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O meu lado B

Skyforger

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Ricardito, isto de passar no meu quintal sem pedir autorização dá direito a multa!

Sem duvida a estrada entre a Marinha Grande e S. Pedro de Moel, denominada "canto do ribeiro", é algo esplendoroso nesta altura do ano, com os raios de sol a furarem por entre as arvores.

Ainda bem que gostaste desta zona.

É verdade Armando, é um verdadeiro tesouro escondido e uma envolvente totalmente à parte da paisagem que predomina e caracteriza o pinhal de Leiria. De uma extensão a perder de vista de pinhal geometricamente organizado em quadrículas e estendido por dezenas de quilómetros, entramos nesse refúgio com árvores de grande porte que mal deixam entrar os raios de sol, com curvas feitas num ligeiro ondulado do terreno e com aquele curso de água sempre a acompanhar-nos...Vale realmente a pena. Já por lá tinha passado de carro, mas de bicicleta tem ainda mais encanto! Só por esta meia dúzia de kms já valeu a pena enfrentar aquelas longas e aborrecidas rectas de São Pedro para a Vieira e ao longo da Mata Nacional do Urso até casa. :)

E quando é que o comboio da Marinha Grande volta a fazer uma investida para norte? Tenho de dar uso ao apeadeiro do Carriço.. ;)
 

Skyforger

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03-04-2015: De casa até casa


Há já algum tempo que andava a matutar na ideia de ligar de bicicleta a terra onde vivo actualmente à terra onde nasci, cresci e onde tenho as minhas raízes. Aproveitando que iria por lá passar alguns dias pela Páscoa, os astros alinharam-se para que passasse das ideias aos factos e me fizesse ao caminho.

Esta volta serviria também para desenferrujar o esqueleto, trabalhar a mente e afinar a máquina no que diz respeito a voltas a solo mais longas. Foram cerca 130 km, uma brincadeira de crianças ou uma voltinha ao quarteirão para alguns, mas uma verdadeira vitória para mim, tendo em conta que a frequência com que tenho ultrapassado os três dígitos nos últimos tempos tem sido escassa. Mas gosto de pensar que privilegio a qualidade à quantidade...nem que seja para alimentar o ânimo..:)

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Para além do teste às capacidades da máquina e, principalmente, do homem, esta viagem serviu também para pôr em prática uma certa alteração de paradigma nisto do pedalar sozinho e para longe. Livre de constrangimentos horários, tentei abstrair-me por completo de tudo o que envolvesse médias, acumulados, velocidades, cadências e afins. Procurei pôr em prática a tal pedalada económica de quem vai para longe de que tanto ouço falar, mas que as voltas mas curtas e limitadas por outros compromissos não permitem. E não só procurei fazê-lo como o consegui! E soube pela vida...

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Quanto à viagem propriamente dita, e uma vez que o objectivo era o de ligar um ponto ao outro, sem grandes atractivos cénicos ou desafios épicos, não foi muito prolifera em imagens, mas será fértil em memórias a outros níveis. O trajecto desenvolveu-se por Pombal, pelas entranhas do espaço geográfico que medeia esta cidade e Fátima (Colmeias, Grinde, Caranguejeira e afins), pela passagem por uma Fátima bastante movimentada em alturas de festividades religiosas (por curiosidade, que enxame de ciclistas era aquele vindo de sul? Foram largas dezenas que se cruzaram comigo...), pela descida do Pafarrão e pelo espraiar pelo ligeiro ondulado que atravessa Torres Novas, Entroncamento, Vila Nova da Barquinha, Tancos, Constância e mais uns pózinhos até chegar ao meu destino, o Tramagal.

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O primeiro objectivo era cumprir a ligação entre estes dois pontos sem dramas e sem azares: Cumprido!

O segundo objectivo, como já disse, seria aferir como as máquinas iriam comportar-se. A de aço e a de carne e osso!

Quanto à de aço, nada a apontar. Uma fluidez impressionante, um conforto bastante aceitável e um cardápio de novas sensações que vou experimentando a cada volta neste nobre material. As Zonda vieram tornar as subidas ligeiramente mais fáceis, mas também vieram dar um incremento de rigidez em pavimentos mais degradados...mas nada de preocupante. Conclui que preciso de algo que me permita transportar mais carga (além da simples e minúscula bolsa de selim e dos bolsos do jersey), principalmente quando os números se alargarem, em distância e em tempo. Conclui também que o selim que tanto me agrada em voltas até 3 horas, o Toupe, talvez não seja a escolha ideal para voltas mais longas. Nunca senti um desconforto insuportável, mas o rabo ressentiu-se nos dois dias seguintes. A rever.

