A ideia que tenho, é que no caso de uma queda e que as mudanças fiquem ligeiramente desafinadas, seja por o dropout entortar ou por outros motivos, seja difícil afinar no sistema electrónico, enquanto que no sistema mecânico por norma dá para desenrascar e chegar ao destino.
Vim cá comentar só para explicar melhor esta parte, que não é bem assim como dizes.
Sobre Shimano não sei, mas na SRAM que é o caso que tenho, a afinação normal é feita com os mesmos parafusos que num qualquer desviador mecânico.
Depois a micro afinação, é ainda mais fácil que nos desviadores mecânicos. Enquanto que nos mecânicos se rodam aqueles parafusos nas bichas, na SRAM essa micro afinação é feita com uns botões que tem na parte de dentro das manetes, e é possível fazer essa micro afinação para cada mudança individualmente. Já tive que o fazer e funciona muito bem.
Portanto, creio que ainda é mais fácil de gerir essa situação com um grupo eletrónico do que num mecânico. (Falo apenas da SRAM, Shimano não sei como funciona).
Sobre o mecânico ser melhor que o eletrónico e vice versa, para mim é eletrónico todos os dias!
Na hipótese de ficar apeado por um cabo partido ou por falta de bateria, admito que num grupo mecânico há sempre mais hipóteses de arranjar um "road side hack" e seguir viagem do que se for com um grupo eletrónico, ainda assim não é esse argumento que me faria voltar a um grupo mecânico.
Se eu fosse fazer uma roadtrip pelo meio do deserto, por povoações remotas com acesso escasso ou nulo a produtos para bikes, aí sim considerava levar um grupo mecânico.
É um bocado como os carros antigos, de carburador, sem muita eletrónica, em que numa viagem avariava qualquer coisa e havia sempre maneira de desenrascar e seguir viagem.
Num carro moderno, aquilo acende umas luzes, pára logo e temos de chamar um reboque.
Mas digam-me lá, comprariam um carro velho só porque na eventualidade de avaria, seria mais fácil de arranjar ou preferiam um carro mais moderno? Creio que a maioria preferia um carro mais moderno.