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1º Desafio Audace - Memorial Salvador Ramião - Núcleo de Cicloturismo Moitense

Bom, vou abrir eu as "hostilidades" :)

Este Audace para mim foi o inicio da época de facto.
Já não andava a sério desde Outubro 2013, inicialmente devido a uma lesão no joelho em que parei um mês e tal e depois meteram-se as férias de Natal e fui preguiçoso :) (casinha da sogra e dos pais e tal e coiso... muita comida e 3Kg a mais :( quando regressei a Lx)
Por isso estava certo que ía levar uma tareia daquelas, mesmo assim inscrevi-me porque acho que só o acto de me inscrever em eventos é algo que transforma logo a minha atitude e motiva-me para treinar. Não o fiz de bike, mas fiz umas corridas porque não tive tempo para andar estes dias que antecederam o Audace.

A organização esteve muito bem, fica já o meu agradecimento. Tiveram uma preocupação genuína em que tudo corresse bem.
O percurso estava bem marcado, faço apenas uma pequena nota sobre o primeiro PC, era num cruzamento à direita após uma grande rotunda mas o PC estava do lado esquerdo da rotunda, no entanto como à direita era uma recta enorme com visibilidade, dava para perceber que algo estava mal, pois até ao final da recta não se via qualquer PC, foi aqui que olhei para trás e inspecionei a rotunda e lá vi o café onde estava o pessoal.
Os PCs eram bons com muita fruta bolos e água como a malta gosta :)

O percurso em si também foi bom, para mim foi óptimo porque foi muito plano apenas 800 e tal metros de acumulado, pode-se considerar quase plano. Enquanto ía a "falar" com a minha Dama só imaginava que estava a ser como um Prólogo de um Tour :)
O percurso era bonito, gostei especialmente da zona da Serra da Arrabida, houve um sítio em que comecei a ver água e era o mar... o MAR???, bom eu não tinha estudado o percurso mas foi uma agradável surpresa.
O regresso aos Audaces trouxe-me muita satisfação, aqueles momentos antes da partida são muito fixes, o reencontro com a malta, tudo com a adrenalina no máximo à espera da partida. E depois ver 290 pessoas a partir, é notável e um motivo para sorrir.

Sob a ameaça de chuva o pessoal partiu em grande velocidade e rapidamente desapareceu toda a gente, para mim isso é normal ehehe, lá segui sozinho ao meu ritmo. Mesmo assim encontrei um tipo que ía um bocado à rasca e seguimos os dois muitos e muitos kms, fui esperando por ele para o acompanhar, algo que para mim foi uma novidade :) mas quando chegaram as pequenas subidas da serra, mais para o final, ele começou a ficar para trás, fui sempre esperando, como já fizeram comigo várias pessoas noutros Audaces. No entanto a 15 km do fim começou a chover a sério e dei-lhe com força, consegui fazer estes últimos 15 km a uma velocidade a rondar os 30 km/h, algo que me surpreendeu pois já tinha 100 km nas pernas. Mas acabei com a consciência um bocado pesada, pois perdi de vista essa pessoa que seguía comigo...

Infelizmente não tenho fotos, ainda ando à procura de uma máquina para levar para as voltas, espero que alguém tenha alguma coisa para meter aqui.

abraços
Zé Mota & Dama de Ferro
 

BGodinho

Member
Bom dia Audaciosos,

Este foi o meu segundo Audace (contando com o do Barreiro em 2013).

Boa forma de iniciar a época de 2014. Bem organizado, traçado bem sinalizado (gps para quê) e pontos de controlo 5*.

Tirando o furo na chegada ao Alto da Guerra (entrada de Setúbal) :mad: :mad: :mad:!!!!!! Sina do caneco!!!!! Tudo correu impec...

Venha o próximo (no meu caso o da BikeZone)...

Boas pedaladas.
 

parafusos

Member
Boas!
Fui ao Audace com mais dois compinchas.
Como seria de esperar o andamento inicial é sempre elevado e entre os três lá fomos apanhando alguns grupos e levando pessoal na roda.
Antes de Rio Frio avistámos o grupo que ia na frente e após uma entreajuda com o pessoal do grupo onde íamos, lá nos colámos ao grupo e fomos com eles até Pegões.
Apesar dos esticões que o pessoal deste grupo dava sempre que mudávamos de direcção ou saiamos de curvas apertadas, com algum esforço lá os conseguíamos acompanhar.
Após 1º controlo nós os três lá nos fizemos à estrada, sempre com bom ritmo, e mais uma vez a passar pessoal e a trazer alguns na roda.
O que tem de bom é que ainda há pessoal, que apesar de não nos conhecermos de lado nenhum, vai ajudando na à frente e sempre ia dando para recuperar do esforço, mas também percebo que há pessoal que vai na roda e não passa pela frente pois para conseguirem vir na roda já se vêm gregos quanto mais irem à frente.
Ao pé de Cajados houve um furo, então nós os 3 parámos, o que foi pena pois íamos com uma média de 34km/h.
Furo resolvido à que continuar e lá fomos sempre a bom ritmo.
De Azeitão até à meta fomos sempre a rolar bem (íamos a favor do vento eh!eh!eh!) e levámos mais uns na roda acabando com média 31,8km/h.
Gostei do percurso e do convívio proporcionado enquanto pedalámos.
Boas pedaladas.
 

