• Olá Guest , participa na discussão sobre o futuro desta comunidade neste tópico.

Covid-19

gfrmartins

Well-Known Member
Na altura do primeiro confinamento, no hipermercado onde costumo fazer compras, havia controlo de entradas para não estarem mais de X pessoas lá dentro. Cheguei a ir lá e ao ver a fila enorme para entrar fui embora e regressei numa altura com menos gente.
A minha pergunta é: deixou de estar em vigor a limitação de pessoas nos espaços? É que a única diferença que eu vejo nesse hipermercado para uma altura anterior à pandemia é agora toda a gente usar máscara, o número de pessoas lá dentro é igual e claramente excessivo numa altura em que deveria existir o distanciamento social.

Claro que existe limite o que não existe é a preocupação, essa é que é cada vez menos, cada vez mais ninguém quer saber das regras, do distanciamento, do bom senso

E depois são os primeiros a culpar o governo ou a perguntar porque é que com tantas medidas e o uso de máscara há tantos caso, não, o problemas é as regras não existirem é elas não serem cumpridas, é o uso de máscara ser apenas show off a maioria das vezes, é o desleixo isso sim é o problema

As medidas só são eficazes quando são cumpridas
 

jpacheco

Well-Known Member
@jocarreira existe e existem multas pesadas. Com uma reclamação normalmente atuam mais rapidamente. O que vejo aqui em coimbra nas maiores superfícies é um controlo apertado e numa até semáforos tem. Nota-se claramente dentro do limite, no interior maior espaçamento entre pessoas. E filas enormes para entrar. Hoje de manha parecia hora de ponta, toda a gente apressada a para fazer tudo nas horas da manhã.
 

Duke

Well-Known Member

jocarreira

Well-Known Member
Não querendo desvalorizar a doença COVID-19, mas está tudo a olhar para um rato que vai partindo alguma louça na loja de porcelanas e ninguém olha para o elefante que está na mesma loja. Infelizmente, esses números não me surpreendem. As outras doenças continuam a acontecer mas não estão a ser diagnosticadas.
 

cconst

Well-Known Member
Parece frio o que vou dizer: mas é normal que assim seja.

Aparece uma nova doença cujo contágio é muito elevado. Cujas consequências a médio/longo prazo não são conhecidas. Com mortalidade associada. E... o número de profissionais é o mesmo. O espaço físico é o mesmo. Como tem que se dar resposta a esta doença, quem está a tratar esta doença não está a tratar outra. O espaço ocupado por um doente COVID-19 não pode ser ocupado por outro não COVID. Os equipamentos usados pelo doente COVID não pode ser usado por um não COVID. O laboratório que processa amostras de potenciais COVID não pode estar a processar amostras de outras potenciais patologias.

Se é olhar para o rato? Sim. Mas as outras doenças não são um elefante, são muitos outros ratos. Cada um deles faz os seus estragos... Para qual dos ratos devemos olhar primeiro? Ou a qual devemos dar mais importância, tendo em conta que não temos um funcionário por rato?

É uma situação muito complicada.
Recentemente a minha avó teve pouco mais de 6 semanas internada. Foi para o hospital com uma pneumonia. Entrou sem COVID. Após quase duas semanas diagnosticaram-lhe COVID (surto no hospital). Esteve com respiração assistida 3 semanas adicionais por causa do COVID. Podia ter saído mais cedo. Podia até nem ter saído... (tem 89 anos... e já estava muito fraquita).

A minha avó não saía do lar de onde está e onde nunca ouve um caso desde março de 2020. Vê os filhos (imagina, porque quase não vê) por uma janela de vidro e ouve-os por um intercomunicador. Eu não estou com ela desde março. Ela não conhece a bisneta mais nova, quase com 1 ano.

As outras patologias?! Contam.
Os médicos não conseguem ir a todas.
Ainda bem que tentam controlar isto. Quero que a minha avó sinta o peso da sua bisneta. E a cada dia que passa perco um pouco de esperança.

Foi apenas um desabafo.
 

