Que conversa mais hipócrita... então o homem chega ao fim da descida com pouco mais de um minuto. Sozinho, sem ninguém a ajudar ainda ganha mais três minutos na subida, e o problema é a organização?
Na minha opinião o problema aqui foi a organização, senão vejamos:
a 4kms do topo do stelvio surge a mensagem pela radio corsa: "a motorcycle would be placed in front of each group after passing the Stelvio summit, and that riders should remain in their respective group without attacking, until the red flag is removed".
No twitter do Giro surge a mensagem que a descida do Stelvio é neutralizada.
Ora os regulamentos da UCI não prevêm motos com bandeiras vermelhas a prevenir ataques em lado nenhum e a maior parte dos DD's acha que a descida é neutralizada.
Entretanto o Quintana e o Rolland com os colegas Gorka Izaguirre e Sicard atacam a descida. Há uma foto deles atrás da tal moto e o testemunho do tipo que segurava a bandeira vermelha a dizer que o Quintana lhe pedia para aumentar a velocidade. Como não aumentaram este grupo de 4 simplesmente ultrapassa a moto e segue o ataque.
Já no fim da descida surge informação na Radio Corsa que o Quintana e o Rolland com o Hesjedal tinham mais de um minuto de avanço. Entretanto não há mais informação sobre o que se passou com a "neutralização" e surge no twitter oficial: "Wrong communication: no neutralization for the descent from the Passo dello Stelvio. Sorry for the wrong information."
Como a tal moto com a bandeira vermelha não está prevista nos regulamentos da UCI (a organização inventou) não há maneira dos comissários fazerem o grupo do Quintana aguardar no vale ou posteriormente sancioná-los por terem deliberadamente desrespeitado a bandeira vermelha.
Já no fim da etapa vem o director colocar a equipa de comunicação deles debaixo do autocarro a dizer que a culpa foi deles porque disseram na Radio Corsa que a moto seria colocado para prevenir ataques, e a intenção do director era apenas que a moto sinalizasse as curvas. O que conta é a intenção, não a comunicação.
Isto para mim é um grande FAIL na organização do Giro. Quanto ao Quintana, gosto muito de ataques de longe sob estas condições épicas, e é verdede que mostrou ser, de longe o mais forte, mas também é bem possível que ele e o Rolland (o Hesjedal não se sabe, só os apanhou no fundo da descida) só atacaram porque perceberam que houve gente que parou e o resto ia nas calmas. De resto, quanto ao Rolland, lembro-me da etapa 14 do Tour de 2012, a que sabotaram com pregos, em que o Wiggins de amarelo e a Sky decidem esperar pelo Evans que fura duas vezes, para o Rolland atacar o grupo para subir uns lugarzinhos na CG...