• Olá Guest , participa na discussão sobre o futuro desta comunidade neste tópico.

Para a malta que não gosta de parar nos vermelhos

MigC77

Well-Known Member
Vou acrescentar mais uma coisa a esta discussão…

A existência duma lei que obrigue ao uso do capacete não me incomoda porque para mim, de acordo com as “minhas regras”, o uso do capacete é obrigatório. Esse é o código que eu sigo e é aquilo que cá em casa se segue, desde os mais pequenos até aos mais velhos. Nem poderia ser de outra maneira. Uso o capacete porque acredito que me oferece mais protecção numa grande panóplia de situações e pode evitar determinadas lesões. Mas obviamente não faz milagres.

Como tal não seria coerente e nem lógico da minha parte opor-me a uma lei que vai ao encontro daquilo que eu sigo numa óptica de protecção da minha integridade física.

E é precisamente por esse motivo que muito me surpreende ler que pessoas que também usam o capacete sempre que andam de bicicleta se oponham a essa lei. Se realmente vocês acreditam que o capacete é um “adereço quase inútil” porque é que o usam? Digo inútil porque pelo que li nos vários artigos e posts quando se anda devagar não faz sentido usar e se se andar mais depressa ou se for abalroado por um carro deixa de proteger convenientemente.

Se querem realmente ser coerentes com aquilo que defendem e consideram que o capacete é um acessório inútil comecem vocês por “dar o exemplo”! Deixem de usar capacete! Aliás acho que isso até é capaz de incentivar muita gente a pegar na bicicleta… Sim porque se como foi dito aqui e passo a citar:

6. Além de que 80%-90% dos ciclistas (não tenho dados, é uma convicção minha daquilo que vejo) utiliza capacete. Pelo que na verdade, esta obrigatoriedade na Lei e sua ampla difusão na opinião publica não produz nennhum efeito prático.

Então muita gente menos informada é capaz de acreditar que o uso é obrigatório e por isso não anda de bicicleta. Acho que todos aqueles que acreditam que o uso do capacete é algo opcional e inútil deviam deixar de usar porque não estão a ser coerentes com o que defendem e ao mesmo tempo com essa atitude incentivar mais pessoas a andar de bicicleta tornando as estradas e ruas muito mais seguras para todos os ciclistas.

Em relação ao artigo de 2013 em que citam o Pedro Delgado a fazer campanha com o PSOE contra o uso do capacete… “Surpreendeu-me” vê-lo de capacete na fotografia dum artigo de 2016 mas depois li o texto e percebi que afinal mudou de ideias ;) http://www.heraldo.es/noticias/depo...iculares-sobre-bicicleta-1150106-1101034.html

@Bernalve, por muito bom seja que seja “de uma maneira natural e espontânea” anda sempre protegido meu amigo ;)
 

GMQ

Well-Known Member
O ser humano em regra quando confrontado com a obrigatoriedade legal tende a ter reações deste genero pelo que não me espanta. Parece que a obrigação legal fere o livre arbítrio de cada um. É tipo : "Eu até uso e reconheço as vantagens dessa utilização, mas não me obriguem." ou "Cada deve ter a possibilidade de escolher como quer ir desta para melhor".
 

Paulofski

Well-Known Member
mario-cipollini.jpg

Mário Cipollini tornou-se ainda mais polémico, ao responder desta forma às criticas nas redes sociais por ser visto frequentemente a pedalar sem capacete.

Capacete obrigatório, sim, ou não? Eis um excelente e concludente artigo no Projetopedal.com com o qual concordo completamente, aqui: https://oprojetopedal.wordpress.com/2017/01/10/capacete-obrigatorio-sim-ou-nao/#like-6147

Repito, quero ser poupado à necessidade de outros tomarem a decisão por mim, se coloco capacete ou não. Eu tendo a favorecer a liberdade pessoal, sempre que possível.
 

fernandes_85

Well-Known Member
MigC77,

Penso que a minha posição acerca deste assunto é clara e não contraditória, acho que o uso do capacete é aconselhável/recomendável, mas não deve ser obrigatória, muito menos enquanto medida inserida no âmbito do PNSR2020, não percebo onde há a contradição.

http://expresso.sapo.pt/sociedade/2...-causaram-11-mortos-na-primeira-semana-do-ano

O cerne da questão e o assunto que o PNSR 2020 deve atacar é o facto de Portugal ser dos países dito civilizados onde mais se morre e fica ferido na estrada. Dizer-se que isto se ajuda a resolver com a obrigatoriedade do capacete nos ciclistas é para mim pura demagogia.