lugopt

New Member
1º Audace 2014 - Moita - Crónica do meu primeiro Audace

Olá a todos.

Este foi o meu primeiro Audace, e daí esta crónica um pouco mais detalhada. Foi uma grande aventura e um esforço tremendo. Para contextualizar, tenho bicicleta de estrada há cerca de três meses, e o máximo que tinha feito até hoje eram 79km em cerca de 4 horas. Porém, como esta era uma prova e não uma corrida, decidi, e bem, inscrever-me. A preparação não foi a melhor. Já não andava há três semanas e dois dias antes tinha ido fazer cerca de 50kms e começou a doer-me o joelho. Na véspera, embora me tenha deitado cedo, talvez pelo entusiasmo da prova, não conseguia adormecer, pelo que só devo ter dormido umas três horas.

A prova começou bem, mas quando eu pensava que em quase 300 inscritos ainda conseguiriam encontrar um grupo para pedalar, e aproveitar algum efeito de pelotão, rapidamente me apercebi que esta era uma prova para ciclistas e não para tartarugas... tipo eu.

Passados uns 8 a 10kms do início consegui colar-me a quatro cavalheiros com um ritmo mais moderado, dois deles com o logotipo d'Os Amigos do Garfo, e mais ou menos pela mesma altura, apareceu aquele que viria a ser a minha companhia em quase todo Audace: o Zé Mota com a sua inconfundível Dama de Ferro.

Lá fui a pedalar no ritmo que conseguia e decorridas cerca de duas horas, chegámos ao primeiro ponto de controlo. Para dizer verdade, passámos pelo posto de controlo e como depois da rotunda vinha uma recta sem nada que parecesse um posto de controlo, teria forçosamente de ser antes. O posto estava bem abastecido e posso-vos dizer que não me lembro de ter comido uma laranja com tanta satisfação. Mais uns minutos para descansar as pernas e o selim e lá nos fizemos à estrada.

Calhou mesmo bem o percurso ser agora a descer para recuperar alguma energia a complementar a paragem. Mais adiante e já quando passámos mais de metade do percurso, começo a sentir a inexperiência das grandes distâncias e o gráfico da cadência é um bom sinal disso. Pelo que as ligeiras subidas eram agora feitas com maior esforço e já iam ficando algo para trás do Zé e da sua Dama.

Até que passando Setúbal vinha a primeira subida e aí sim, foi o último fôlego das pernas. Pequena paragem no topo da subida com a corrente a saltar. Nada de especial. Faltavam poucos kms até ao posto de controlo. Novamente o GPS diz-me que o PC deveria estar por aqui mas não há sinal dele. Ainda vou mais à frente um pouco mas vejo que é a entrada para o parque de campismo e estava fechada. Decido seguir. Vejo então o meu companheiro de viagem já no PC e aproveito para abastecer. Ao esticar a perna esquerda para pôr no chão, a primeira cãibra a sério. Ui… isto vai doer.

Aqui recebo uma boa dose de motivação quando um dos simpáticos cavalheiros que se encontrava no posto me diz que a primeira subida é que era a mais difícil. As próximas, embora com maior altitude, eram mais espaçadas na distância, e não custavam tanto. Era mesmo isto que precisava ouvir. É que por esta altura, já tinha batido quer o meu recorde para distância percorrida, quer em tempo percorrido, e o selim doía para caramba.

Fazemo-nos novamente à estrada e aviso o Zé que não espere por mim, porque por aquele andar, eu ia certamente ficar para trás nas próximas subidas. Estes próximos kms foram sempre feitos a pensar naquelas palavras: a primeira subida é que era a mais difícil. Se isto funcionou durante a segunda subida, assim que começou a terceira comecei a aperceber-me que isso podia não ser verdade. A sério, eu já tinha ultrapassado em cerca de hora e meia o meu maior percurso e já levava mais dez kms em cima, pelo que esta subida estava a ser demais para mim. Quando vejo que a estrada abre uma segunda faixa para os veículos mais lentos, apercebo-me novamente que a tortura vai ser mais longa que o inicialmente previsto.