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Quanto à outra máquina, o corpo, essa anda um pouco mais desafinada, mas a capacidade de conhecer bem os sinais de alerta e de os trabalhar convenientemente ajuda a que, mesmo longe da forma desejável, as dificuldades se ultrapassem. Basicamente tentei seguir sempre num ritmo confortável, sem nunca esforçar minimamente e tirando o pé do acelerador sempre que sentia que estava a ir além do que devia. E o que é certo é que cãibras nem vê-las (normalmente sou um mártir neste campo), quebras físicas e anímicas também andaram ao largo e os kms e as horas passaram-se com relativa tranquilidade.

Venham mais como esta...

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duchene

Well-Known Member
Molto Bene Ricardo!

Já começas a esticar as pernas à Colnago e de certezinha que ela está a gostar!

O selim é a velha questão, mais que discutida. Poderá até ser uma questão de habituação nesse registo de mais horas. Nada como voltares a tentar! Se não resultar, lá terás de entrar no penoso ($$) processo de experimentar alternativas.

A capacidade de carga, depende. Já falamos sobre isso, e dos respectivos prós e contras. Entretanto acrescento que se o problema é volume, e precisares de guardar sobretudo camadas de roupa, a solução que pensaste pode até resultar relativamente bem, desde que tenhas um outro saco interior para agrupar as vestimentas. Assim quando precisares de ir ao fundo do saco buscar o carregador do GPS não espalhas os manguitos, pernitos, casaco e luvas no passeio... :D

Quanto à pedalada económica: Ela não significa necessariamente uma exasperante lentidão. Significa sobretudo regularidade e disciplina, o que permite não desgastar o corpo ao longo das muitas horas que as jornadas longas implicam. Aliás, até os atletas Pro Tour são especialistas em pedalada económica, e no caso a um ritmo bem alto!

Pedalar a solo tem o condão de permitir que possamos encontrar o nosso ponto caramelo. Não é fácil, mas com umas boas horas de selim as coisas começam a fluir. Depois... é como diz o nosso companheiro Gilberto: "Alimentado e confortável, pedalo para sempre!".

Dito isto, espero que os dias mais longos apadrinhem mais voltas destas!

Abraço!
 

desmo13

New Member
Se fosses de perto, convidava-te e testar o meu Brooks C15 Cambium, eu também uso Specialized nas duas BMC (estrada e BTT), mas desde que meti o Brooks na Arkose... fiquei rendido, e que se lixe o peso extra!
 

Armando

New Member
Boa Ricardito! Mas não havias de ter ido passar o FDS. Devias ter ido só almoçar e voltar. :mad::mad::mad::mad:

Assim ja poderias imaginar o que são as voltas (curtas) do André. :confused::confused:;);););););)
 

Skyforger

Active Member
André, os dias maiores convidam a isto mesmo e os objectivos e as ideias também vão palpitando e apontando noutros sentidos. Pois, eu até já tinha defendido e aconselhado o Romin (e não Toupe, que referi por lapso no post anterior) como sendo o selim com que me dei melhor até hoje (e já experimentei muitos). Continuo a achá-lo, principalmente em voltas até 3 horas. No entanto, em voltas maiores noto algum desconforto proveniente da sua rigidez e do seu minimalismo. Não causa grande desconforto durante a pedalada, só se for pelo facto de não permitir grandes variações de posição. O desconforto nota-se mais após a viagem. Vou continuar a apostar nele e ver se o considero realmente capaz para este registo de mais horas. Se concluir que não é, de todo, o selim indicado, lá recomeça o processo de procura de um substituto, embora já tenha mais ou menos uma ideia daquilo que gostaria de experimentar.

Quanto à capacidade de carga, esta volta ainda foi relativamente curta, pelo menos não senti grande necessidade de levar mais peças de vestuário e os alimentos iam nos bolsos, juntamente com telemóvel e máquina fotográfica. Escusado será dizer que iam cheios. Igualmente a rebentar pelas costuras ia a bolsa de selim apenas com alguma ferramenta, bomba e câmara de ar. Se quisesse levar um impermeável, uns manguitos, mais algum alimento ou o que quer que fosse já não tinha capacidade. Como pretendo fazer algumas aventuras de mais horas, irei sentir necessidade de mais capacidade de carga. A bolsa de selim da Bashô parece-me a opção que melhor encaixará nesta bicicleta e no conceito que pretendo. Há, de facto, esse pormenor de ter de a esvaziar quando pretendo alcançar o que está no fundo, mas, por outro lado, é uma bolsa versátil que pode encolher ou esticar mediante o que queremos transportar. Está em estudo. Entretanto descobri que tenho por aqui uma vizinha talentosa que faz umas malas de selim, alforges e afins muito engraçadas e exclusivas. Ainda ando a ponderar sobre a melhor opção.

