro. Só conseguia respirar com uma máscara de oxigénio e estive três dias a tossir sangue”.
Com tudo isto poder-se-ia pensar que o ciclismo tinha sido colocado de parte, mas o resistente Amador “só pensava em recuperar”. Curioso é que algumas semanas mais tarde, quando regressou a casa, deparou-se com um pedido de resgate pela bicicleta. Tendo negado qualquer pagamento, o corredor da Movistar veio a recuperar a máquina mais tarde, depois desta ter sido abandonada e consequentemente encontrada por um desconhecido, que a troca de um punhado de euros a devolveu.
Radicado em Pamplona, Andrey Amador está novamente de regresso à competição, apenas pouco mais de um mês após esta experiência perfeitamente surreal.