Boas pessoal, é a 1ª vez que abro um tópico para relatar umas voltas que fiz em França, em Nice.
Foram 4 dias úteis para pedalar. Pela primeira vez pedalei no estrangeiro. Nice e arredores é um "must" para o ciclista e cicloturista. Propus a mim próprio que iria subir 3 montanhas valentes. Uma delas a famosa La Madone de Utelle onde foi a chegada da 6ª etapa do Paris Nice deste ano, onde o Zakarin ganhou frente ao Thomas e Contador. A outra foi o Col de la Madone, uma subida de um desnível enorme, começa-se a subir ao nível do Mar e vai quase até aos 1000 metros. Das subidas mais populares daquela zona.
A outra subida, eu chama-lhe Col Coaraze, apesar de também se poder chamar Col St Roch, La Cabannette, Col de Turini. É uma subida que passa por várias aldeias. Eu só subi até aos 1400 metros, havia estrada até aos 2000 e poucos, mas era o 1º dia e quis poupar as pernas.
Também fiz várias colinas que há à volta de Nice, Monaco, Menton, uma delas é o Col d Ezé. Foi a última subida da última etapa do Paris Nice também deste ano, onde o Contador atacou o Thomas com aquela raça toda. Também será a subida decisiva nos campeonatos europeus deste ano.
Subir estas montanhas não é fácil, é completamente diferente do que estava habituado em Portugal. Acho que quando subi à Torre pela primeira vez e única, nem me apercebi o tão mentalmente forte que temos de ser principalmente porque ia sozinho. Tentava quase sempre ir no meu ritmo de endurace. Às vezes aumentava o ritmo outra vezes diminuía. Sempre a pensar que não podia abusar do esforço, mas também que não podia andar muito devagar. O homem da marreta tanto pode chegar por irmos demasiado rápidos ou demasiado lentos, e andei com medo dele principalmente no dia em que subi La Madone Utelle. São subidas que duram perto de uma hora ou mais que uma hora. Cada km demora a passar. Pensava para mim que isto tem tanto de belo como de massador. E não é só subir "La Madone das não sei quantas", até ao inicio destas famosas subidas, há outras subidas e descidas e factores que fazem moer as pernas.
Quando se chega ao topo, o vento frio não nos deixa ficar lá muito tempo a apreciar a vista. É vestir o corta vento, não deixar o corpo arrefecer e descer durante vários kms. As descidas foram algo que também ansiava fazer. Descidas longas com curvas a 90º ou 180º com bom alcatrão, é onde para mim o ciclismo passa de desafiador a divertido. Saio de França com a técnica de descida muito mais apurada, mas ainda sem ser grande fã de altas velocidades porque aliás atingir velocidade de 60 km/h quando se desce esse tipo de estradas é realmente muito perigoso porque nunca sabemos como é que é a curva a seguir ou como é que será o pedra que caiu da ravina que está no meio da estrada "escondida". Kudus para os pros que se lançam nestas descidas a essas velocidades.
Para acabar, em França, nesta zona de Nice, há um muito maior respeito pelos ciclistas. Em 4 dias, não me lembro de levar uma razia. Não levei uma apitadela, nem daquelas sem sentido que existem cá em Portugal, que servem supostamente para alertar o ciclista que vai ser ultrapassado. Os condutores têm paciência para irem atrás de um ciclista e sabem que entre 35 - 40 km/h é um boa velocidade para um carro ir atrás de um ciclista sem ter de forçar um perigosa ultrapassagem. Mas por outro lado, os franceses não respeitam tanto os peões, não param nas passadeiras por exemplo. Só param se forem quase obrigados a isso. Culturas....
Vamos às fotografias:
1ª dia : Col Coaraze Strava: https://www.strava.com/activities/527107087/
Quando visitamos o Monaco, mas propriamente a cidade de Monte Carlo, demos de frente na zona da Marina, com uma corrida de ciclismo. Inicialmente correram juvenis e Junires. A última prova do dia, era uma prova de resistência que durava várias horas, era quem fizesse mais voltas ao percurso ganhava:
2º dia não há fotografias porque choveu Strava: https://www.strava.com/activities/527942772
3º dia: La Madone de Utelle Strava: https://www.strava.com/activities/528971561
4º Dia: Col de la Madone Strava: https://www.strava.com/activities/529742278
Conclusão: O último dia foi dos mais complicado, estava já algo cansado e as pernas já não responderam lá muito bem. A subida mais dura foi a do 1º dia, com 10% de inclinação nos últimos 4 kms, depois de 9 km sempre entre os 5% - 7%. O dia mais épico e enriquecedor foi o dia que subi La Madone de Utelle, não só pela subida e maior distânica, mas também porque a paisagem e as estradas esculpidas nas montanhas eram fabulosas.
