Esta prova precisava de levar uma volta grande (passe o trocadilho).
Ontem estive a ver os últimos 30km da etapa. Hoje estou a ver um pouco, também.
A Volta parou no início do século, em termos de transmissão da RTP.
Há uns minutos fui ao Google Play descarregar a app da Volta. Para ver as etapas. Não existe.
Depois, por muito respeito que tenha pelos comentadores, ver a Volta na RTP é um tédio.
O ritmo da conversa é terrível. Lento, sonolento, monocórdico.
Fala-se mal aqui dos comentadores da Eurosport, mas nem há comparação possível, em relação a estes.
Depois não identificam os corredores. Vai ali um a sair do pelotão, dois na luta ao sprint, blá, blá. Mas suminho, nada.
Depois, interactividade é zero. Vejam um jogo de futebol no Eleven, uma corrida de F1 na Sporttv, uma etapa do Tour na Eurosport.
Há Twitter, mails, Instagram, o público participa e interage com os comentadores.
Na Volta a Portugal, zero. Nada. Eu não tenho redes sociais, mas sou a minoria. Como querem atrair novos espectadores, se a transmissão é igual há 20 anos?
Não digo que mandem embora os comentadores actuais. Digo que metam mais um ou dois. Metam os olhos na equipa dinâmica da Eurosport. Coloquem um jovem jornalista a tratar das redes sociais, coloquem outro a pesquisar histórias, curiosidades. Já está tudo inventado, é só olhar para os exemplos em redor.
Vejam o sprint ontem, ouçam os comentários do último km, por exemplo. Eu fiquei sem saber quem foi ao sprint, quem ficou para trás, nem soube quem ganhou sequer, só passado para aí 30 segundos. Fiquei com a ideia que o comentador ficou à espera que aparecesse os nomes lá no estúdio, porque ele nem sabia que estava a lutar ao sprint. Muito mau.