NULL

Moderador
Staff member
https://ionline.sapo.pt/artigo/7208...o&utm_medium=web&utm_campaign=button_viewmore

já viram esta noticia?
este aumento da mortalidade não covid é chocante e alarmante, em 20 anos nunca morreu tanta gente...
assumindo que é verdade que este ano a gripe não está a ser tão forte como nos outros anos...
é chocante e deviam ser apuradas responsabilidades deste desgoverno...

fonte: https://evm.min-saude.pt/

Só para se ter uma ideia, o artigo refere que ontem morreram 630 pessoas em Portugal, dessas 630, 155 morreram de/com Covid. Portanto, ou eu estou enganado nas contas ou estamos a falar que a Covid foi responsável por 25% das mortes em Portugal no dia de ontem.

Alguém acredita que uma doença com esse impacto não coloque em causa o apoio prestado a outras patologias?
 

freax

Member
Mas não tem sentido colocar em causa 75% de mortes, apenas para focar todos os recursos disponíveis para proteger 25%.
Parece-me que é aqui que o pessoal que apenas vê covid, sem olhar para a saúde pública como um todo.
75% > 25%
 

NULL

Moderador
Staff member
Mas não tem sentido colocar em causa 75% de mortes, apenas para focar todos os recursos disponíveis para proteger 25%.
Parece-me que é aqui que o pessoal que apenas vê covid, sem olhar para a saúde pública como um todo.
75% > 25%

Onde é que eu disse que todos os recursos estão focados em proteger Covid?

Quem ler a tua mensagem até parece que sem Covid esses 75% de mortes não iriam existir... é isso? lolll
 

antunesfilipee

Well-Known Member
Mas não tem sentido colocar em causa 75% de mortes, apenas para focar todos os recursos disponíveis para proteger 25%.
Parece-me que é aqui que o pessoal que apenas vê covid, sem olhar para a saúde pública como um todo.
75% > 25%
Isso não é só dizer que 75 é maior que 25 e começar a ignorar os COVID.
Desses 75%, em tempos "normais", X% morreriam na mesma. Causas naturais, doentes que não tinha hipóteses mesmo sendo seguidos da melhor maneira...

Sem as mortes COVID são 475. Abaixo do 500 que fazem referência no artigo.
 

freax

Member
Como poderás confirmar no que escrevi, não disse que foste tu. Quem o está a fazer são as instituições que estão a gerir os hospitais e baseado nas notícias que se vão lendo.
Nem estou a minorar a importância do covid, até pq se não se faz o trabalho que se tem feito escala para números bem superiores.
Tal como o Jpacheco disse, tem-se é que encontrar um equilibrio nesta gestão.
Não pode é haver tendencia para um lado, ou para o outro. Apenas isso ! ;-)
 

freax

Member
Se há mais mortes por falta de recursos, ainda não entendo quais são os entraves a usar os particulares para colmatar esta lacuna.
Mas do que se lê nas notícias parecem ser os custos proíbitivos.
 

cou7inho

Well-Known Member
Infelizmente isto é um pau de dois bicos.
Se não se atende aos doentes COVID começam a morrer a torto e a direito. Se se atende aos doentes de COVID estes são tantos que causam o "colapso" de um SNS já colapso há muitos anos.
Mas não tem sentido colocar em causa 75% de mortes, apenas para focar todos os recursos disponíveis para proteger 25%.
Parece-me que é aqui que o pessoal que apenas vê covid, sem olhar para a saúde pública como um todo.
75% > 25%
Não é 75% vs 25%. Dos 75% muitas são mortes "normais".