Quanto à pedalada económica, até é um termo que li algures nos teus textos e que tenho encontrado recorrentemente na informação que vou devorando sobre esta coisa de pedalar para longe, do conceito randonneur, etc... Confesso que, apesar de mentalmente o meu paradigma ter vindo a mudar ao longo dos últimos anos, fisicamente ainda estava formatado para levar o corpo aos limites. Há já algum tempo que deixei de usar pulsómetro, o que foi um passo importantíssimo para aprender a guiar-me apenas pelos sinais do corpo. Mas tem sido difícil perder o hábito de dar o litro em cada subida ou de ir aos limites numa recta, mesmo sabendo que ainda tenho kms pela frente....depois acabo por pagar caro com alguma frequência. Tenho vindo a fazer um esforço consciente de não forçar o corpo e de tirar o pé do acelerador quando este dá sinal de alerta. Uma vez que esta seria uma volta mais longa do que o habitual para mim, esforcei-me por aplicar esta máxima de deixar as coisas fluirem através da tal regularidade e disciplina, até encontrar o tal ponto de caramelo e pondo em prática aquilo que tenho vindo a aprender contigo e com outros de espírito semelhante.

Posso afirmar que encontrei o meu ritmo de forma muito natural e que, resultado disso, nunca senti que estava a levar o corpo ao limite, sendo que a prova disso mesmo é que cheguei ao destino com a sensação de que tinha muito mais para dar, muito mais fresco do que em algumas voltas recentes de 70 ou 80 kms ao final das quais cheguei de rastos. E lá está, nunca senti que estava a entrar numa exasperante lentidão...aliás, em termos de velocidade média não fugi ao que é normal para mim, a grande diferença é que doseei melhor o esforço e mantive a velocidade constante, em vez de fazer os primeiros 80 kms a abrir e os restantes 30 ou 40 a arrastar-me em agonia.

Fernando, gosto muito desse C15 Cambium, principalmente por ser mais discreto e minimalista, mas tem a limitação de não ser passível de moldar à nossa anatomia, ao contrário dos selins em couro. Ainda assim, faz parte da minha shortlist. Aliás, posso dizer-te que, a trocar o Romin, será por algo dentro dos Brooks, Berthoud ou semelhante. Já tive a minha dose de Selle Italia, Prologo, San Marco, Fizik, e afins e só mesmo os Specialized me convenceram. Daqui só mesmo para um conceito totalmente diferente, pese embora um Brooks em couro não seja o selim que melhor encaixará esteticamente na Colnago, mas isso e as gramas é o que menos me preocupa.

Armando, daí eu ter referido que aquilo que para mim foi uma grande viagem, para alguns será uma volta ao bairro....o André insere-se obviamente nesse lote :) Mas olha que também não podes falar muito, pois o meu moral ficou logo resfriado quando entro aqui e vejo que a vossa voltinha pascal foi um passeiozito de 140 kms..:rolleyes:
 

desmo13

New Member
Estás enganado em relação ao Cambium, ele molda-se cada vez que te sentas nele!
Eu já fiz o teste, de por as mãos por baixo quando me sento, e ele "deforma-se" nos pontos de maior pressão!
Não sei se vai continuar a ser assim daqui a 10 anos, mas para já...
 

Skyforger

Active Member
08-05-2015: pedalar porque sim...

Uma bicicleta, uma estrada, rectas intermináveis, uma lagoa, um panado duvidoso, aldeias que não constam do mapa, uma aprendizagem, 140 kms e uma grande dor de pernas....tá feito!

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Adamastor

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Eu estou a montar uma "nova" bike (em aço claro) e comprei um Cambium C15 e já fiz uns quantos quilometros e nada apontar, tem o conforto desejado e possivel num selim de estrada e o look que procurava, andei a ver dezenas de selins e praticamente nenhum me consegue convencer(esteticamente), pelo menos para o projecto em questão.

