josepemota
Member
Conforme solicitado por algumas pessos apresento-vos aqui a minha Dama de Ferro, num espaço aberto a comentários.
A Dama:
Esta bicicleta foi montada por mim, começou a ganhar forma muito antes de a ter de facto.
A minha bike anterior era uma Cannondale Bad Boy, The Queen of the Cities como lhe chamam, e eu também achei, era linda e uma bike muito manobrável e rápida, comprei-a inicialmente para as minha voltas casa-trabalho. O problema é que vivia a 20 km do trabalho e quando comecei a fazer o percurso todo a Bad Boy revelou-me as suas "fraquezas". Enquanto espectacular para a cidade em estrada não é boa. E começou assim a ideia da Dama de Ferro a surgir.
Tinha alguns requisitos iniciais que me levaram à primeira decisão, o Quadro.
Queria um quadro de ferro, porque os acho elegantes, gosto dos tubos finos. Queria também uma geometria de estrada ou parecido com isso, também queria travões de disco, queria montar porta-bagagens para levar peso atrás e depois de muita pesquisa, fui começando a andar por fóruns de Touring e surgiu o quadro Surly Disc Trucker.
A Surly não é muito popular pelas nossas bandas, mas parece que é uma marca reputada no mundo Touring, pelos quadros que fabrica a preços acessíveis, com uma ressalva, no touring o acessível não é sinónimo de barato...
lado
frente
trás
4130 CroMoly steel. Main triangle double-butted
Pormenor para levar 3 raios de reserva
Travões:
Travões de disco eram um requisito essencial.
Como sabemos travar é a transformação de energia cinética (movimento) em energia calorífica através de fricção. Penso que é dificil ser mais eficiente neste aspecto do que usando discos. Pelo menos no mundo touring o rebentamento de pneus pelo calor gerado nos aros a travar é uma realidade, com a agravante do peso acrescido da carga que aumenta muito a inércia. Há ainda outra razão que é funcionarem quase em qualquer condição (secos, molhados...).
Como queria montar manetes com mudanças Shimano 105, foi quase um problema porque "não há" travões de disco de estrada... afinal há Avid BB7 Road. O problema é que as manetes de estrada têm o curso dos cabos pequeno para a maioria dos travões de disco, mas este foram especificamente feitos para funcionarem com manetes integradas.
As rodelas vermelhas servem para afinar à mão as pastilhas.
Travão frente
Travão traseiro
rodela para afinar as pastilhas (verso)
Transmissão:
Escolhi o Grupo Shimano 105, tudo com excepção dos travões. Não quis misturas nem adaptações... tudo da mesma marca e modelo
Penso que dispensa grandes explicações, toda a gente conhece este grupo. Para mim é espectacular, é preciso, robusto e lindo (para mim claro)
pedaleiro compacto -> 50-34
desviador traseiro
Cassette -> 11-28
pormenor da manete
Selim:
Brooks (what else... )
Sabia desde o início que era um Brooks que queria, pelo estilo que encaixa bem neste tipo de bicicletas.
O selim é o Team Pro, e veio por engano, mas foi um engano feliz. Tinha escolhido o B17 Special (especial apenas por causa da cor que tinha escolhido e toma lá mais 10 ou 20 €), mas o Team Pro é mais estreito e penso que se adequa melhor à minha fisionomia. O selim é confortável, ao inicio parecia uma tábua mas agora parece um sofá
De cima
Penso que dá para notar o selim um pouco abatido nas beiras, é normal e desejável é o famoso "Break In" em que o selim se molda à fisionomia, um pouco à semelhança dos sapatos de cabedal que começam por ser rijos e dolorosos para depois se transformarem nos melhores sapatos. Garanto-vos que o selim era muito mais direito.
Nesta foto é visivel que o centro já abateu, ainda bem... ao início andava sempre com a zona do períneo a dormir ehehe, agora já não acontece. fico ali mesmo encaixado e confortável
Direcção:
Esta foi a última coisa a ser escolhida e montada. Digamos que não controlei bem o processo e deixei a pessoa que me montou escolher, claro que me mostrou antes, mas depois de 3/4 meses com a bike a ser montada eu só queria era trazê-la e andar...