Da minha parte uso capacete, tenho seguro e páro nos vermelhos e uso luzes pareço uma arvore de natal. Se quiserem também posso meter uma chapinha com uma matricula. Posso pagar também IUC, mas vejam lá o preço pq tenho uma mota 125cc e pago 5€/ano.
Se alguém intelectualmente honesto me dizer que fazendo isto tudo Portugal vai aumentar os seus indices de segurança rodoviária, avanço já amanha!!!
 

MigC77

Well-Known Member
@fernandes_85, ambos concordamos que não é o capacete que vai aumentar os índices de segurança rodoviária assim como concordamos que o capacete quanto muito aumenta o índice de protecção da integridade física do ciclista em caso de acidente. Apenas isso.

Acho que também ninguém está a vender o uso do capacete como a solução milagreira que vai melhorar os índices de segurança rodoviária em Portugal. É mais uma medida que imagino esteja inserida no meio de muitas outras. Sou sincero não tive tempo nem me dei ao trabalho de ler o que está a ser alvo de avaliação no PNSR2020.

@paulofski, comentando o conteúdo do artigo que partilhaste, num mundo ideal não seriam necessárias leis que punissem determinados actos porque se todos os pais cumprissem com o seu dever e transmitissem os valores morais correctos aos seus filhos e assim sucessivamente de geração em geração, a sociedade não precisaria de instaurar obrigações e proibições. Mas esse é um mundo ideal que está muito longe da realidade.

A realidade é que todos os anos morre muita gente na estrada devido ao excesso de velocidade e no entanto existem regras que impõem limites. Morre muita gente na estrada devido ao consumo excessivo de álcool apesar de existirem leis que penalizam essa conduta. Etc… Podes-me dizer que isso são exemplos de que as regras e as leis não funcionam porque apesar de existirem o comportamento das pessoas continua a ser irresponsável e que isso não se corrige com leis. E eu estou de acordo com isso! Não é apenas com leis que se impedem ou melhoram determinadas condutas. Mas nem quero imaginar o que seria se as regras e leis não existissem… Se imperasse o livre arbítrio e não houvesse regras e leis que dissuadissem determinados comportamentos.

Agora sendo pragmático, uma vez que estamos a falar de adultos, pergunto-te: a curto prazo de que outra forma é que queres dissuadir as pessoas de agir de forma moralmente reprovável? Isto é pergunta retórica porque não é minha intenção desencadear esta discussão :) Tinha-mos aqui pano para mangas!

Abraço
 

Carolina

Well-Known Member
pensei que já tinha visto de tudo, mas ontem apanhei um tipo a andar de bicicleta no IC19... há gente que não tem mesmo noção
 

Ganfas

Well-Known Member
Bicicleta nunca vi, mas já vi malta a correr, mas correr mesmo treinar, dado que estavam equipados para isso.
 

Carolina

Well-Known Member
devia ir praí a uns 15km/h. ia a trocar de faixa!

tinha daquelas bicicletas de montanha sem suspensão, baratuxas. calças de ganga e camisola. ao menos podia ter a decência de ir visível, com umas faixas ou colecte reflector, mas nem isso.
 

h_orvalho

Active Member
sinceramente não conheço ninguém que dê umas voltas de bicicleta ( estrada ou btt ) que não use capacete .
o mais que vejo é aquele pessoal que vai até "ao café" ou algo do género e não usa, quanto a essas situação acho difícil mudar a mentalidade e a obrigatoriedade só ideia fazer com que se deixe de usar bicicleta
 

Paulofski

Well-Known Member
Como ciclista e automobilista procuro estar em sintonia com todos. Especialmente quando vou ao volante e vejo bicicletas a entrar na minha linha de acção, dou-lhes prioridade, partilho e alargo o espaço. Na maioria das vezes, não julgo o ciclista de qualquer forma. Não porque esteja à procura de algo em particular quando o observo, apenas utilizo a figura e o seu comportamento para formar algum tipo de opinião. Mas como sabemos o hábito não faz o monge.