Skyforger quem vejo muito por esses lados é o Noca ;)

Parece que partilhamos o mesmo gosto por bikes de aço, bela bike essa ;)
 

Marcos200

Member
Olá Skyforger,

Essa bicicleta é uma obra de arte Linda e muito funcional. De certa forma sinto que faço (um pouquinho muito pequenino) parte desta Volta , ja que a Kuota e seu dono ja la estiveram tambem :). Quanto ao achares que os Brooks nao encaixam muito nessa tua companheira ... Permite que discorde de ti neste pronto, pois eu sou da opiniao que o Brooks B15 Swallow Chrome ficava ai muito bem ;). Eu ja tive um B17 numa outra montagem a uns anos, e só posso dizer maravilhas do mesmo após a passagem pelo processo de Break in.

Boas voltas meu caro, e obrigado pela partilha.


Abraço
 

desmo13

New Member
Foste ao "Banco do Noca Ramos"... Essa é uma das imagens que mais tenho visto nos últimos tempos, sempre com bikes diferentes!
 

Armando

New Member
Ricardito, estás a esticar-te na quilometragem!

Boas fotos.

Ha, essa das dores nas pernas eu não acredito!
 

Skyforger

Active Member
Adamastor, eu gosto mesmo é de bicicletas, sejam de aço, de alumínio, de carbono, de titânio ou de pau de marmeleiro :) Mas sim, sinto um apelo especial por geometrias mais tradicionais, por materiais menos convencionais e por algo que fuja um pouco às regras instaladas...não só nas bicicletas. Não queres revelar mais pormenores da montagem que estás a fazer?

Quanto ao Cambium C15, é um dos que está na shortlist mas tenho algum receio de avançar para a compra do mesmo sem conseguir experimentar. Mas nesta bicicleta, e dentro dos selins Brooks, será dos que encaixará melhor...mas mais importante do que encaixar com a bicicleta é encaixar comigo :)

Marco, a bicicleta é aquilo que se pretenda fazer dela...dentro de alguma racionalidade, obviamente! Tanto se transforma numa bicicleta funcional e confortável para uma viagem mais longa e descontraída, como se adapta a uma hora com a pulsação no máximo e a faca nos dentes. Haja pernas e vontade!

Quanto ao selim, dentro dos B17 os Swallow é, claramente, a opção para esta bicicleta. O preço assusta-me um pouco, mas.....a ver vamos. Para já ainda quero aferir melhor a capacidade do Romin para voltas mais longas e duradouras. Nesta volta em concreto não senti desconforto em cima do selim, mas senti fora dele, após a volta...mas estou em crer que o problema está mais nos calções (com carneira demasiado espessa) do que no selim...ainda vou dar-lhe mais umas hipóteses e logo vejo se vale a pena mudar.

É verdade, as imagens da tua Kuota naquele mesmo local acabaram por ajudar a espicaçar a minha vontade de ir até lá. Valeu a pena, sim senhor! Bonito e tranquilo local, um pequeno paraíso encaixado numa zona por onde já tenho passado várias vezes de automóvel mas nunca me dei conta da sua existência. Lá está uma das vantagens da bicicleta, as viagens e os locais por onde passamos ganham outro sentido e são assimilados de outra forma.

Fernando, exactamente, é o famoso banco do Noca Ramos. Achei piada ao desafio que ele lançou via FB, o local suscitou a minha curiosidade e conclui que, apesar de não estar muito longe, nunca tinha ido para os lados de Mira de bicicleta. Talvez porque tenho uma certa aversão à N109, talvez porque a monotonia das rectas não me seduz, ou talvez porque nunca se proporcionou, mas esta história do banco acabou por ser um incentivo a pedalar para aqueles lados. Para ser sincero, não morri de amores nem guardo saudadas de lá voltar...não pela Lagoa de Mira (essa vale a pena visitar), mas sim pela penosa e perigosa N109. No regresso, optei por desbravar caminho pela Gândara dentro, serpenteando aldeotas e estradas ultra-secundárias, o que tornou tudo muito mais agradável, pelo menos até à Figueira da Foz.

Armando, aos poucos vou esticando o motor, mas sempre em modo de poupança de energia para não falhar a meio da viagem. Entretanto a ver se me junto um destes dias ao pelotão da MG...mesmo correndo o risco de queimar a junta da cabeça :)
 

duchene

Well-Known Member
Ricardo, conta coisas da tua bagagem! Que extras te sentiste tentado a levar, agora que há espaço extra? E que tal é levar as costas libertas? :D

De facto o Bashô encaixou ali muito bem e não fossem os espaçadores pretos a destoar, a Colnago ficava mesmo, mesmo, mesmo no ponto. Queres que te mande uma embalagem de limpa fornos? :cool:

Paisagens bonitas, a Lagoa de Mira a fazer mais uma vez sucesso e aquela estrada estreitinha na margem a convidar a umas pedaladas contemplativas e a muitas fotografias!

