Sinceramente não sei bem como esta questão do doping pode ser resolvida.
Quem conhece MINIMAMENTE os meandros da modalidade sabe como as coisas se passam. A diferença que existe entre o que se passa em Portugal e nos escalões superiores é que lá fora as coisas são feitas com mais profissionalismo, aqui, há mais amadorismo a todos os níveis.
Mas lamento informar, principalmente aos mais puros aqui do fórum, que não há virgens no ciclismo. Não há aqui nem em lado nenhum.
Acabar com uma equipa resolve um problema, não resolve O problema. Se houvesse uma clara vontade de limpar de vez o ciclismo das malhas do doping teriam feito uma operação transversal a todas as equipas, no mesmo dia e hora. Aí sim, teriam acabado com O problema, mas como dano colateral acabavam nesse dia com o ciclismo em Portugal.
Agora deixo um conselho a todos que comentam sobre este tema tão negativo.
- Se são conhecedores do que se passa nos meandros da modalidade sabem, ou devem saber, que este problema não se esgota na W52-FCP, portanto, acho que devem ter algum bom senso quando abordam este tema.
- Se não conhecem o lado mais escondido do ciclismo e acham que os ciclistas da W52 são todos uns dopados numa modalidade limpa, acho que devem fazer um favor a si próprios e absterem-se de comentar. Até percebo que comentem mas acabam por cair no ridículo de tão afastados que estão da realidade.
Por fim, acho que as entidades devem canalizar todos os esforços para os escalões de formação, ações de sensibilização, controles nos escalões de formação, e apertar muito o controle nesses escalões quando se faz a transição para elites. Alertar e informar detalhadamente sobre os malefícios que as substâncias proibidas podem provocar. Apertar o cerco a todos os tipos de lojas ou sites de venda de produtos "duvidosos", são inúmeros e abastecem tudo e todos sem qualquer dificuldade.
Bem, eu, por enquanto e apesar de tudo, continuarei a gostar da modalidade tal e qual como ela é... com as suas virtudes e os seus defeitos.