Como ciclista e automobilista saltam-me as estribeiras quando presencio comportamentos arriscados e inconscientes de indivíduos num selim. Alguns fazem coisas tão bizarras que custa imaginar o que estariam a pensar naquele momento. E não falo de ciclistas inexperientes, nem daqueles que estão na via pública como se estivessem no recreio da escola. Falo dos lunáticos que obstinadamente abusam da sorte. Tome-se, por exemplo, o mau exemplo de um fulano que vi certo dia a pedalar em plena A1/IC1 para o Porto. Para meu espanto apercebo-me de um fulano que pedalava na pista de desaceleração para a saída antes da Ponte da Arrábida. Uma via concedida para tráfego que passa a zunir geralmente acima dos 120km/h, embora o limite de velocidade esteja restrito aos 90km/h, não é propriamente o local ocasional para um maganão com idade para ter juízo estar ali a pedalar. Para ser exacto, o gajo não estava a pedalar ao longo da berma, estava no meio faixa de saída, ao cair da noite sem luzes ou reflectores. Poderia isto ser real? Creio ter esfregado os olhos para crer na veracidade daquela visão mesmo à frente dos meus faróis e arrepiei-me quando o carro que circulava entre nós dá uma guinada para a esquerda. Para meu espanto, total e absoluto, o tipo não foi atingido, esquivando-se para a entrada do parque de estacionamento do shopping! E na cabeça levava uma coisa parecida com um capacete, pasme-ce!

Entretanto fiquei a matutar no que estaria aquele maluco a pensar? E esse é o problema, ele não estava a pensar. De racional o animal não tinha nada, nem parecia consciente do perigo em que se havia metido. Ou estava!? Não observou a sua própria segurança nem a dos restantes. Certamente não apareceu ali sem querer, desde a última entrada na AE, no nó das Devesas, são quase 2km. Teria planeado aquilo como demonstração de chico-espertice, aposta ou qualquer outra forma de loucura, vá se lá saber! Estar sentado em cima de duas rodas, accionadas por um par de pedais, pode parecer algo tão fácil de fazer mas que certamente requer não só prática como noção do que se está a praticar. Apenas pedalar uma bicicleta não se qualifica como ciclista. É preciso ter conhecimento da estrada, valorizar a própria e a segurança de toda a gente. Devemos saber os limites da própria bicicleta. Não é tanto uma questão de dizer às pessoas como ou onde devem pedalar, mas sim um meio de informar que é necessário ter alguma responsabilidade. Queremos que os automobilistas respeitem os ciclistas, que partilhem devidamente a estrada, e para isso devemos dar o nosso exemplo de responsabilidade e de noção onde a bicicleta pode e deve estar.

dscf1346.jpg
 

h_orvalho

Active Member
Casos como esses são excepção, não acredito que isso aconteça regularmente.
Ponho esse caso em pé de igualdade como os carros que entram em contra mão na autoestrada, não tem a ver com comportamento dos ciclistas.
Quem faz isso não faz a mínima ideia do que está a fazer , seja a pé de bike , carro, mota, etc
 

pratoni

Well-Known Member
Casos como esses são excepção, não acredito que isso aconteça regularmente.
Ponho esse caso em pé de igualdade como os carros que entram em contra mão na autoestrada, não tem a ver com comportamento dos ciclistas.
Quem faz isso não faz a mínima ideia do que está a fazer , seja a pé de bike , carro, mota, etc

Tiraste-me exactamente as palavras do teclado...
 

albertosemcontador

Well-Known Member
Como ciclista e automobilista procuro estar em sintonia com todos. Especialmente quando vou ao volante e vejo bicicletas a entrar na minha linha de acção, dou-lhes prioridade, partilho e alargo o espaço. Na maioria das vezes, não julgo o ciclista de qualquer forma. Não porque esteja à procura de algo em particular quando o observo, apenas utilizo a figura e o seu comportamento para formar algum tipo de opinião. Mas como sabemos o hábito não faz o monge.

Como ciclista e automobilista saltam-me as estribeiras quando presencio comportamentos arriscados e inconscientes de indivíduos num selim. Alguns fazem coisas tão bizarras que custa imaginar o que estariam a pensar naquele momento. E não falo de ciclistas inexperientes, nem daqueles que estão na via pública como se estivessem no recreio da escola. Falo dos lunáticos que obstinadamente abusam da sorte. Tome-se, por exemplo, o mau exemplo de um fulano que vi certo dia a pedalar em plena A1/IC1 para o Porto. Para meu espanto apercebo-me de um fulano que pedalava na pista de desaceleração para a saída antes da Ponte da Arrábida. Uma via concedida para tráfego que passa a zunir geralmente acima dos 120km/h, embora o limite de velocidade esteja restrito aos 90km/h, não é propriamente o local ocasional para um maganão com idade para ter juízo estar ali a pedalar. Para ser exacto, o gajo não estava a pedalar ao longo da berma, estava no meio faixa de saída, ao cair da noite sem luzes ou reflectores. Poderia isto ser real? Creio ter esfregado os olhos para crer na veracidade daquela visão mesmo à frente dos meus faróis e arrepiei-me quando o carro que circulava entre nós dá uma guinada para a esquerda. Para meu espanto, total e absoluto, o tipo não foi atingido, esquivando-se para a entrada do parque de estacionamento do shopping! E na cabeça levava uma coisa parecida com um capacete, pasme-ce!

