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Bike-fit

joseruivo

Well-Known Member
eu já adquiri a bicicleta há um mês uma vez que a pessoa que andava com ela era apenas um pouco mais baixa que eu e rolava sem desconfortos.

É muito cedo para pensar se tens de comprar uma mais pequena ou não, não te assustes. Vai lá fazer o bike fit primeiro, ou então vai dando mais informações, logo se verá. Experimenta por aí umas fotos da bike, contigo e "semtigo" em cima.
 
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joseruivo

Well-Known Member
eu já adquiri a bicicleta há um mês uma vez que a pessoa que andava com ela era apenas um pouco mais baixa que eu e rolava sem desconfortos.

Fatores como o nível de treino, o peso e a flexibilidade de cada um podem fazer uma grande diferença.
 

Jorge Salgueiro

Well-Known Member
Se quiseres um pouco mais de confusão vê este post:
http://www.forumciclismo.net/index.php?threads/tamanho-da-bicicleta.17218/

Mas como é dito nesse threat, deves fazer um bom bike fit. Eu tenho um amigo com a tua altura e uma bike com ETT 56 (mas provavelmente com outras dimensões diferentes - pernas braços) que fez um bike fit com retul e mudaram-lhe o guiador por forma a ficar mais curta a bike... ou seja era apenas uma pequena diferença. Mas depende muito da geometria da bicha, das proporções do teu corpo, da tua flexibilidade...
 

Matz

Active Member
Reduzir uma situação tão complexa como a Biomecânica do ciclista a variáveis como altura do mesmo ou top tube da bicicleta, não tem qualquer validade.

Se pegarmos em 10 pessoas com 1,83m, todas terão pernas, troncos e braços diferentes. Muitas vezes com 2, 3 ou 4cm de diferença! De forma simplista, uns poderão andar com avanços de 100 e outros de 140... Um bocado diferente, não?

Dói a lombar então está esticado! Porquê? Também dói se estiver encolhido, e se o selim for inadequado e originar rotação posterior da pélvis, ou mesmo se a pessoa não tiver flexibilidade ou for novato na modalidade.

Os ombros doem, porque o guiador está baixo! Porquê? Também dói se estiver alto, afastado ou perto de mais. Mais uma vez, quais as características do ciclista? Peso, flexibilidade, capacidade do tronco (core)?

De todos os comentários, os únicos que realmente ajudaram foram as recomendações de fazer um bom Bikefit (especial atenção para a palavra "bom"). Tudo o resto são exercícios de pura adivinhação, que reduzem algo bastante complexo a algo muito simples ou banal, confundindo as pessoas que não têm qualquer conhecimento sobre o assunto.

É quase como se alguém se vier queixar de uma dor no joelho... Uns vão dizer mete gelo, outros toma Paracetamol e outro toma Brufen! Todos vão dar a sua opinião, quando o que a pessoa precisará é mesmo uma consulta num especialista e exames adequados à sua lesão.

Em caso de problemas na posição na bicicleta, façam sempre um Bikefit digno desse nome... E de preferência sempre antes de se comprar uma bicicleta! Assim têm a certeza de que estão a comprar algo indicado para vocês e até fica mais barato, pois não vão ser precisas trocas de componentes se algo estiver mal... ;)

"just my 2 cents... "
 

bogas

Well-Known Member
Reduzir uma situação tão complexa como a Biomecânica do ciclista a variáveis como altura do mesmo ou top tube da bicicleta, não tem qualquer validade.

Se pegarmos em 10 pessoas com 1,83m, todas terão pernas, troncos e braços diferentes. Muitas vezes com 2, 3 ou 4cm de diferença! De forma simplista, uns poderão andar com avanços de 100 e outros de 140... Um bocado diferente, não?

Dói a lombar então está esticado! Porquê? Também dói se estiver encolhido, e se o selim for inadequado e originar rotação posterior da pélvis, ou mesmo se a pessoa não tiver flexibilidade ou for novato na modalidade.

Os ombros doem, porque o guiador está baixo! Porquê? Também dói se estiver alto, afastado ou perto de mais. Mais uma vez, quais as características do ciclista? Peso, flexibilidade, capacidade do tronco (core)?

De todos os comentários, os únicos que realmente ajudaram foram as recomendações de fazer um bom Bikefit (especial atenção para a palavra "bom"). Tudo o resto são exercícios de pura adivinhação, que reduzem algo bastante complexo a algo muito simples ou banal, confundindo as pessoas que não têm qualquer conhecimento sobre o assunto.

É quase como se alguém se vier queixar de uma dor no joelho... Uns vão dizer mete gelo, outros toma Paracetamol e outro toma Brufen! Todos vão dar a sua opinião, quando o que a pessoa precisará é mesmo uma consulta num especialista e exames adequados à sua lesão.