No entanto, e isto é a minha humilde perceção, parece que quem nos governa e os media se estão, desculpem a expressão, a cagar para o excesso de mortes não COVID. Ligo a TV e não faltam noticias e políticos a falar que morreram x pessoas por causa da covid. E falar dos que morreram porque não tiveram assistência, dos que ficarão com sequelas para a vida porque não tiveram acompanhamento?
Depois temos a irresponsabilidade que se vê por parte da população, mas depois são os primeiros a culpar tudo e todos.
Andamos há 10 meses nesta vida e em 10 meses pelos vistos não se aprendeu nada. Falam em fazer uma requisição civil aos privados. Porque é que não puseram os privados a dar resposta a muitas cirurgias e consultas que foram canceladas no publico? É só uma ideia.
Há um mês tive a oportunidade de entrar na Unidade de Esterilização do Hospital de Santo António. Tal não foi o meu espanto quando reparo que num hospital daquele tamanho havia UM único kit de cirurgia a ser esterilizado. Bancadas completamente vazias porque o hospital praticamente parou de fazer cirurgias não urgentes.
Mais uma vez digo, isto não é um caso de A ou B. É preciso encontrar um equilíbrio embora a COVID tenha tendência a prejudicar muito esse equilíbrio devido à velocidade de propagação da doença. No entanto, continuar a fechar os olhos a todos os outros doentes não me parece ser a melhor solução.
E já agora, em relação aos profissionais de saude, é bom ver o governo a implorar por enfermeiros, por exemplo, mas depois dão-lhes contratos de meia dúzia de meses ou menos e no fim "vai com o c....." que ja nao precisamos de ti. É bom ver o reconhecimento que se dá. a essa classe. Enfim nada de estranho neste pais.
 

freax

Member
Exacto, agora dessas 12 milhões de consultas que não serão realizadas, quantas mortes não vão originar ? É isto.
Nota: assumi erradamente que os 75% eram valores além das mortes "normais". Aqui a minha desculpa e correcção.
 

GuilhermeOliveira

Well-Known Member
Já para não dizer que uma parte, não aparece para as consultas, exames, etc
Logo mete-se os números que interessam e como interessam e logo uns quantos espalham as brasas como lhes interessa sem nexo nenhum, minto, com o nexo que lhes interessa
Eu já vou ver dia 11 se será como até aqui, sempre a horas
 

gfrmartins

Well-Known Member
Se ainda alguém tivesse avisado que esta era a grande consequência do Covid e a sua capacidade de dar cabo de um sistema de saúde pelo número elevado de doentes graves que causa em pouquíssimo tempo e esgota qualquer sistema levando ao seu colapso e aumento de mortes Covid e não Covid porque simplesmente os recursos humanos e materiais não são infinitos.

Se alguém tivesse avisado as pessoas poderiam não ter desvalorizado o que era isto, ter tido mais responsabilidade e cuidado, mas não, ninguém sabia, nem viram exemplos anteriores de outros países.

Agora o importante é arranjar culpados (outros que não cada um de nós claro)
 

jpacheco

Well-Known Member
Se ainda alguém tivesse avisado que esta era a grande consequência do Covid e a sua capacidade de dar cabo de um sistema de saúde pelo número elevado de doentes graves que causa em pouquíssimo tempo e esgota qualquer sistema levando ao seu colapso e aumento de mortes Covid e não Covid porque simplesmente os recursos humanos e materiais não são infinitos.

Se alguém tivesse avisado as pessoas poderiam não ter desvalorizado o que era isto, ter tido mais responsabilidade e cuidado, mas não, ninguém sabia, nem viram exemplos anteriores de outros países.

Agora o importante é arranjar culpados (outros que não cada um de nós claro)

Toda a gente tem culpa. E não podemos deixar levar-nos por uma conversa de que a culpa é solteira e que mora em todos os portugueses unicamente. Não é verdade, e é preciso haver sentido critico nas decisões que se tomam. Ha decisões como a tolerância que se deu no Natal, a falta de testes epidemiologicos que se verificaram nessas datas e que quebraram as cadeiras de transmissão. Os testes epidemiologicos são extremamente importantes para antecipar os contactos e quebrar as cadeiras de transmissão e deveria ter havido um reforço nesse campo. Não estamos a falar de contratar um intensivista que não existem e que demora tempo a formar. Existe uma variação da covid que provem da UK com 70% mais contagiosa, e as pessoas chegam a Portugal sem serem obrigadas a fazer um teste ou uma quarentena? Estamos a proclamar um estado de emergência mas só para andarmos a brincar aos estados de emergência?

E como estes casos ha muitos. Não quero dizer que, no âmbito geral, não se esteja a fazer aquilo que seria expectavel ao nível dos decisores. Fez-se muitas coisas boas, mas é preciso continuar a de olhos abertos porque sem o contraditório estariamos a estender a passadeira á estupidez.
 
Top