Hoje acho que devia ter sido mais criterioso e paciente. Não morro de amores pelo guiador, mas já me habituei a ele e até gosto das posições que proporciona, gosto muito que quando estou com as mãos nos drops os pulsos não batem na parte superior. é mesmo assim para sprintar. A posição mais utilizada é em cima e atrás das manetes, como não uso luvas em voltas longas magoa-me um bocado o ressalto que a borracha das manetes faz com o guiador, no último fim de semana fez-me uma mini-bolha na palma da mão, também ando a ficar com calos... se calhar tenho que comprar umas luvas
Guiador Salsa Cowbell 3 (44cm)
Avanço OnOff de 90mm
podem ver o pormenor da curvatura dos drops na secção de Transmissão acima.
Rodas:
As rodas não foram fáceis de arranjar. Eu queria roda 700, no máximo de 28mm, 36 raios. Por outro lado os cubos tinham que ser de montanha para levarem com os discos e ter 36 furos.... e também não podia gastar uma fortuna nas rodas... tive que as mandar fazer.
Aros: Mavic A317
Cubos: Shimano Deore XT
Raios DT Swiss
Pneus: Continental Touring Plus
Roda da frente
Aros (esta foto está esquisita... quem descobrir porque leva uma imperial e uma bifana)
Cubo traseiro
Pneu
Conclusão:
Eu adoro esta bicicleta. E quanto mais ando mais gosto. Sinto que a bicicleta é robusta, fiável e muito versátil.
Penso que está equilibrada, os componentes estão todos mais ou menos ao mesmo nível.
No entanto não é uma touring clássica, para isso teria que ter uma transmissão diferente (de montanha) e roda 26".
O que eu estou a pensar mudar em breve:
O guiador. pretendo montar um Grand Cru Chris's Randonneur
Estou com algumas reservas por ser cromado e depois não encaixar bem na estética da bicicleta. Se ficar mesmo bem mudo também o avanço para um cromado.
E será a única coisa, o restante eu gosto como está.
No entanto estou aberto a sugestões/criticas vossas, haverão sempre aspectos que eu não conheço e que poderão ser melhorados eventualmente.
abraços
Zé Mota
A Dama:
Esta bicicleta foi montada por mim, começou a ganhar forma muito antes de a ter de facto.
A minha bike anterior era uma Cannondale Bad Boy, The Queen of the Cities como lhe chamam, e eu também achei, era linda e uma bike muito manobrável e rápida, comprei-a inicialmente para as minha voltas casa-trabalho. O problema é que vivia a 20 km do trabalho e quando comecei a fazer o percurso todo a Bad Boy revelou-me as suas "fraquezas". Enquanto espectacular para a cidade em estrada não é boa. E começou assim a ideia da Dama de Ferro a surgir.
Tinha alguns requisitos iniciais que me levaram à primeira decisão, o Quadro.
Queria um quadro de ferro, porque os acho elegantes, gosto dos tubos finos. Queria também uma geometria de estrada ou parecido com isso, também queria travões de disco, queria montar porta-bagagens para levar peso atrás e depois de muita pesquisa, fui começando a andar por fóruns de Touring e surgiu o quadro Surly Disc Trucker.
A Surly não é muito popular pelas nossas bandas, mas parece que é uma marca reputada no mundo Touring, pelos quadros que fabrica a preços acessíveis, com uma ressalva, no touring o acessível não é sinónimo de barato...
lado
frente
trás
4130 CroMoly steel. Main triangle double-butted
Pormenor para levar 3 raios de reserva
Travões:
Travões de disco eram um requisito essencial.
Como sabemos travar é a transformação de energia cinética (movimento) em energia calorífica através de fricção. Penso que é dificil ser mais eficiente neste aspecto do que usando discos. Pelo menos no mundo touring o rebentamento de pneus pelo calor gerado nos aros a travar é uma realidade, com a agravante do peso acrescido da carga que aumenta muito a inércia. Há ainda outra razão que é funcionarem quase em qualquer condição (secos, molhados...).
Como queria montar manetes com mudanças Shimano 105, foi quase um problema porque "não há" travões de disco de estrada... afinal há Avid BB7 Road. O problema é que as manetes de estrada têm o curso dos cabos pequeno para a maioria dos travões de disco, mas este foram especificamente feitos para funcionarem com manetes integradas.