Foi certamente um dia bem passado! Venham mais!

Um abraço!


PS: Ainda te devo um email, mas vou tratar disso ASAP.
 

Skyforger

Active Member
Caro André, tenho em mente deixar um feedback à primeira experiência com o Bashô (ontem já tive outra) no tópico da Colnago, pois foi lá que dei conta da aquisição do mesmo, logo fará mais sentido. Talvez ainda hoje o consiga fazer.

Mas, de uma forma muito resumida, gostei da sensação de não ter grandes limites ao que pretendo levar de casa ou recolher pelo caminho.

Quanto aos espaçadores pretos, admito que tem sido mesmo a preguiça a impedir-me de pôr o limpa fornos à prova. A pedido de várias famílias, e também para alcançar a desejada uniformização do conjunto, tenho de tratar disso em breve.

Aquela estrada estreitinha a que te referes é a ciclovia que circunda a Lagoa e que se estende até à praia. Fiz apenas um pequeno troço da mesma, até porque iria afastar-me da rota planeada, pelo que não posso comentar muito mais, mas pareceu-me um excelente percurso para pedalar de forma serena e descontraída. Não tirei muitas mais fotografias porque o corpo e a mente estavam a implorar por ir à procura de almoço rapidamente, sob pena de hipotecar o resto da volta. Tinha em mente almoçar na própria Lagoa, mas não vi por lá nenhum estabelecimento aberto, pelo que acabei por fazê-lo num café de beira de estrada algo duvidoso à saída de Mira...
 

Skyforger

Active Member
23-05-2015: Em busca de rebuçados...

E rebuçados porquê? Não, não daqueles que nos adoçam a boca e nos fazem mal aos dentes. Andei mais em busca daqueles que nos fazem cerrar os dentes e adoçam a mente! Sem delinear grande coisa, como de resto é meu apanágio, saí sem destino nem objectivo definido, tendo apenas em mente procurar evitar ao máximo estradas que me sejam demasiado familiares e aproveitar da melhor maneira algumas horas num fantástico dia para fazer uma das coisas que mais prazer me dá.

Naturalmente encaminhei-me para onde as coisas sobem de uma forma mais evidente aqui nas redondezas, a inevitável Sicó, sem antes descobrir umas quantas rampas escondidas no serpentear de estradas e estradinhas até lá chegar. Uma vez na serra, ascendi por um lado por onde nunca o tinha feito e descobri mais uns sádicos momentos de prazer por caminhos algo insuspeitos. Chegado à já familiar Estrada de Anços tinha em mente levar a Colnago pela primeira vez ao Calvário, a subida de referência cá da zona, mas o relógio impunha compromissos que me fizeram adiar essa mesma estreia. Em breve lá voltarei. Chegado a Pombal, cidade onde trabalho diariamente mas que, como acontece com muitos de nós em relação ao que nos está mais perto, nunca dispensei muito tempo a explorar. Como o chip estava numa de penar por curtas mas inclinadas subidas, o castelo de Pombal, que se ergue sobranceiro à cidade, lançou-me o seu apelo e lá fui redescobrir uma inspiradora paisagem e alguns acolhedores recantos. Voltinha feita à base de muito improviso e guiada pelo instinto.

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Já agora, um pormenor curioso num café de beira de estrada perdido numa aldeota...:)

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albertosemcontador

Well-Known Member
Muito bem Ricardo... Lindas fotos e o tio Ernesto cada vez mais orgulhoso da sua ja antiga mas nunca velha criacao... :)

Ja agora essa Pastelaria Ladeira, parece-me uma boa ideia para uma paragem para um Cafe Mambo,um Pao quente recheado com uma charcutaria qualquer e claro como nao podia faltar para acompanhar um suminho bem fresquinho de Wireless!!! :eek:

Grande abraco...
 

M1962

New Member
Parabéns,a terceira fotografia da Colnago (clássica) com o castelo em segundo plano está suprema.
 

pratoni

Well-Known Member
Assim é que deveriam ser todas as nossas voltas, improviso, descoberta e prazer (mesmo que no modo masoquista)...

Muito bom, boas fotos e os espaçadores de novo a saltarem à vista... LOLOLOLOL
 
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