As pernas há muito que tinham dado o último esforço. Agora era mesmo só o orgulho de não querer desistir e terminar o Audace. Até que a meio da subida ouço uma carrinha a andar devagar junto a mim. Lá decidem ultrapassar-me, e ao verem o meu andamento não hesitam e perguntam: "Queres vir connosco?" A sério, compreendo a intenção, mas isso não é pergunta que se faça naquele momento de puro sofrimento. Agradeço-lhe mas digo-lhes que não. Pouco depois ouço o telemóvel tocar. Era o João Carlos que já tinha acabado a prova e já estava em casa!?!

A subida lá termina e penso em parar uns breves minutos porque a partir de agora é sempre a descer ou plano. Desmonto e novamente a cãibra de vir as lágrimas aos olhos. Eu sei que este era um desafio para ciclistas, eu é que ainda não tinha andamento para isto. Lá recupero com uma bebida isotónica e uma barra de energia e eis que quando me preparo para retomar o andamento, começa a chover. Ok! Vamos lá ver como se comportam os pneus a descer em piso molhado. Ora, a chuva não só teimava em cair, como cada vez caía com maior intensidade. Nesta altura já não era apenas piso molhado, era água a potes ao ponto de conseguir fazer surf com a bicicleta e atirar água para o passeio. Cada curva era feita com redobrada atenção, assim como as rotundas.

Apercebo-me que já faltam menos de 15 kms e com o piso plano ou sempre a descer, não há chuva que desanime. É preciso é não cair. Sempre a pedalar até ao final e é completamente encharcado que chego ao último posto de controlo e entrego a minha carta. Pergunto: "Sou o último, não?", ao que me respondem que ainda lá tinham algumas cadernetas de sócio. Penso: "Hum! Se calhar alguém que desistiu e ainda não veio buscar." Olho para o GPS e vejo que fiz 6h20m56s, mais cerca de 45 minutos das três paragens.

Para terminar, e embora passadas 24 horas ainda me doa as pernas, joelhos e o selim, foi uma aventura espectacular. A estrada estava muito bem sinalizada embora o primeiro Posto de Controlo necessitasse de melhor sinalização. A única coisa que mudaria seria isso da sinalização do 1º PC e teria feito o percurso no sentido inverso: fazer as subidas nos primeiros 40 kms é completamente diferente que depois de 80kms. Pelo menos para quem esteja em pior forma, como eu.

Obrigado, Luís.

P.S. Zé Mota, não tens que ficar com a consciência pesada pois eu já estava a arrastar-me na estrada quando foste embora. Obrigado pela companhia nos muitos kms anteriores. Um abraço.
 
@lugopt

epá ainda bem que apareceste por aqui, e até temos um amigo de pedaladas em comum :)
lembrei-me de ti várias vezes depois do final pensei que já não tinha forma de falar contigo...

Não penses que ía muito melhor que tu, como te disse sou quase sempre o último a chegar :) mas com toda a tranquilidade e satisfação.
A tua descrição recordou-me o meu 1º Audace o da Ota nocturno

podes ler outros posts por aí para constatares que o meu nick devia ser o LanternaVermelha ehehe

O sofrimento foi brutal mas uma coisa é certa, está na minha memória cada km que fiz desse Audace.
Compreendo na perfeição cada palavra que escreveste e por isso não ter ficado com a consciência tranquila quando decidi arrancar, mas quando começou a chover não sei onde fui buscar forças para ir a abrir até ao fim, foi quase um reflexo irracional.... para além de que arrisquei um bocado, pois o piso molhado não é para brincadeiras.

Muitos parabéns pelo espirito audace que mostraste, desistir não tem problemas, mas cerrar os dentes e aguentar a dor e o sofrimento dá um gozo enorme no final. Para tipos como eu e tu os Audaces são batalhas físicas mas acima de tudo psicológicas, perante o sofrimento físico a mente está sempre a mandar para baixo e chegar ao fim é de facto recompensador e um motivo de orgulho.
Podes estar todo empenado hoje mas certamente estás muito satisfeito pelo cromo que tens colado na caderneta.

um abraço
 

lugopt

New Member
@josepemota,

Se mudas o teu nick para LanternaVermelha, tenho de mudar o meu para CarroVassoura :)

Um abraço, Luís
 

BGodinho

Member
@lugopt


"Podes estar todo empenado hoje mas certamente estás muito satisfeito pelo cromo que tens colado na caderneta."