Entretanto fiquei a matutar no que estaria aquele maluco a pensar? E esse é o problema, ele não estava a pensar. De racional o animal não tinha nada, nem parecia consciente do perigo em que se havia metido. Ou estava!? Não observou a sua própria segurança nem a dos restantes. Certamente não apareceu ali sem querer, desde a última entrada na AE, no nó das Devesas, são quase 2km. Teria planeado aquilo como demonstração de chico-espertice, aposta ou qualquer outra forma de loucura, vá se lá saber! Estar sentado em cima de duas rodas, accionadas por um par de pedais, pode parecer algo tão fácil de fazer mas que certamente requer não só prática como noção do que se está a praticar. Apenas pedalar uma bicicleta não se qualifica como ciclista. É preciso ter conhecimento da estrada, valorizar a própria e a segurança de toda a gente. Devemos saber os limites da própria bicicleta. Não é tanto uma questão de dizer às pessoas como ou onde devem pedalar, mas sim um meio de informar que é necessário ter alguma responsabilidade. Queremos que os automobilistas respeitem os ciclistas, que partilhem devidamente a estrada, e para isso devemos dar o nosso exemplo de responsabilidade e de noção onde a bicicleta pode e deve estar.

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Tem matrícula!!! Lol...

Grande abraço...
 

fernandes_85

Well-Known Member
https://www.vercapas.com/capa/visao.html

é contra esta mentalidade de m*rda que temos de lutar. Uma revista dita de referência faz a capa com a paródia das infrações de transito, a "caça à multa", ensina os "esquemas" para não pagar multas, diz onde estão os radares para que fora deles se possa andar à velocidade que bem apetecer. Fazendo o paralelismo é como 1 jornal/revista fazer uma capa com "conheça as melhores casa para assaltar", como não ser apanhado pela polícia, e sendo apanhado o que fazer para evitar ficar detido.

Sabiam que Portugal é dos paises da europa (comparativamente) que menos multas tem...a impunidade reina...mas a mensagem que fica é coitadinhos dos condutores que estão a ser perseguidos...
 

fernandes_85

Well-Known Member
O que eu em posts anteriores chamei de PNSR (Plano Nacional de Segurança Rodoviária) afinal chama-se PENSE 2020 (PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA)., Partilho convosco o Plano de Ação do mesmo elaborado pela ANSR relativamente a utilizadores de velocipedes para que possam tirar as vossas conclusões:

Objetivo Estratégico: Utilizadores mais seguros

Objetivo Operaciona: Melhorar a proteção dos utilizadores vulneráveis

Ação: Plano nacional de proteção aos utilizadores de velocipedes

Medidas:
1. Elaborar estudo de caraterização de acidentes com utilizadores de velocipedes
2. Desenvolver campanha nacional dirigida aos utilizadores de velocipedes alertando para os comportamentos de risco, incluindo a não utilização de equipmanetos de proteção, e dirigida aos condutores de veiculos com enfoque na interação com os utilizadores de velocipedes
3. Estudar a obrigatoriedade de utilização de capacete
4. Garantir o cumprimento das regras de transito pelos utilizadores de velocipedes através de medidas de fiscalização dirigidas para os comportamentos de alto risco como desrespeito da sinalização semafórica e não utilização de iluminação

É isto o que as entidades responsáveis propõem para "melhorar a segurança" dos coclistas...
Fonte ANSR pg.76 http://www.ansr.pt/SegurancaRodoviaria/PlanosdeSegurancaRodoviaria/Documents/PENSE ANSR 2020.pdf
 

Martins

Well-Known Member
Ontem um colega em Braga teve a infelicidade de estar na hora errada no sitio errado.

Teve ferimentos graves, mas ao que parece irá recuperar.

A imagem da bike destruída e do carro batido mostram a violencia do embate

ng8350722.JPG


Sou só eu que acho que este quadro partiu em demasiados sítios?

ng8350724.JPG


As rápidas melhoras ao colega do pedal

Abraço
 
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