As rodelas vermelhas servem para afinar à mão as pastilhas.
Travão frente
Travão traseiro
rodela para afinar as pastilhas (verso)
Transmissão:
Escolhi o Grupo Shimano 105, tudo com excepção dos travões. Não quis misturas nem adaptações... tudo da mesma marca e modelo
Penso que dispensa grandes explicações, toda a gente conhece este grupo. Para mim é espectacular, é preciso, robusto e lindo (para mim claro)
pedaleiro compacto -> 50-34
desviador traseiro
Cassette -> 11-28
pormenor da manete
Selim:
Brooks (what else... )
Sabia desde o início que era um Brooks que queria, pelo estilo que encaixa bem neste tipo de bicicletas.
O selim é o Team Pro, e veio por engano, mas foi um engano feliz. Tinha escolhido o B17 Special (especial apenas por causa da cor que tinha escolhido e toma lá mais 10 ou 20 €), mas o Team Pro é mais estreito e penso que se adequa melhor à minha fisionomia. O selim é confortável, ao inicio parecia uma tábua mas agora parece um sofá
De cima
Penso que dá para notar o selim um pouco abatido nas beiras, é normal e desejável é o famoso "Break In" em que o selim se molda à fisionomia, um pouco à semelhança dos sapatos de cabedal que começam por ser rijos e dolorosos para depois se transformarem nos melhores sapatos. Garanto-vos que o selim era muito mais direito.
Nesta foto é visivel que o centro já abateu, ainda bem... ao início andava sempre com a zona do períneo a dormir ehehe, agora já não acontece. fico ali mesmo encaixado e confortável
Direcção:
Esta foi a última coisa a ser escolhida e montada. Digamos que não controlei bem o processo e deixei a pessoa que me montou escolher, claro que me mostrou antes, mas depois de 3/4 meses com a bike a ser montada eu só queria era trazê-la e andar...
Hoje acho que devia ter sido mais criterioso e paciente. Não morro de amores pelo guiador, mas já me habituei a ele e até gosto das posições que proporciona, gosto muito que quando estou com as mãos nos drops os pulsos não batem na parte superior. é mesmo assim para sprintar. A posição mais utilizada é em cima e atrás das manetes, como não uso luvas em voltas longas magoa-me um bocado o ressalto que a borracha das manetes faz com o guiador, no último fim de semana fez-me uma mini-bolha na palma da mão, também ando a ficar com calos... se calhar tenho que comprar umas luvas
Guiador Salsa Cowbell 3 (44cm)
Avanço OnOff de 90mm
podem ver o pormenor da curvatura dos drops na secção de Transmissão acima.
Rodas:
As rodas não foram fáceis de arranjar. Eu queria roda 700, no máximo de 28mm, 36 raios. Por outro lado os cubos tinham que ser de montanha para levarem com os discos e ter 36 furos.... e também não podia gastar uma fortuna nas rodas... tive que as mandar fazer.
Aros: Mavic A317
Cubos: Shimano Deore XT
Raios DT Swiss
Pneus: Continental Touring Plus
Roda da frente
Aros (esta foto está esquisita... quem descobrir porque leva uma imperial e uma bifana)
Cubo traseiro
Pneu
Conclusão:
Eu adoro esta bicicleta. E quanto mais ando mais gosto. Sinto que a bicicleta é robusta, fiável e muito versátil.
Penso que está equilibrada, os componentes estão todos mais ou menos ao mesmo nível.
No entanto não é uma touring clássica, para isso teria que ter uma transmissão diferente (de montanha) e roda 26".
O que eu estou a pensar mudar em breve:
O guiador. pretendo montar um Grand Cru Chris's Randonneur
Estou com algumas reservas por ser cromado e depois não encaixar bem na estética da bicicleta. Se ficar mesmo bem mudo também o avanço para um cromado.
E será a única coisa, o restante eu gosto como está.
No entanto estou aberto a sugestões/criticas vossas, haverão sempre aspectos que eu não conheço e que poderão ser melhorados eventualmente.
abraços
Zé Mota