Parabéns a ambos pelo espirito de sacrifício.

Josepemota, esta frase diz tudo... Pelo pouco que participei de Audace (apenas dois), este é o grande objetivo... superação física e mental, encontrar força onde ela parece não existir e no fim... O CROMO...

Parabéns a todos os audaciosos e em especial à organização. Forma excelente de homenagear Salvador Ramião.

Boas pedaladas.
 

Jusko

New Member
Boas,

Percurso bem marcado (palmas) e em termos organizativos não notei falhas por isso considero que cumpriram.

Já não compreendo é porque no inicio de época não se entrega uma caderneta nova, ainda por cima agora a 5€ por inscrição (mas isso são contas de outro rosário)
 

jfalcao

Member
@LugoPT e @Josépemota

Gostei de ler os testemunhos... foi basicamente o que eu senti quando fiz o meu primeiro audace em 2012.

Agora é persistir...

Também pensava que iria ser entregue uma caderneta nova... a organização da Moita teve 5 estrelas!
 

pratoni

Well-Known Member
Como é que funciona então isso da caderneta?

Estou seriamente a pensar inscrever-me na FPCUB, para ir a esses audaces e por causa do seguro de responsabilidade civil...
 

Carolina

Well-Known Member
Como é que funciona então isso da caderneta?

Estou seriamente a pensar inscrever-me na FPCUB, para ir a esses audaces e por causa do seguro de responsabilidade civil...

também estou curiosa sobre isso da caderneta. já sou sócia da fpcub e estava a pensar fazer o meu 1º audace em fevereiro.

já agora, o tempo limite estabelecido inclui o tempo que estamos parados nos pontos de controlo?
 

BGodinho

Member
Carolina e Pratoni

As cadernetas são entregues na primeira participação num Audace. Nessa caderneta são colados os cromos de participação nos Audace (funciona como um passaporte mas com cromos em vez de carimbos).

Já agora aproveito para dar a minha opinião sobre darem novas cadernetas. Então e podermos nós próprios ver a nossa evolução nos Audace que participamos!!! Trocarmos a caderneta apenas quando está preenchida é muito mais fixe... fica registado no mesmo sítio todos os percursos que já fizemos... Quando participei no meu primeiro Audace pude ver pessoal a entregar a caderneta para preencher o último espaço e achei muito fixe a caderneta toda cheia...A meu ver é uma recordação dos Audaces participados... Para mim, encher a caderneta é um objetivo (tenho muito km para fazer :D).

Carolina, quanto à forma de contagem do tempo, julgo que não sejam descontadas as paragens nos postos de controlo, dado que os mesmos fazem parte do próprio Audace. Alias, para mim o espirito do desafio Audace não reside no tempo realizado mas sim na concretização do objetivo comum, ou seja, chegar ao fim e recolher todos os pontos associados passando nos postos de controlo.

Espero que ambos se decidam a participar pois o espirito vivido nestes encontros é extraordinário.

Boas pedaladas.
 

johny32

Member
O tempo é contado a partir do momento de inicio do passeio que é as 8h (embora não comece exatamente a esta hora, é esta hora que vale em termos de tempo) e só para quando entregas o mapa do percurso que nos foi entregue no inicio do mesmo. :)
 

Diogo112

New Member
Tenho lido as crónicas relativas aos audaces, em que vão participando, das quais destaco as do josepemota, tanto da Ota como a da Serra da estrela, esta ultima a que mais me tocou, pois também fiz a escalada da serra pela vertente da Covilhã, e é agora chegada a altura de começar a participar nos Audaces, pois já tenho alguma preparação fisica minima que me permite enfrentar estes desafios, pois já tenho feito algumas voltas semelhantes em kilometragem e altimetria, que me permitem participar sem receios. Só não participo já no desafio do G-ride em Portimão porque tenho uma maratona de BTT no mesmo dia no distrito de Castelo Branco, portanto contem comigo nos eventos futuros.

Cumps Diogo

Ps- quero continuar a ler boas crónicas destes vossos desafios.
 

gonpalco

Member
A inscrição em algo (prova/passeio/etc), obriga-nos de certa maneira a cumprir o trajecto, e muitas das vezes excedermos comparativamente a irmos a solo ou em grupo sem "stress"!
Este fim-de-semana, creio que nos excedemos no 1º Audace
Pouca preparação, poucas horas dormidas, algum peso ganho da quadra natalicia, quase que ditavam o resultado final do Audace.
A manha apresentavasse ligeiramente fria, com nevoeiro, e havia a um frenesimm, que deve ser comum nestes eventos, junto do secretariado.
Recolhido a documentação da "equipa", bike carregada, comida nos bolsos, saimos da Moita, num ritmo de passeio para efectuar o aquecimento.
O chão molhado, recordou-me e bem, a boa decisão de não ter removido os guarda-lamas na noite
Nestes eventos com muita gente, prefiro começar com calma, sem grandes atropelos, indo ganhando ritmo, à medida que é possível.