Em caso de problemas na posição na bicicleta, façam sempre um Bikefit digno desse nome... E de preferência sempre antes de se comprar uma bicicleta! Assim têm a certeza de que estão a comprar algo indicado para vocês e até fica mais barato, pois não vão ser precisas trocas de componentes se algo estiver mal... ;)

"just my 2 cents... "
E tu és quem?
Percebes da poda?
Escrever bem já percebemos que sabes...
 

Matz

Active Member
"Podas" à parte, sou alguém que sabe o suficiente para afirmar que recomendar quadros baseados em alturas ou top tubes não tem sentido. E já expliquei porquê.

São tantos os factores e variáveis na equação, que fazer disto algo muito simples ao ponto de se dizer que deve comprar isto ou aquilo, atrás de um computador, sem fazer a mínima ideia da pessoa que está do outro lado... É no mínimo ser-se leviano.
 

NULL

Moderador
Staff member
@Matz, tendo em consideração que muitos dos bikefits que são feitos atualmente têm por base Software, exemplos disso é o Retul, Guru, Velosystem, entre outros, acaba por reduzir significativamente a intervenção dos técnicos, concordas?

Tendo isso como certo, que marca recomendas para bikebit?
 

bogas

Well-Known Member
"Podas" à parte, sou alguém que sabe o suficiente para afirmar que recomendar quadros baseados em alturas ou top tubes não tem sentido. E já expliquei porquê.

São tantos os factores e variáveis na equação, que fazer disto algo muito simples ao ponto de se dizer que deve comprar isto ou aquilo, atrás de um computador, sem fazer a mínima ideia da pessoa que está do outro lado... É no mínimo ser-se leviano.
Perguntei quem eras porque chegas cá e mandas esta bela posta de pescada para o assunto e nem te apresentas ao pessoal.
 

Matz

Active Member
Bogas, sem dúvida e as minhas desculpas. Não sou pessoa de fóruns e só me registei precisamente por causa deste tópico, após perceber que há aqui muita confusão...

Null, começando pelos sistemas, actualmente temos no nosso país Retul, Bikefitting.com e STT. Qual recomendava? Nenhum. Porquê?

É péssima política tomar uma decisão baseada numa ferramenta. Numa analogia simples, toda a gente sabe comprar uma rebarbadora, mas nem todos a sabem usar ;)

Apesar dos sistemas de captação de imagem serem um enorme salto tecnológico na área do Bikefit, pois passámos de algo estático para dinâmico, não concordo que retire importância ao técnico. Em alguns casos até penso que aumenta, como na colocação dos sensores. Se estiverem mal, todos os dados fornecidos pelo software vão ser incorrectos... Entre outras coisas.
 

vhugocosta

Well-Known Member
Bogas, sem dúvida e as minhas desculpas. Não sou pessoa de fóruns e só me registei precisamente por causa deste tópico, após perceber que há aqui muita confusão...

Null, começando pelos sistemas, actualmente temos no nosso país Retul, Bikefitting.com e STT. Qual recomendava? Nenhum. Porquê?

É péssima política tomar uma decisão baseada numa ferramenta. Numa analogia simples, toda a gente sabe comprar uma rebarbadora, mas nem todos a sabem usar ;)

Apesar dos sistemas de captação de imagem serem um enorme salto tecnológico na área do Bikefit, pois passámos de algo estático para dinâmico, não concordo que retire importância ao técnico. Em alguns casos até penso que aumenta, como na colocação dos sensores. Se estiverem mal, todos os dados fornecidos pelo software vão ser incorrectos... Entre outras coisas.

Sobre este assunto já muito foi discutido, e partilho quase integralmente da tua opinião, excepto no caso das ferramentas, na seguinte perspectiva:

Como cliente/utilizador já tive oportunidade/necessidade de recorrer aos serviços de um bike-fitter (várias vezes), e cheguei a conclusão que a "ferramenta" serve essencialmente para duas coisas, (1) recolha de dados/parâmetros e posteriormente (2) verificação e/ou validação. Nada (que eu saiba) substitui a análise/diagnóstico que o "fitter" nos faz, seja pelo tato, pela observação como pelo diálogo cliente-fitter no campo das pretensões, hábitos, etc...porém cheguei a conclusão que as ferramentas não são todas iguais, principalmente no ponto 2 referente a verificação e/ou validação. Neste ponto os sistemas que se baseiam num simulador preferencialmente automático são uma mais valia tanto para o "fitter" como para o cliente. Aquela paragem necessária para aplicar este ou aquele ajuste "mata-me"!!!! Eu costumo criar um paralelismo com os oftomologistas, e neste campo volto a não falar como profissional mas como cliente "muito sensível" desde a muitos anos. Imagina efetuares um teste em que para testar uma graduação e/ou rotação da lente tivessee que tirar os óculos e mudar as lentes ao invés de simplesmente aplicar a alteração naqueles óculos especiais?? Percebes onde quero chegar?? Daí eu achar que os sistemas que usam por base um simulador são bem mais interessantes, pois permitem testar na mesma sessão de forma contínua todos os ajustes, até porque convém não esquecer que o "fitter" pode saber muito, ser o melhor, mas o cliente e que sente..

