Amareleja ida e volta
Este sábado proporcionou-se para ter o dia inteiro para pedalar.
Já há algum tempo que me apetecia fazer um trajecto que faço semanalmente de carro.
Ir à minha terra natal almoçar e voltar. Ora a Amareleja fica a quase 100km pela estrada que costumo fazer de carro. É voltinha para passar os 200km, coisa que só fiz 1 vez até hoje.
Como era volta para o dia todo não precisei sair muito cedo. Por volta das 8H30 peguei na “magana” e fiz-me à estrada. Um dia lindo com temperaturas de primavera.
Defini logo de inicio que iria controlar as pulsações para chegar ao almoço ainda fresco e com vontade de fazer o percurso de regresso.
Fui rolando tranquilamente, o pouco vento que havia apesar de ser lateral e ligeiramente de frente não incomodava.
Ao chegar a Serpa aproveitei para beber o café da praxe. Quando entrei na cafetaria da estação de serviço o responsável ficou todo contente por eu envergar um Jersey do SLB. Até queria atender-me antes dos outros clientes. Quanto me desloco ao balcão para pagar fui surpreendido com a oferta do café. Diz o Sr. que é maluco pelo Benfica e pagava o café com todo o gosto. São aquelas pequenas coisas que acontecem nestas voltas e que nos marcam a memória.
Continuei o bom ritmo e rapidamente estava em Vila Verde de Ficalho, a 4 kms de Espanha. Já passei por diversas vezes neste local mas o percurso levava-me sempre a terras dos “nuestros hermanos”.
Virei 90 graus em direcção ao Sobral da Adiça. Já sabia que ia ter o vento de frente, estava fraco e com redução na velocidade consegui manter o objectivo de rolar a pulsações médias.
Estava a pouco mais de 30 km do almoço.
Passagem por Safara e os últimos 10kms até concluir a primeira parte da volta.
Já ouviram falar na maior central fotovoltaica do Mundo?
É aqui.
O almoço foi uma sopinha e ensopado de borrego, infelizmente não pude comer a quantidade que me apetecia porque os 100km que se seguiam assim o exigiam.
Depois de um cafezito no local habitual acompanhado pelo meu pai, fiz-me há estrada.
Fiz o mesmo caminho de ida e volta. Os últimos kms da manha em que tive o vento de frente agora tinham o vento a ajudar, mesmo bom para fazer a digestão sem grandes esforços.
O sol da tarde parecia que tinha outro encanto ou talvez fosse mais descontraído e conseguia desfrutar melhor da paisagem.
Chegada novamente a Ficalho e o primeiro terço da segunda etapa concluído.
Continuei o ritmo não muito elevado mas com a ajuda do vento agora mais lateral a média ia superior à da manhã, o que me deixou bastante satisfeito porque o meu medo era a possível quebra durante a tarde.
Aqui está um ninho, mas são pelo menos uns 500m com ninhos a acompanhar a estrada.
O som das cegonhas como dois paus grossos a bater ao longo deste segmento é algo de espectacular. Impossível de apreciar quando se vai de carro.
Aqui também são cegonhas e carraceiros à espera do que a terra lhe dê depois da passagem do tractor.
Rapidamente cheguei a Serpa onde parei no mesmo local mas desta vez para abastecer de água. Costumo beber bem, desta vez foram 1,4L de isotónico e mais de 2L de água.
Ponte de Serpa sobre o Guadiana.
Daqui para a frente comecei a sentir os músculos mais doridos quando lhe era exigida maior intensidade. Aumentei a rotação nesses momentos e até ao final não tive a temível quebra.
Última recta até Baleizão.
Cheguei a Beja com 185km, a minha casa fica a cerca de 5km, não ia dar para fazer os 200.
Como estava “fresco” ainda dei uma volta pelas aldeias próximas para concluir o objectivo e atingir a marca das duas centenas.
Mais uma zona de cegonhas, esta é muito perto de casa.
Já está!! Venha a próxima!
Strava