E neste caso, aproveitamos a estrada que liga Moita Sarilhos Grandes, para agrupar, definir a media que nos sentíssemos confortáveis, e desfrutar o melhor possível esta manha.
Agrupamos a um grupo que seguia a uma boa média, até se ter decidido passar e imprimir um ritmo um pouco mais forte, um pouco antes de chegar a Pegões, altura em que deixamos as estradas municipais (calmissimas) para a N4 para de seguida seguirmos pela N10 até Pegões, onde nos esperava o primeiro posto de controlo.

Faltavam +/- 80kms, e as pernas estavam frescas, o que dava para advinhar o que seguiria para a frente.
Do 1º posto a Setubal, mais do mesmo - médias "altas", "team-work".

Ao chegar a Setubal, parecia estarmos a chegar a uma cidade retirada de um filme.
A zona industrial recordava e bem, o que foi e ainda é (de certa forma), a cidade de Setubal - deve ser um sítio incrível para tirar umas fotos, ao entardecer/por do sol.
Chegando à Avenida Todi, apertamos o andamento, até porque pensavamos que o posto de controlo seria num café.......

ERRADO!

Antes tinhamos uma ligeira subida, que foi suficiente para me arrumar a uma canto, em sufrimento!
Não estava preparado psicológicamente, e julgava eu que iria parar antes de avançar para a subida.
A dureza, no meu entender, advém muito das nossas espectativas, e se não julgamos ser duro por "ser plano", quando apanhamos a primeira subida, ainda para mais, numa altura que não estavamos à espera... digamos de passagem que desmoraliza um pouco.

Posto de controlo 2, e seria o último.
Bananas, água, maçã... um pouco de tudo, até porque iriamos subir a Serra em direcção a Azeitão, pela N10.
Nunca tinha andado na Arrábida de bicicleta de estrada, estando mais habituado à brutalidade de algumas subidas de Sintra, mas aqui o terreno é diferente. Não sobe muito, mas sobe durante mais tempo.
No topo da subida, fotografo, e nada como um cavalo, de forma a incentivar futuros praticantes :p ("é tão fácil, que vai em cavalo... Eheheheh!)

E aqui, pensava eu que o Audace estava mais que "vencido" e iriamos "planar novamente até à Moita.
Assim foi nos primeiros kilometros, rolar a mais de 40, num grupo de 3, é algo que acho extraordinário!
A velocidade, os cones, pensarmos que somos só nós e a bicicleta, e que nos movemos com a nossa força, é algo que alimenta o espírito, e nos deixa a pensar do que seriamos capazes se tivessemos treinados.

Mas como é um passeio e não uma prova, as chegadas às rotundas exige cuidado, e abrandar!
Como por golpe de azar, fico para trás numa dessas rotundas vendo os outros dois a continuar como se não houvesse amanhã.

O ritmo abranda, e ser o único a puxar, não vou além dos 40. Raio!...
Mas o golpe final, veio das ligeiras subidas feitas junto dos comandos, onde cansado, sozinho, e já a pensar em almoçar, me arrastava até ver a placa que dizia MOITA, e ganhar novo alento. A média subiu ligeiramente, parecia que já não custava assim tanto.....
Colar ao casal que participava, soube mesmo bem! Obrigado

Chegando ao largo, paragem no secretariado para receber o autoclante e efectuar alguns alongamentos.
Há minha espera estavam 2, e aguardamos mais um pouco pelos outros 2, que chegaram alguns minutos depois de mim.

Contas feitas, e olhando para o evento em geral, foi algo que gostei e repetia - e espero ter essa oportunidade ao longo deste ano!
A média, foi muito acima do esperado (30km/h), mas o "resultado" deveu-se ao esforço emprenhado por cada um, de irmos um pouco mais além e sairmos da nossa zona de conforto.
É importante tal acontecer. Conhecemo-nos melhor, aprendemos sempre muita coisa, mas acima de tudo, divertimo-nos em boa companhia.

Que venham mais Audaces!
 

johny32

Member
Só um pequeno reparo... Não sobe muito, se fores por onde fomos ou pela Secil, se fores pelo solitário acredita que a conversa é outra. :p

Comandos não que ainda fica prái alguem ofendido. A recta é a dos Fuzileiros. :p

Bem vindo ao desafio Audace. :)
 
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