Concluindo, eu recomendaria - e volto a insistir - partindo do princípio que o operador da ferramenta é um profissional qualificado, um sistema de simulador, preferencialmente automático!! Contudo, não troco um bom "fitter" por uma boa ferramenta.

Antecipando possíveis polémicas em relação a minha última afirmação e tendo em conta o panorama nacional ao nível de oferta de serviços no campo dos bike-fits, não estou (de todo) a comparar e/ou julgar competências e profissionalismo de quem quer que seja, serviu apenas para reforçar MINHA visão sobre o assunto como utilizador/cliente.
 

Matz

Active Member
Excelente análise!

Mas eu diria ainda mais. Mais importante que a questão da "quebra", é efectivamente a possibilidade de testar tudo e mais alguma coisa em termos de dimensões de componentes.

Estamos habituados a ver Bikefits nas bicicletas das pessoas, pelo que achamos que é o normal e o mais indicado. Mas não é. Porquê? Porque se fizermos o bikefit na bicicleta do cliente, estamos desde logo a assumir que a bicicleta é a ideal é que só vamos fazer pequenos ajustes... E se não for?

Para quem usa o sistema Retul, é frequente vermos o avanço ajustável da marca... Mas e o espigão? Como testamos se precisa de um com ou sem recuo, e como validamos? Adivinhamos o que vai acontecer aos ângulos articulares se a pessoa estiver sentada 2cm à frente ou atrás?

E podemos ir mais longe e tocar num ponto polémico: cranks! Como testamos sem ter um simulador? É assustador a quantidade de pessoas que usa cranks inadequados, alguns colocando seriamente em risco a sua saúde (a nível da iliaca, por exemplo)...

É um ponto essencial que focou, o bikefit tem um pouco de ciência e um pouco de arte, pelo que estará sempre dependente de como o técnico utiliza os dados fornecidos.

Mais uma vez, se isto fosse tão simples como alguns fazem crer... ;)
 

joseruivo

Well-Known Member
E podemos ir mais longe e tocar num ponto polémico: cranks! Como testamos sem ter um simulador? É assustador a quantidade de pessoas que usa cranks inadequados, alguns colocando seriamente em risco a sua saúde (a nível da iliaca, por exemplo)...

Imagino que seja das coisas menos fáceis de testar - quem é que tem logo ali ao lado um pedaleiro com o mesmo tipo de eixo e cranques de comprimentos diferentes para testar? E há algum simulador que faça isso tudo? Avanço, espigão de selim e cranques diferentes?
 

Matz

Active Member
Imagino que seja das coisas menos fáceis de testar - quem é que tem logo ali ao lado um pedaleiro com o mesmo tipo de eixo e cranques de comprimentos diferentes para testar? E há algum simulador que faça isso tudo? Avanço, espigão de selim e cranques diferentes?

Qualquer simulador digno desse nome permite testar tudo... E há quem tenha estes equipamentos no nosso país.
 

ruilebs

Well-Known Member
Mas há quem faça um investimento num sistema de bikefit a sério, e não invista na sua formação?
É como comprar um Ferrari e não ter carta.
 

Matz

Active Member
Exacto! E isso é surpresa?

Os Bikefits são como muitas outras coisas, um produto da indústria em torno do ciclismo. Há procura, criam-se produtos para satisfazer essa procura.

Basta ver que há 4/5 anos havia 1 sistema 3D em Portugal e agora existem 8!

Estes sistemas viraram moda e mais uma forma de rentabilidade. Quando um sistema é vendido, a empresa que o vende, faz (obviamente) uma formação/certificação sobre o mesmo, de forma a que o cliente saiba usar o equipamento. No entanto, o "saiba usar" aplica-se mais ao software e hardware do que propriamente à "biomecânica" do ciclista.

Arrisco-me a dizer que há gente com décadas de experiência, que faz o mesmo com um goniometro que algumas pessoas que usam um sistema 3D há poucos anos.

O problema é sempre o mesmo: falta de informação. E quando o comum mortal vê este tipo de sistemas, fica de tal forma fascinado, que o resultado acaba por ser secundário. E acha que é tudo igual... Basta haver um sistema 3D e é tudo igual.

É não é... Não só os sistemas trabalham com ângulos articulares diferentes, de marca para marca, como cada pessoa tem a sua forma de interpretar os dados.

Indo ainda mais longe, algumas empresas que têm estes sistemas, têm nas suas equipas pessoas licenciadas em saúde e outras não. E isto faz tanta diferença.

Mas depois reduzimos tudo à percepção da pessoa. Imaginemos que andamos de Fiat (Bikefit estático), quando usamos um sistema 3D, é como se andassemos de Mercedes e vai ser brutal! Mas depois vamos andar de Porsche (um sistema 3D usado por alguém com reais conhecimentos), e afinal o Mercedes era bom, mas o Porsche é muito melhor! ;)
 
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