Agora é recuperar deste "estágio", Sabado estou de volta às minhas voltas no conforto do meu quintal.
Foram 4 dias úteis para pedalar. Pela primeira vez pedalei no estrangeiro. Nice e arredores é um "must" para o ciclista e cicloturista. Propus a mim próprio que iria subir 3 montanhas valentes. Uma delas a famosa La Madone de Utelle onde foi a chegada da 6ª etapa do Paris Nice deste ano, onde o Zakarin ganhou frente ao Thomas e Contador. A outra foi o Col de la Madone, uma subida de um desnível enorme, começa-se a subir ao nível do Mar e vai quase até aos 1000 metros. Das subidas mais populares daquela zona.
A outra subida, eu chama-lhe Col Coaraze, apesar de também se poder chamar Col St Roch, La Cabannette, Col de Turini. É uma subida que passa por várias aldeias. Eu só subi até aos 1400 metros, havia estrada até aos 2000 e poucos, mas era o 1º dia e quis poupar as pernas.
Também fiz várias colinas que há à volta de Nice, Monaco, Menton, uma delas é o Col d Ezé. Foi a última subida da última etapa do Paris Nice também deste ano, onde o Contador atacou o Thomas com aquela raça toda. Também será a subida decisiva nos campeonatos europeus deste ano.
Subir estas montanhas não é fácil, é completamente diferente do que estava habituado em Portugal. Acho que quando subi à Torre pela primeira vez e única, nem me apercebi o tão mentalmente forte que temos de ser principalmente porque ia sozinho. Tentava quase sempre ir no meu ritmo de endurace. Às vezes aumentava o ritmo outra vezes diminuía. Sempre a pensar que não podia abusar do esforço, mas também que não podia andar muito devagar. O homem da marreta tanto pode chegar por irmos demasiado rápidos ou demasiado lentos, e andei com medo dele principalmente no dia em que subi La Madone Utelle. São subidas que duram perto de uma hora ou mais que uma hora. Cada km demora a passar. Pensava para mim que isto tem tanto de belo como de massador. E não é só subir "La Madone das não sei quantas", até ao inicio destas famosas subidas, há outras subidas e descidas e factores que fazem moer as pernas.
Quando se chega ao topo, o vento frio não nos deixa ficar lá muito tempo a apreciar a vista. É vestir o corta vento, não deixar o corpo arrefecer e descer durante vários kms. As descidas foram algo que também ansiava fazer. Descidas longas com curvas a 90º ou 180º com bom alcatrão, é onde para mim o ciclismo passa de desafiador a divertido. Saio de França com a técnica de descida muito mais apurada, mas ainda sem ser grande fã de altas velocidades porque aliás atingir velocidade de 60 km/h quando se desce esse tipo de estradas é realmente muito perigoso porque nunca sabemos como é que é a curva a seguir ou como é que será o pedra que caiu da ravina que está no meio da estrada "escondida". Kudus para os pros que se lançam nestas descidas a essas velocidades.
Para acabar, em França, nesta zona de Nice, há um muito maior respeito pelos ciclistas. Em 4 dias, não me lembro de levar uma razia. Não levei uma apitadela, nem daquelas sem sentido que existem cá em Portugal, que servem supostamente para alertar o ciclista que vai ser ultrapassado. Os condutores têm paciência para irem atrás de um ciclista e sabem que entre 35 - 40 km/h é um boa velocidade para um carro ir atrás de um ciclista sem ter de forçar um perigosa ultrapassagem. Mas por outro lado, os franceses não respeitam tanto os peões, não param nas passadeiras por exemplo. Só param se forem quase obrigados a isso. Culturas....
Vamos às fotografias:
1ª dia : Col Coaraze Strava: https://www.strava.com/activities/527107087/
Quando visitamos o Monaco, mas propriamente a cidade de Monte Carlo, demos de frente na zona da Marina, com uma corrida de ciclismo. Inicialmente correram juvenis e Junires. A última prova do dia, era uma prova de resistência que durava várias horas, era quem fizesse mais voltas ao percurso ganhava:
2º dia não há fotografias porque choveu Strava: https://www.strava.com/activities/527942772
3º dia: La Madone de Utelle Strava: https://www.strava.com/activities/528971561
4º Dia: Col de la Madone Strava: https://www.strava.com/activities/529742278
Conclusão: O último dia foi dos mais complicado, estava já algo cansado e as pernas já não responderam lá muito bem. A subida mais dura foi a do 1º dia, com 10% de inclinação nos últimos 4 kms, depois de 9 km sempre entre os 5% - 7%. O dia mais épico e enriquecedor foi o dia que subi La Madone de Utelle, não só pela subida e maior distânica, mas também porque a paisagem e as estradas esculpidas nas montanhas eram fabulosas.
Agora é recuperar deste "estágio", Sabado estou de volta às minhas voltas no conforto do meu quintal.